"A memória é o tesouro e o protector de todas as coisas", disse Cícero. Este filme vai mais além e transporta-nos entre mundos temporais. Ao fazê-lo percebemos que "nada é de graça", e que, como quem diz, tudo o que fazemos agora tem um impacto no que virá a acontecer. Independentemente da memória (ou da falta dela) que protege efectivamente o protagonista, é curioso notar que todos os seus actos no passado alteram tudo no seu futuro – o percurso dos que o rodeiam, quem são os seus amigos, a saúde da sua mãe, etc. - excepto a sua escolha de seguir um curso de psicologia. Essa mantém-se sempre como o seu presente estável. Curiosa e muito interessante, esta viagem cinematográfica.

Não o consigo comparar a nenhum filme que já tenha visto e só por isso já vale a pena. Algo de novo nos tempos que correm é de louvar, numa época em que o que se vê é reedições de filmes e histórias onde o que muda é só quase os actores, sendo as histórias de tal maneira parecidas. É de louvar que venham novas ideias. O último filme que para mim mais se parece em termos de originalidade é o "Matrix". Dos melhores filmes que vi ultimamente.

Falta-lhe ritmo e bons actores. A história é interessante, mas é muito mal desenvolvida, e existem enormes falhas a nivel de continuidade. Sempre que o assunto são as viagens no tempo, a maior parte dos filmes tende a esquecer e a facilitar as teorias inerentes às mesmas, e este não escapa. Não vale os 900 paus do bilhete...