Desencontros

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Drama 101 min 2004 M/12 11/11/2004 EUA

Título Original

We Don't Live Here Anymore

Sinopse

"Desencontros", baseado em dois contos do norte-americano Andre Dubus ("We Don''t Live Here Anymore" e "Adultery"), ganhou o Prémio de Melhor Argumento no Festival de Sundance em 2004. É um drama sobre a vida de dois casais, o casamento e as suas insatisfações. <br/> Jack Linden (Mark Ruffalo) e Hank Evans (Peter Krause) são os melhores amigos e são professores universitários numa pequena cidade. Jack ensina literatura e Hank escrita. Nos tempos livres, correm juntos e bebem copos no bar local, no final do dia. São casados e têm filhos. Terry (Laura Dern) é mulher de Jack. Edith (Naomi Watts) é mulher de Hank. Mas os dois casais não são tão felizes como aparentam. Jack e Terry vivem desgastados pela rotina do dia-a-dia que não conseguem controlar, a educação dos filhos, uma casa caótica e a habitual falta de dinheiro. <br/> Aparentemente, a vida de Hank e Edith corre melhor - têm uma filha e uma casa exemplares. Mas Hank atravessa uma crise criativa e não consegue escrever. E apesar de gostar da vida que tem, para ele a monogamia é um problema. Para Edith, a lida da casa, as compras e a educação da filha já não são suficientes. <p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

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Críticas dos leitores

Maridos e mulheres

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Baseado em dois contos de Andre Dubus ("We Don't Live Here Anymore" e "Adultery"), a segunda longa-metragem de John Curran aborda o quotidiano das relações conjugais, debruçando-se sobre a temática da traição e da infidelidade. Vencedor do Prémio Waldo Salt - Melhor Argumento no Festival de Sundance de 2004, o filme é mais um dos bons exemplos do cinema independente norte-americano que vai chegando, de forma mais ou menos discreta, a salas portuguesas. Se outros méritos não tivesse, a película destaca-se de imediato pela carga de talento dos seus protagonistas, Mark Ruffalo, Laura Dern, Peter Krause (da série "Sete Palmos de Tera") e Naomi Watts, quatro nomes em ascensão no universo cinematográfico actual.<BR/><BR/>Embora a obra não apresente nada realmente novo ou de superlativa criatividade - é mais uma perspectiva das dificuldades das relações humanas e da crise de afecto entre dois casais - consegue cativar e envolver devido à considerável química dos actores e à forma credível com que estes interpretam as suas personagens. O argumento, sóbrio e suficientemente denso, capta as subtilezas do quotidiano e permite entrar no âmago da conturbada esfera emocional dos dois casais, expondo uma complexa teia de comportamentos onde a amizade, o amor e o companheirismo se misturam e confundem.<BR/><BR/>Os apaziguados ambientes rurais do filme escondem uma atmosfera que contém um intenso turbilhão emocional, onde os limites das personagens são testados e a confiança se encontra não muito distante da traição. Nem sempre é fácil compreender as motivações ou criar empatia com os dois casais, uma vez que o realizador coloca a nu as suas fragilidades e imperfeições, tornando-os, para o bem e para o mal, dolorosamente humanos e verosímeis.<BR/><BR/>De resto, este é um dos pontos fortes do cinema independente norte-americano, que consegue surpreender devido aos soberbos estudos de personagem que frequentemente proporciona. Não é por acaso que alguns momentos de "We Don't Live Here Anymore - Desencontros" demonstram paralelismos com os recentes "XX/XY", de Austin Chick, ou "Antes do Anoitecer" ("Before Sunset"), de Richard Linklater, outras meritórias incursões pelo espectro emocional de jovens adultos em crise. <BR/><BR/>Seco e absorvente, o filme desenrola-se a um ritmo lento, mas não entediante, uma vez que Curran guarda revelações suficientes para manter o interesse e fornece uma intocável direcção de actores (o par Ruffalo/Dern é particularmente excepcional). "We Don't Live Here Anymore - Desencontros" não efectua o golpe de aza que lhe permita juntar-se às obras geniais, mas também não deixa de ser uma das mais refrescantes estreias do final de 2004, apresentando personagens de carne e osso. Um drama melancólico e consistente, sem excessos melodramáticos nem manobras de sedução fácil. Classificação: 3/5 - Bom.
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Um argumento pobre

Dave

Desencontros é uma desilusão. O que poderia ser uma interessante exploração das relações amorosas e do crescente niilismo sentimental que atormenta as sociedades ocidentais, transforma-se numa história linear, contada sem alma nem chama, por culpa de um argumento plano e falho de ideias originais. Salva-se o trabalho dos actores, com uma Naomi Watts luminosa. Não ver à noite pois pode adormecer.
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Genialmente incomodativo

Gonzo

Na saga dos filmes sobre as questões humanas e em particular as relações sociais ou mesmo sexuais, surge um filme verdadeiramente incomodativo... mas perigosamente lógico. Aqueles que nunca foram protagonistas reais deste filme foram-no com certeza no seu imaginário. Um filme denso, quotidiano mas pertinente na forma como retrata a sede infinita que todos temos de seduzir e corromper o próximo. Um filme de relações que nos devolve ao nosso íntimo sem certezas absolutas do que somos afinal, se inimigos ou se cúmplices destas personagens. A não perder.
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