Nascido na Golegã (distrito de Santarém), a 13 de Novembro de 1838, Carlos Augusto de Mascarenhas Relvas de Campos foi um homem muito à frente do seu tempo. Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, cavaleiro tauromáquico, atirador de pistola e de carabina, ficou também conhecido por ser um pioneiro da fotografia no século XIX. Respeitado e estimado pelo seu carácter, os seus trabalhos fotográficos foram, desde cedo, muito conhecidos e apreciados, sendo por isso admitido, em 1869, como membro da prestigiada Sociedade Francesa de Fotografia (fundada em 1854), sendo várias vezes homenageado em exibições pela Europa. Carlos Relvas veio a falecer a 23 de Janeiro de 1894, vítima de uma septicemia contraída após um acidente de cavalo. Deixou um espólio de aproximadamente 12 mil fotografias.<br /> Com realização de Olga Ramos ("Dificilmente o Que Habita Perto da Origem Abandona o Lugar", "Contra-Bando", "Vaga – Um Roteiro Poético da Região do Oeste"), um documentários sobre o trabalho técnico e artístico de Relvas através dos seus retratos (de vagabundos, camponeses, burgueses, membros da família real ou de si mesmo), realizados há mais de um século, no estúdio de luz natural da Golegã – que mandou construir propositadamente para desenvolver a sua arte, em 1876 – ou em exteriores no Ribatejo, Lisboa, Porto e estrangeiro. PÚBLICO