Debaixo das Figueiras
Título Original
Realizado por
Sinopse
Na Tunísia, um grupo de trabalhadores dedica-se à colheita de figos. Naqueles dias, debaixo das figueiras, várias raparigas vão criando laços à medida que discutem sobre o que significa para si o amor, o casamento e a família.
E, enquanto algumas vão namoriscando com os rapazes à volta, outras revelam a sua insatisfação em relação às limitações das suas vidas numa sociedade que é, ainda hoje, marcadamente patriarcal.
Exibido no Festival de Cinema de Cannes e com um elenco formado por actores não-profissionais, Debaixo das Figueiras é uma reflexão sobre o “que significa ser jovem e tunisino no século XXI”. A realização é da responsabilidade da estreante Erige Sehiri, que segue um argumento seu, de Ghalya Lacroix e de Peggy Hamann. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Debaixo das Figueiras. Umas esquivam-se, as outras não
A primeira longa de ficção da documentarista Erige Sehiri é um filme sobre as possibilidades do amor numa Tunísia em mudança, à sombra de Kechiche.
Ler maisCríticas dos leitores
Debaixo das Figueiras
Felicidade Domingues
Um filme simples mas bastante marcante que nos mostra várias aspetos da luta que cada indivíduo trava para encontrar o seu lugar no mundo. As mulheres procuram o seu empoderamento e no filme fazem-no de forma surpreendente.
3 estrelas
José Miguel Costa
"Debaixo das Figueiras", filme de estreia da jovem realizadora e argumentista franco-tunisina Erige Sehiri, acompanha um dia de laboração - na colheita de figos - de um grupo de trabalhadores sazonais (maioritariamente jovens) de uma comunidade rural da Tunisia, durante o período de férias escolares.
Apesar de possuir uma história base simples e linear, com a acção a decorrer num espaço físico e temporal limitado (desde que são transportados para a herdade pelo patrão, numa pequena carrinha, ao raiar do sol, até ao momento do seu retorno a casa no final do dia), acaba por seduzir-nos devido às suas imagens naturalistas e, simultaneamente, nostálgicas ("desenhadas" por uma radiosa luz natural e captadas, alternadamente, com câmara à mão e planos fixos abertos), bem como pela química emanada pelo elenco de jovens locais não actores (em constante "flirt" entre si... e com a câmara).
Realce-se, igualmente, o realismo da sua narrativa que "disserta" de forma espontânea/"naif", e por entre extemporâneas discussões decorrentes de (des)amores, acerca de questões laborais e sexistas que afectam esta sociedade patriarcal marcadamente conservadora.
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