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Corações Inquietos
Título Original
Hungry Hearts
Realizado por
Elenco
Sinopse
Jude (Adam Driver) e Mina (Alba Rohrwacher) conhecem-se em Nova Iorque. Entre os dois nasce uma cumplicidade quase imediata que rapidamente se transforma num grande amor. Eles casam-se, ela engravida e nada parece poder abalar aquela relação. Mas, quando o bebé nasce, Mina começa a revelar alguns sinais perturbadores. Determinada a nunca pôr em causa a pureza daquela criança, protege-a obsessivamente da contaminação do mundo exterior, isolando-se em casa e nunca confiando na decisão de seja quem for. Se, ao princípio, Jude apoia as decisões da mulher, depressa tem de enfrentar a terrível realidade: o filho não está a desenvolver-se convenientemente e a sua vida corre perigo. É assim que esta família, até aqui tão coesa, se desmorona. Um sem-fim de suspeitas e ressentimentos coloca Jude e Mina em posições antagónicas, modificando para sempre o amor que tinham um pelo outro… <br />Com realização e argumento do italiano Saverio Costanzo, "Corações Inquietos" adapta a obra de Marco Franzoso. Esteve em competição pelo Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza, onde Driver e Rohrwacher receberam o prémio Coppa Volpi para melhor actor e actriz, respectivamente. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
A realidade da consciência humana
Magda Fonseca
Uma realidade quase aceitável num mundo difícil de entender e decidir. <br />Excelente escolha atores.
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4 estrelas
JOSÉ MIGUEL COSTA
Constanzo abre as hostilidades com uma espécie de comédia romântica (através de um caricato e divertido plano inicial de cerca de 8 minutos, no qual o casal protagonista se conhece acidentalmente ao ficar fechado no wc dum restaurante chinês), pelo que nada fazia prever que com o desenrolar do enredo iria transformar-se num íntimo/intimidante, inquietante, tenso e trágico thriller psicológico (que provoca angústia em modo crescente - havendo, inclusive, quem compare a sua "densa atmosfera" com Polanski). Este "estado de espirito" é incutido no público de forma muito eficaz, não só pela sua narrativa simples e inteligente (que relata a dinâmica doentia de dois jovens pais que divergem no que respeita ao seu papel enquanto cuidadores/educadores de um recém nascido - sendo que a progenitora entra num registo paranoico por acreditar ter dado à luz uma "criança índigo"/predestinada, motivo pelo qual tenta fazer tudo o que está ao seu alcance para mantê-la afastada dos males do mundo impuro que fica para além das quatro paredes de sua casa), mas também pelo modo como algumas cenas são filmadas (com recurso a "fish-eye" e "close-ups" - este brilharete de linguagem técnica foi retirado algures de uma critica cinematográfica especializada - que dão a necessária sensação intimidade e claustrofobia que a história necessita) e pela escolha das cores e música que vão transitando de alegres e vivas para carregadas e tensas (sem esquecer – claro - a excelente interpretação/empatia da dupla de actores - que viram o seu trabalho por esta obra devidamente reconhecido com prémios no Festival de Veneza).
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A não perder
Marcela Monte
O título não é muito apelativo, mas a atualidade do tema, o ritmo a criar o clima de suspense, os diálogos e a interpretação fazem deste um filme excecional.
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