O Corno do Centeio

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Drama 105 min 2023 M/12 11/01/2024 POR, ESP, BEL

Título Original

Ilha de Arousa (Galiza), 1971. Depois de ter ajudado uma adolescente a fazer um aborto, Maria (Janet Novás), a parteira da aldeia, é forçada a abandonar a terra onde sempre viveu. Na passagem da fronteira portuguesa, através das rotas de contrabando, ela sobrevive graças a mulheres que, tal como ela, arriscam as próprias vidas para ajudar quem precisa.

Estreado no Festival de Cinema de Toronto (TIFF) e apresentado também no Festival de San Sebastián — onde recebeu a Concha de Ouro — um drama sobre os elos profundos que ligam as mulheres entre si, que tem assinatura da espanhola Jaione Camborda (Arima). Rodado parcialmente em Portugal e co-produzido pela Bando à Parte, conta com direcção de fotografia do português Rui Poças.

Os actores Siobhan Fernandes, Carla Rivas, Daniela Hernán Marchán, María Lado, Julia Gómez, José Navarro, Nuria Lestegás, Darío Fernández Raposo, Flako Estevez e Filomena Gigante assumem as personagens secundárias. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

O Corno do Centeio: o cinema espanhol em boa forma

Jorge Mourinha

Uma nova confirmação do bom estado do cinema espanhol, num melodrama em viagem entre a Galiza e Portugal, sem ponta de lamechice. Um road movie no feminino.

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Sessões

Críticas dos leitores

O corno do Centeio

Maria Alexandra Carvalho

Filme realista, com cenas algo pesadas. Em resumo, bom filme, que dá que pensar.

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3 estrelas

José Miguel Costa

"O Corno do Centeio", co-produção luso-espanhola dirigida por Jaione Camborda (que venceu o Festival de Cinema de San Sebastian), é um intimista drama de época, marcadamente feminista, que nos transporta até à recôndita fronteira rural entre a Galiza e o Minho, no ido ano de 1971, para mergulhar-nos no seio da ditadura ao corpo da mulher imposta pelos regimes fascistas que sufocavam ambos os países da Península Ibérica.

E fá-lo seguindo a solitária jornada pessoal de uma pacata mulher madura livre (encarnada pela luminosa Janet Novás), recolectora de bivalves (e parteira de aldeia, quando necessário), que se vê obrigada a fugir abruptamente para Portugal com uma "mão à frente e outra atrás", seguindo as rotas do contrabando, após a sua intervenção num aborto clandestino ter resultado na morte de uma adolescente.

Apesar de tratar-se de uma obra pontuada por alguns momentos muito fortes (como é o caso da estrondosa cena de abertura, na qual assistimos a um visceral parto natural num humilde quarto mal iluminado; ou da intensa cena de sexo no meio de um campo de milho), na generalidade o silêncio é a "palavra de ordem" (e o discurso verbal quando se faz ouvir cinge-se ao "obvio" e é exclusivamente demonstrativo).

Realce-se o primoroso trabalho de fotografia de Rui Poças num (quase) constante "ambiente breu".

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