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Argo

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Drama, Thriller 120 min 2012 M/12 08/11/2012 EUA

Título Original

Sinopse

<p>Irão, 4 de Novembro de 1979. Militares iranianos invadem a Embaixada dos EUA em Teerão, em retaliação ao apoio ao recém-deposto Xá. Antes dos militantes entrarem no edifício, o pessoal tenta destruir documentos comprometedores. Nesse dia, 52 pessoas são tomadas como reféns. Porém, no meio do caos que se instala, seis conseguem escapar, escondendo-se em casa de Ken Taylor (Victor Garber), o embaixador canadiano. Apesar da situação ser mantida em segredo pelo Governo americano - e cientes de que é apenas uma questão de tempo até todos serem capturados e mortos -, Tony Mendez (Ben Afleck), um especialista da CIA, desenvolve um plano surpreendente para os salvar: entrar no Irão como uma equipa de filmagens e retirar os diplomatas sãos e salvos.<br /> Com argumento de Chris Terrio e realização de Ben Affleck ("Vista Pela Última Vez...", "A Cidade"), é baseado em factos verídicos, revelados no artigo "How the CIA Used a Fake Sci-Fi Flick to Rescue Americans from Tehran", publicado na revista Wire e escrito pelo jornalista Joshuah Bearman. Ganhou três Óscares: Melhor Filme, Melhor Argumento Adaptado e Melhor Montagem. PÚBLICO</p>

Críticas Ípsilon

Fuga do planeta dos ayatollahs

Luís Miguel Oliveira

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Argo

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

História impressionante

Ivo Miguel Barroso

A história designa o nome de um filme de ficção científica (inspirado no “Planeta dos macacos”), que foi utilizado pela CIA, para resgatar 6 cidadãos norte-americanos, que estavam clandestinamente na Embaixada do Canadá, no Irão, durante a crise dos reféns, de 1979-1980.<br />Após a manifestação e invasão da Embaixada norte-americana, 6 funcionários conseguiram fugir para a Embaixada do Canadá e aí ficar em anonimato. <br />(Quanto aos restantes reféns, só seriam libertados 444 dias depois).<br /><br />Para que fosse credível, tiveram de contratar os direitos de autor do filme, de criar um conjunto de actores falsos, elenco e produção. <br /><br />O filme não esconde que, por detrás do ódio dos iranianos aos EUA estava o facto de estes terem apoiado o Xá anterior e o seu regime ditatorial repressivo e de lhe ter dado asilo político, quando ocorreu a Revolução Islâmica.<br /><br />No entanto, trata-se de um regime patriótico, em que desponta o orgulho em se ser norte-americano. <br /><br />O filme é de acção.<br /><br />E, verdade ou não, o facto é que por uma unha negra conseguiram escapar no avião da SwissAir. <br /><br />A história teve de ficar no anonimato, para evitar retaliação sobre os reféns.<br />Foi atribuída uma condecoração ao protagonista da CIA, especialista em extracções, em acção secreta.<br />O Canadá ficou com os louros, não a CIA e a Administração do Presidente Jimmy Carter.<br />Isto até 1997, quando o segredo foi revelado.<br /><br />História impressionante.<br /><br />Realização de Ben Afleck bastante boa. <br /><br />Ivo Miguel Barroso
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Inquietante!

