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Custódia Partilhada

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Drama 93 min 2017 M/12 29/03/2018 FRA

Título Original

Sinopse

Depois de uma separação particularmente difícil, Miriam e Antoine estão a finalizar o processo de divórcio. Têm dois filhos em comum: Joséphine, já com 18 anos, e Julien, de apenas 11. De modo a garantir a segurança dos filhos, uma vez que existe historial de violência por parte do ex-marido, Miriam pede custódia total do mais novo, algo de que Antoine discorda totalmente.

Apesar dos argumentos dela e de uma carta à juíza em que Julien explica os motivos de não querer ficar aos cuidados do pai, a magistrada intercede a favor de Antoine e opta pela guarda partilhada. Usado como arma de arremesso por ambos os progenitores, o rapaz tentará encontrar um modo de evitar o pior.
 
Um filme dramático escrito e realizado por Xavier Legrand (que aqui se estreia na longa-metragem mas que, em 2013, foi nomeado para um Óscar pela curta "Avant Que de Tout Perdre"). Os actores Léa Drucker, Denis Ménochet, Thomas Gioria e Mathilde Auneveux integram o elenco.  PÚBLICO
 

Críticas dos leitores

Custódia Partilhada

Margarida Vale

Filme muito realista levando a que o espectador faça juízos de valor que nem sempre são os mais certos. <br /> <br />Interpretação magnífica do jovem Julien.
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3 estrelas

José Miguel Costa

"Custódia Partilhada", a primeira longa metragem de Xavier Legrand (premiada no Festival de Veneza com o leão de prata na categoria de realização), é um drama familiar que explana o quão complexas/violentas (nomeadamente a nível psicológico) poderão revelar-se no pós-divórcio (sobretudo se o mesmo decorrer de um contexto de violência doméstica) as dinâmicas comportamentais dos membros que um ex-casal que se vêem confrontados (por um "Sistema" que não protege as vítimas) com a obrigatoriedade de terem de continuar a privar entre si devido à existência de filhos menores em comum (utilizados, por norma, como joguetes ou "armas de arremesso" ao longo de todo o "processo"). <br /> <br />À primeira vista em termos narrativos é uma obra que "não sai fora da caixa", no entanto, destaca-se das demais que se debruçam sobre temáticas desta natureza por dois aspectos (que farão toda a diferença na apreciação do "resultado final"): <br />- A mescla de géneros cinematográficos que engloba. De facto, embora estejamos perante um produto que "transpira realismo social por todos os poros" (e tão mais eficaz se atendermos a que se abstém de quaisquer cenas "sentimentalóides", moralismos e/ou análises sociológicas simplistas) na realidade também recorre à linguagem documental (na longa - e necessária - cena de abertura em tribunal), bem como "polvilha aqui e ali" o filme com uns pózinhos de thriller (e, em determinados momentos, até chega a resvalar para o universo do terror - demonstrando, deste modo, uma genial gestão do crescendo de tensão); <br />- A ambiguidade das personagens. Inicialmente instala-se a dúvida (o espectro da mentira - de ambas as partes - paira no ar), não se identificando categoricamente o "vilão versus mártir" (estes revelar-se-ão, subtilmente - geralmente de modo não verbal -, à medida que vão sendo "descascados à nossa frente). <br /> Em suma, uma película com os ingredientes base para ser pouco mais que banal mas que efectivamente não o é.
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Maniqueísmo feminista

Rui

Aquilo que poderia ter sido um filme denunciando a utilização das crianças como arma entre adultos desavindos, não foi. <br /> <br />Aquilo que poderia ter sido uma denúncia da chantagem feita pelas mulheres contra os ex-maridos, não foi. <br /> <br />Ficamos com um filme maniqueísta onde o homem é um bruto e a mulher uma protetora das crianças.
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Um murro no estômago

Frederico Moura

Começo por referir aqui o último parágrafo desta má sinopse, o que talvez tenha influenciado certos comentários ou interpretações desajustadas a meu ver. Não existe aqui nada de dúbio em relação à criança e seus progenitores. O que temos é uma mãe e filho(s) que lidam com a violência de um homem ( ex-marido/pai) e a falha do sistema legal em saber lidar com este tipo de situações. O filme é exímio a transmitir essa tensão crescente (destaque para as excelentes interpretações do trio principal) em direção a um final que opera a nível de planos/som como um filme de terror, com a diferença aqui de estar infelizmente associado a algo que ocorre diariamente por esse mundo fora. Um filme realista, violento e amargo, nada fácil de assistir.
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Custódia Partilhada

