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Clash

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Drama, Thriller 97 min 2016 M/14 10/08/2017 FRA, EGI

Título Original

Clash

Sinopse

Esta obra de Mohamed Diab, que se estreou na realização em 2010 com "Cairo 678", foi o filme de abertura da secção Un Certain Regard do Festival de Cannes de 2016. Desenrola-se totalmente dentro de uma carrinha da polícia durante os protestos de rua que assolaram o Egipto em 2013, enquanto uma multidão se manifesta nas ruas. É nessa carrinha que estão detidas, sob um calor abrasador, várias pessoas dos dois lados do conflito, sem água nem acesso a cuidados sanitários – algumas, como um repórter e um fotógrafo, acusadas de pertencerem à Irmandade Muçulmana, que o exército tinha acabado de depor. O filme esteve quatro anos para ser finalizado. Diab, que esteve envolvido no movimento que levou à demissão de Hosni Mubarak, queria originalmente fazer um filme sobre a própria revolução, mas acabou por se lançar ao que veio depois. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Isto é o Cairo, vida de Cairo

Luís Miguel Oliveira

A aposta de Clash é observar o sectarismo no momento em que a humanidade de todas as personagens, revelada pela convivência numa ramona da polícia do Cairo, vem ao de cima.

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Críticas dos leitores

3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

O movimento popular Primavera Árabe, que varreu o médio oriente com uma lufada de (falsa) esperança, levou à queda do presidente Hosni Mubarak, após de 20 à frente dos destinos do Egipto, tendo sido substituído, após a realização de eleições democráticas, pelo candidato da irmandade islâmica. Porém, um ano depois, este foi deposto através de um golpe de estado liderado pelos militares, o que levou à eclosão de violentos protestos civis nas ruas. É no seio deste caos instalado no Cairo que, num dia não especificado de Julho/13, decorre a acção do filme "Clash" do realizador egípcio Mohamed Diab, mais concretamente, no interior de uma raimona da polícia (e a câmara nunca sairá dos limites deste espaço exíguo e claustrofóbico - o exterior apenas será percepcionado através das suas janelas -, que irá funcionar como um microcosmos da sociedade egípcia). <br /> <br />O filme começa com a raimona vazia, todavia, depressa está irá ficar lotada por um conjunto de 15 pessoas de diferentes proveniencias sociais e com convicções políticas/religiosas antagónicas que vão sendo arbitrariamente detidas por (alegadamente) estarem a participar nas manifestações pró-irmandade islâmica. <br />O realizador é eficaz na gestão e transmissão da tensão/intensidade dramática vivenciada por este conjunto de pessoas tão díspares, e consegue-o graças à direcção de câmara incrível, montagem frenética, edição de som electrizante, fotografia soberba e um set hipersufocante. <br />Pena que a narrativa não esteja ao nível da qualidade técnica das filmagens, pois, efectivamente os diálogos (que tentam abarcar, para além da vertente política, diversas temáticas fracturantes para os muçulmanos) revelam-se algo dispersos, superficiais e até ingénuos (inclusive, em determinados momentos, e atendendo ao contexto, são ridículos/despropositados - embora se perceba que com estes o realizador pretendia, de forma falhada, introduzir cenas de índole cómica para "aligeirar o argumento duro"). Contudo, reconheça-se-lhe o mérito de fugir à tentação dos maniqueísmos e o ter-se abstido de "escolher lados", pelo que todos os intervenientes são apresentados simultaneamente como "bons e maus".
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Clash

Ana Maria Morais

Num espaço muito limitado, "carro-cadeia", faz-se o retrato do clima de tensão que se vive nas ruas do Cairo (Egipto, 2013). Fabuloso ritmo de narrativa e fotográfia fantástica. Muito bom. Recomendo.
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