Dois filmes realizados no Brasil numa produção multinacional chefiada por Ariel de Bigault, intitulada "Éclats Noirs du Samba", numa época em que os documentários sobre músicos ainda não estavam na moda, tão-pouco sobre artistas afro-brasileiros. Conduzida pelo ator e cantor brasileiro Grande Otelo, Bigault vai ao Rio de Janeiro para revelar a história – e os segredos – do samba. Músicos afro-brasileiros, tais como Martinho da Vila e Zé da Velha, participam nesta viagem ao coração da mais popular música brasileira. Paulo Moura, músico de infinitos talentos (clarinetista, saxofonista, compositor, etc.), é a grande figura do jazz na série documental de Bigault: “Na sua música você reconhece diversas influências e matrizes. Ele pegou no que havia antes e pôs em diante”, nota no filme o escritor e historiador Joel Rufino dos Santos. Texto: Cinemateca Portuguesa