//
As Irmãs de Maria Madalena
Título Original
The Magdalene Sisters
Realizado por
Elenco
Sinopse
Os conventos de Maria Madalena na Irlanda eram administrados por freiras da Misericórdia em nome da Igreja Católica. Os conventos acolhiam raparigas enviadas pelas famílias ou por orfanatos, que ficavam aí encerradas e eram obrigadas a trabalhar, sem qualquer tipo de remuneração, para expiar os seus pecados. Pecados das mais diversas naturezas: desde ser mãe solteira a ser demasiado bonita ou demasiado feia, demasiado simples, demasiado inteligente, ou ter sido vítima de violação. O filme - de ficção mas baseado, "infelizmente" como frisa o realizador, em várias histórias verdadeiras - segue o percurso de quatro jovens que, nos anos 60, época de libertação dos costumes das mulheres, foram internadas num desses conventos e aí viveram num pesadelo quase medieval que incluía castigos e humilhações, físicas e psicológicas.<br/>
"As Irmãs de Maria Madalena", distinguido com o Leão de Ouro no Festival de Veneza, é a segunda longa-metragem de Peter Mullan, realizador mais conhecido pela sua faceta de actor nos filmes de Ken Loach, Danny Boyle, Mike Figgis e Michael Winterbotton. Mullan ganhou em Cannes o Prémio de Melhor Actor pela sua interpretação em "O Meu Nome é Joe" (Ken Loach). <p/>PUBLICO.PT
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Simples mas perturbante!
João Paulo Silva
O castrar da vontade sempre nos impressionou, a nós seres que somos conscientes dessa sensação do querer. Em "Irmãs de Maria Madalena" é apresentado ao espectador um mundo contemporâneo (o último "lar" da ordem só foi encerrado em 1994), real e de um país que está, em termos de desenvolvimento económico e cultural, alguns passos à nossa frente. A acentuação irlandesa das palavras dá uma tónica ainda mais credível à acção e a interpretação das principais protagonistas (o que inclui a da Madre e a surpreendente actuação de "Cristina" — que é a vitima por excelência de um modo abafado por um manto de "pureza" e "castidade" ) não lhe fica atrás. Dá-nos que pensar o quanto nós não somos coniventes com os preconceitos: quantos de nós não assistiria impávido a situações idênticas no nosso "cantinho do céu", só porque a sociedade (e por que não a saciedade de algo...) assim o tinha estabelecido? Em suma, algo que vale a pena ver, pensar e rever.
Continuar a ler
Envie-nos a sua crítica
Submissão feita com sucesso!