João Curado

<p>Os acontecimentos passam-se nos finais da década de 70 e início de 80 e o core da acção tem lugar em Teerão, Irão.<br />Quando uma multidão descontrolada, estimulada por fundamentalistas, invade a embaixada norte-americana em Teerão, o pânico instala-se. São feitos reféns todos os trabalhadores e associados, excepto 6 trabalhadores de nacionalidade americana que conseguem escapar. O maior dos problemas neste momento, por estranho que pareça, não é a existência de reféns. Os "Terroristas" e captores conseguem aceder aos dados da embaixada e percebem que faltam diplomatas. Entretanto estes já se encontram ao abrigo do Estado do Canadá na sua embaixada, ficando agora o seu futuro nas mãos do nosso contador de histórias.<br />Ben Affleck, realizador e personagem principal do filme interpreta o papel de Tony Mendez, um agente da CIA que tem como missão fazer-se passar por produtor de Hollywood e resgatar os diplomatas americanos disfarçados de equipa de produção de um filme. Apesar de parecer uma história pouco possível, este filme é baseado em factos reais e praticamente todas as personagens do filme existiram.<br /><br />O filme arranca com uma introdução, contextualização da época passada e dos anos anteriores aos acontecimentos retratados. Também ainda no primeiro acto temos a tomada de posse da embaixada pelos rebeldes, cenas que nos deixam beber um pouco daquilo que iremos sentir ao longo do filme, uma inquietação constante que dificilmente deixa o coração abrandar. Ben Affleck mostra mais uma vez a sua grande capacidade enquanto Realizador. Das 3 longas-metragem que realizou, esta é a que destaco como mais capaz. Os seus anteriores trabalhos, Gone Baby Gone (2007) e The Town (2010), apesar de serem bastante bons, não atingem o espectador, desta forma tão perspicaz e ao mesmo tempo tão assustadora. Esta história está perfeitamente contada e aquilo que é capaz de fazer é admirável. Durante a extracção dos fugitivos, que dura parte do 2º acto e 3º quase por completo, o espectador vê-se num estado de inquietação e quase sufoco claustrofóbico.<br />Aquém da capacidade de contar historias, ficou a capacidade de criar uma relação/afecto pelas personagens. Não é conseguido no filme que o espectador tenha qualquer ligação com a personagem, apesar de obviamente se querer o bem e o melhor para todos, não há background emocional ou característico das figuras. No entanto, e é engraçado neste filme, existe sempre uma sensação de humildade e humanidade presentes, não pelas personagens em si, mas pelas pessoas que representam, por revelarem um cidadão a temer pela sua vida.<br /><br />A construção do filme, a fotografia e o argumento são os pontos mais fortes deste filme que para além de Ben Affleck conta com a participação de Bryan Cranston e Alan Arkin, este último a meu ver, o melhor actor em cena e um possível candidato algumas nomeações no próximo período de prémios. Contudo há algumas falhas que se prendem com edição, banda sonora desenquadrada e cenas menos bem conseguidas. Não deixando, no entanto, que o filme deixe de ser uma boa obra e a confirmação de que o talento de Ben Affleck enquanto realizador caminha por um rumo diferente da sua carreira enquanto actor.<br />????/5<br /><br />João Curado</p>
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Bom

João

Apesar de ser assunto conhecido o filme está muito bem construído e consegue "amarrar" o espectador à cadeira sempre esperando a cena seguinte.<br />A cena do aeroporto está muito bem dramatizada.<br />Aconselho vivamente.
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Bem bom

Bruno Ferreira

Ben Affleck sempre foi um actor fraquinho, mas tem-se revelado um realizador bastante competente! Depois de "The Town" (vi e gostei) e "Gone Baby Gone" (não vi, mas ouvi falar bem), chega-nos "Argo", um filme sobre a missão secreta de resgate de 6 espiões da CIA presentes no Irão durante os tumultos de 1979.<br /><br />Ainda hoje a história (verídica) é globalmente desconhecida (perdeu o estatuto de "top secret" com Clinton), e este filme serve para expor algumas das acções que o serviço de espionagem fazia e faz. Tudo nos é oferecido de forma simples, mas muito bem conseguida. Está tudo bem contado e estruturado. Há suspense e vemo-nos envolvidos no filme. Apenas não gostei de uma das cenas do final, demasiado "americanizada" ou "hollywoodesca" para o meu gosto.<br /><br />A forma como a personagem principal se consegue infiltrar no Irão é muito boa! De resto, boas interpretações, bom argumento e informação qb para melhorarmos a nossa cultura geral.<br /><br />Gostei bastante!
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