O Brutalista

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Drama 215 min 2024 M/16 23/01/2025 GB, HUN, EUA

Título Original

László Tóth (Adrien Brody), um arquitecto de origem judia sobrevivente do Holocausto, emigra para os EUA em 1947 para escapar à pobreza de uma Europa que se tenta levantar depois da destruição causada pela Segunda Grande Guerra. Para trás, devido a burocracias e algum infortúnio, ficam Erzsébet (Felicity Jones), a sua mulher, e Zsófia, a sobrinha órfã que ficou a cargo de ambos.

Decidido a singrar e a encontrar um modo de trazer a família para junto dele, László fixa-se em Filadélfia, onde fica a trabalhar com Attila, um primo, numa empresa de mobiliário. Algum tempo depois, são chamados para renovar a biblioteca de Harrison Lee Van Buren (Guy Pearce), um industrial rico que, num momento de raiva, os despede sem pagamento. Anos mais tarde, Harrison volta para saldar a dívida, explicando a László que o seu trabalho foi muito elogiado e que o quer contratar para construir um centro comunitário em honra da falecida mãe. Para o compensar, ajuda-o com a documentação necessária para trazer a mulher e a sobrinha para junto dele. O projecto, demorado mas muito inovador e ambicioso, transforma-se num sucesso, mudando radicalmente as vidas de László e de Erzsébet, sem, contudo, lhes trazer a felicidade ou a paz que tanto ambicionavam.

Com realização de Brady Corbet (A Infância de Um LíderVox Lux), que co-escreveu o argumento com a também realizadora Mona Fastvold, sua companheira, um drama histórico sobre a reconstituição da América dos anos 1940, com três horas e meia de duração e 15 minutos de intervalo pelo meio. Para além de Brody, Jones e Pearce nos papéis principais, o filme conta ainda com as actuações de Joe Alwyn, Raffey Cassidy, Stacy Martin, Emma Laird, Isaach De Bankolé e Alessandro Nivola.

Leão de Prata e Prémio Fipresci (pela crítica internacional) na 81.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, foi considerado um dos dez melhores filmes de 2024 pelo American Film Institute e teve sete nomeações para os Globos de Ouro, vencendo nas categorias de melhor filme dramático, actor (Brody) e realizador. PÚBLICO

Sessões

Críticas dos leitores

Tremendo

António Ramalhinho

As metáforas transformam-se em realidades quando a ação teima e bem em reforçar o papel capitalista e colonizador do americano rico. Somos catapultados para uma experiência cinematográfica incrível pela banda sonora, e pela proximidade que os planos nos dão da dor excelentemente representada por Adrien Brody.

É um épico que se inscreve na história dos filmes e no currículo cinematográfico de dissecação social e histórica da América do final da segunda guerra mundial. Obviamente que não é um filme para todos, mas sim para quem gosta de cinema, de arte e de defender o oprimido. Para mim, o favorito a Melhor Filme. Tremendo, até estou a pensar em ver uma segunda vez.

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Sem nexo

Manu

Filme abstrato e sem qualquer sentido. São quase 4 horas penosas. Vale pelos actores que, apesar do guião ser muito mau, conseguem ter prestações boas.

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4 estrelas

José Miguel Costa

"O Brutalista", um opressivo drama histórico com caracteristicas de biografia (sobre um personagem fictício), dirigido pelo norte-americano Brady Corbert, estreia-se nas salas de cinema com o chamariz de ser um dos principais favoritos à vitória nos Óscares (tendo já no seu currículo o Leão de Prata do festival de Veneza - na categoria de melhor realização - e três Globos de Ouro).

Todavia, não é um filme destinado às grandes massas de pipoqueiros (à semelhança do que se verifica com o ovni "Emilia Perez", "A Substância" e "Conclave"), desde logo pela sua duração de 3 horas e 25 minutos.

O filme, que explora sobretudo duas facetas (colocar-nos perante face obscura do sonho americano para os imigrantes - mesmo que estes sejam indivíduos "diferenciados" - e explanar as principais características do movimento arquitetónico minimalista designado de brutalismo), transporta-nos até aos USA do final da década de 1940 para dar-nos a conhecer o penoso trajecto de vida de um sombrio e visionário arquiteto húngaro de raízes judaicas, sobrevivente do Holocausto, após ter chegado à "terra da liberdade" com uma "mão à frente e outra atrás ".

Dotado de uma narrativa algo fragmentada e de um ritmo arrastado, torna-se grandiloquente devido à prestação intensa e enigmática de Adrien Brody (ao nível do que nos ofereceu em "O Pianista" do Roman Polanski), bem como pela sua componente estética (com uma fotografia "triste", onde abundam as cores escuras e frias, reforçadas pelo formato VistaVision 35 mm; e o recurso a uma panóplia de técnicas de filmagem, nomeadamente, câmara subjectiva, câmara de mão seguindo os personagens e câmara filmando de baixo para cima) e pela singular banda sonora "industrial" ultra-dramática.

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Enfadonho

Joaquim Ramos

Não é medíocre. É péssimo! É de uma saturação atroz, onde nem a linguagem um pouco mais requintada, nem o erotismo a espaços, são capazes de transportar minimamente o espectador para o que quer que seja. 1*

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O Brutalista

Maria

Até ao final da 1.ª a parte, sensacional. Depois, algo se quebra. E aquela música no final, alguém entende?

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Distopia e pulsões

Rui Plácido

Sob a capa da arquitectura (por sinal "ugly") e uns diálogos burgueses, está a essência humana: comportamentos distópicos e pulsões. É o que este filme se resume. A roçar meio género de documentário, meio peça teatral, é um sacrifício assistir às bem mais de duas horas de exibição. 1* em 5.

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Ambicioso talvez de mais

Nazaré

Esta viagem aos anos 40-50 na América-refúgio para os que ficaram sem nada na Europa deixou-me desde logo impressionado pela grandiosidade (não só na duração) e pelo desempenho de todo o elenco, mas mais lá para a frente ficou a sensação de estar a perder o gás, quer em ideias quer em qualidade artística.

E a tentativa de retratar a podridão da "América" não é nada convincente. Até Carrara, excelente; depois, longe disso. É a minha opinião. Fiquei um pouco com a impressão que tive noutro filme nostálgico, A árvore da vida: no final das contas, fica o travo de pretensiosismo e de inconsequência.

Aqui é para melhor, apesar de tudo: salva-se a experiência duns bons 70% da fita, com tudo certo, certíssimo, belo, e com grandes actuações. Interessante a parceria com a Hungria (boa parte das filmagens) e do Reino Unido (boa parte do elenco).

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Brutalista

Antonio Oliveira

Magnânimo.

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O Brutalista

M. Emilia Soares

"BRUTAL": realização, argumento, actores, imagem, banda sonora - muito bom.

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