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Cão Preto
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Ver sessõesO ano é 2008. Após cumprir uma longa pena de prisão, Lang Yonghui (o actor, cantor e modelo Eddie Peng) regressa à cidade natal, situada no noroeste da China. Nesses anos em que esteve ausente, a pobreza devastou o local, levando os habitantes a abandonar a região e a deixar para trás os seus cães. Com os Jogos Olímpicos prestes a acontecer em Pequim e o Governo determinado a limpar o país, Lang encontra trabalho como caçador de cães vadios.
Durante uma das capturas, é mordido por um galgo preto, que alguns acreditam estar infectado com raiva. Para despistar a doença, Lang decide permanecer próximo do animal, observando o seu comportamento para perceber se terá contraído raiva. Contra todas as expectativas, os dois tornam-se inseparáveis.
Estreado no Festival de Cinema de Cannes, onde foi distinguido com o prémio "Un Certain Regard", este drama é realizado pelo chinês Guan Hu, que também assina o argumento, em colaboração com Rui Ge e Bing Wu. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Cão Preto: Pink Floyd, homens e cães num grande filme
Excelente cinema chinês de volta às salas de cinema portuguesas.
Ler maisSessões
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Medeia Nimas, Lisboa
19h15 -
Cinema City Alvalade, Lisboa
17h15, 21h45
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Medeia Nimas, Lisboa
19h15 -
Cinema City Alvalade, Lisboa
17h15, 21h45
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Críticas dos leitores
5 estrelas
José Miguel Costa
O filme "Cão Preto" (vencedor da secção Un Certain Regard do Festival Cannes), dirigido por Guan Hu, é uma espécie de parábola sobre a redenção e reinvenção pessoal, tendo por base a lacónica e tocante história da sólida conexão criada entre um jovem adulto anti-social (parco em palavras, apático e sem motivação para reconectar-se com a comunidade) e um cão feroz abandonado.
Um drama contundente que, socorrendo-se de um realismo social "agreste" (pontuado por um surrealista humor negro) e de uma ambiência de "western asiático", nos transporta, em vésperas dos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), até uma decrépita e despovoada cidade (em processo de desmantelamento, por parte do Estado, para dar lugar a um complexo industrial) situada no árido noroeste da China, para apresentar-nos o enigmático Lang (divinamente interpretado por Eddie Pang), Lang, antigo membro de uma extinta banda rock e reconhecido motociclista, retorna à terra natal, após cumprir uma pena de 10 anos de prisão por homicídio.
Sozinho numa casa prestes a ser demolida (o pai alcoólico, com o qual se encontra incompatibilizado, vive num antigo zoo), e sem qualquer meio de subsistência, é recrutado, contra a sua vontade (no âmbito do programa de "reinserção social"), para exercer a função de "recolector" de cães vadios (que assumiram uma dimensão de praga, após terem sido abandonados pelos antigos donos, aquando do seu realojamento).
Entre os caninos, há um que é alvo de busca intensa, tanto pelo seu grau de ferocidade como por alegadamente estar infectado com raiva. Aquando da captura este morde o "anti-herói", o que implica que ambos acabem por cumprir um período de quarentena, partilhando o mesmo espaço físico.
E a partir daí esta improvável dupla de "excluídos" cria um vinculo inquebrável. Esta obra, superlativa em diversas dimensões, destaca-se sobretudo enquanto colosso visual, ao conseguir extrair uma beleza quase mística dos banais cenários de ruínas e desolação.
Os seus grandes planos das vastas paisagens desérticas de aspecto "alienígena", filmadas em cinemascope, são de cortar a respiração.
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