Ana Maria Morais

Drama familiar: Um filho que não quer ouvir ou estar com o pai, pois este usa-o para obter informações sobre a mãe, uma filha que trata o pai como "o outro" e uma mãe que é obrigada a mudar de casa e telefone contantemente. Uma família com 3 membros que vivem aterrorizados e um agressor: o pai! Filme que retrata a realidade dos nossos dias.
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Atualidade

Miguel Ferreira

Enquanto obra esperava mais. Enquanto cinema como arte de despertar o que muitas vezes ouvimos mas, felizmente, desconhecemos é pleno no efeito. Interpretações competentes, com a criança a revelar uma performance superior. Basta avaliar os comentários efetuados ao filme nesta sede para compreender o quanto é fraturante e íntimo o tema em questão. Em conclusão, um bom filme onde não há inocentes.
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Entre a Serpente e o Touro (spoilers)

Rui Fonseca

Ela arroga-se o direito da propriedade exclusiva dos seus filhos em contrapartida de todas as liberdades que lhes concede e de poucas obrigações que lhes exige. Ela, serpente, manipula os filhos, convencendo-os que é a boa mãe, que deve ser amada por eles, e o pai um touro bruto que os filhos devem odiar. <br />O tribunal pronuncia-se pelo cumprimento da lei confirmando a atribuição da custódia dos filhos a ambos os pais. <br />Ela, como é habitual nestes casos, desdobra-se em manobras para dificultar o cumprimento da decisão do tribunal. <br />Ele, o touro enraivecido pelas humilhações a que ela, a serpente, o sujeita, enfurece-se, perde as estribeiras, e acaba por ser detido pela polícia e enviado para a prisão. <br />Ganha a serpente.
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Entre a Serpente e o Touro (spoilers)

Rui Fonseca

Ela arroga-se o direito da propriedade exclusiva dos seus filhos em contrapartida de todas as liberdades que lhes concede e de poucas obrigações que lhes exige. Ela, serpente, manipula os filhos, convencendo-os que é a boa mãe, que deve ser amada por eles, e o pai um touro bruto que os filhos devem odiar. <br />O tribunal pronuncia-se pelo cumprimento da lei confirmando a atribuição da custódia dos filhos a ambos os pais. <br />Ela, como é habitual nestes casos, desdobra-se em manobras para dificultar o cumprimento da decisão do tribunal. <br />Ele, o touro enraivecido pelas humilhações a que ela, a serpente, o sujeita, enfurece-se, perde as estribeiras, e acaba por ser detido pela polícia e enviado para a prisão. <br />Ganha a serpente.
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Entre a Serpente e o Touro (spoilers)

Rui Fonseca

Ela arroga-se o direito da propriedade exclusiva dos seus filhos em contrapartida de todas as liberdades que lhes concede e de poucas obrigações que lhes exige. Ela, serpente, manipula os filhos, convencendo-os que é a boa mãe, que deve ser amada por eles, e o pai um touro bruto que os filhos devem odiar. <br />O tribunal pronuncia-se pelo cumprimento da lei confirmando a atribuição da custódia dos filhos a ambos os pais. <br />Ela, como é habitual nestes casos, desdobra-se em manobras para dificultar o cumprimento da decisão do tribunal. <br />Ele, o touro enraivecido pelas humilhações a que ela, a serpente, o sujeita, enfurece-se, perde as estribeiras, e acaba por ser detido pela polícia e enviado para a prisão. <br />Ganha a serpente.
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O INFERIOR interesse da criança

Isabel

Um filme que nos põe na pele de uma criança de 11 anos, filha de um casal com historial de violência doméstica. Sente-se do início ao fim, o medo que esta criança tem do pai. Num contexto em que muitos (avós, mãe, irmã) lhe dão carinho, na realidade, não o protegem. E é ele, numa inversão de papéis, quem mais se preocupa em proteger a mãe e o avô. <br />Mais do que um drama, eu diria que este é um filme de terror. E sabe-se que este terror nunca acaba para aqueles que têm a sorte de lhe sobreviver. <br />Filme obrigatório para todos os que estão envolvidos em decisões judiciais que envolvem crianças, quer em processos de divórcio ou outros. <br />Faltava um filme assim!
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