Dias em Chamas

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Drama, Thriller 129 min 2022 M/14 15/06/2023 Croácia, Afeganistão, GRE, ALE, Turquia, FRA, HOL

Título Original

Kurak Günler

Sinopse

Neste “thriller” do turco Emin Alper (“Frenzy”), um jovem advogado de acusação é enviado para uma pequena cidade que está a atravessar um grande problema de seca. Ao início, é bem recebido, mas tudo começa a dar para o torto à medida que o tempo vai avançando e se vê metido no meio de uma investigação de homicídio e da complexidade da política local. Como seu aliado, tem o dono de um jornal. Com Selahattin Paşali, Ekin Koç e Erol Babaoğlu, um filme que passou na secção Un Certain Regard da edição de 2022 do Festival de Cannes. PÚBLICO

 

Críticas Ípsilon

Cinema: Dias em Chamas, a Turquia vista como uma cratera

Luís Miguel Oliveira

Neste primeiro filme de Emin Alper a ser estreado em Portugal, o protagonista é um jovem procurador recentemente colocado numa pequena localidade na Turquia.

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Críticas dos leitores

Dias em chamas

Jean-François David

Forte e emocionante.

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5 estrelas

José Miguel Costa

O filme "Dias Em Chamas", do realizador turco Emin Alper, é um (in)tenso e sombrio thriller político (com uma certa ambiência de western noir) que, independentemente do realismo que o caracteriza, integra com eficácia múltiplos elementos simbólicos que o transformam numa deliciosa alegoria à situação sociopolítica do país controlado pelo autoritário e conservador ditador Erdogan. Tendo a coragem de colocar o "dedo nas feridas abertas" ao focar temáticas sensiveis, tais como a crise climática, homofobia, racismo, misogenia, capitalismo selvagem, nepotismo institucional e a corrupção sistemática (que dilaceram um letárgico e embrutecido povo acrítico possuido por uma espécie de "amnésia social"). O teor da(s) mensagen(s) transmitida(s) é ainda reforçado pela ambiguidade comportamental dos vários personagens (apenas vamos depreendendo, gradualmente, algumas das suas potenciais "qualidades" morais através de constantes flashbacks que mostram fragmentos de um episódio de agressão sexual a uma mulher de etnia cigana com défice cognitivo), levando-nos a desconfiar de Todos (como se até os "bons" pudessem estar/ou vir a ser "infectados"). A acção decorre numa pequena cidade da "Turquia profunda" (na região da Anatólia), flagelada por um crónico problema de abastecimento de água (que dá azo a acesa disputa politica populista), e centra-se num jovem procurador urbano e liberal, recém chegado, que (ingenuamente) imbuído pelo sentimento utópico de que sozinho poderá mudar o Sistema, toma uma série de decisões judiciais que beliscam o(s) poder(es) instituido(s). Tal audácia (ainda mais em período de campanha eleitoral - "viciada") leva a que os seus inimigos (não declarados) alegadamente engendrem um esquema que tenta implicá-lo como agente activo num acto criminoso.

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