A Última Sessão de Freud
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Ambientado em vésperas da Segunda Grande Guerra, este filme ficciona um encontro entre dois dos maiores intelectuais da primeira metade do século XX: o neurologista austríaco Sigmund Freud, criador da psicanálise, e o irlandês C.S. Lewis, celebrado autor de “Trilogia Espacial” (1938-1945), “Cartas de Um Diabo ao Seu Aprendiz” (1942) e, mais tarde, “As Crónicas de Nárnia” (1950-56). Nesse encontro, os dois debatem sobre a sexualidade, o amor, a Humanidade e também sobre a existência de Deus.
Com realização de Matthew Brown (“O Homem Que Viu o Infinito”), um drama baseado na peça de teatro homónima da autoria de Mark St. Germain (também responsável pelo argumento deste filme) que, por sua vez, se inspirou no livro “The Question of God”, de Armand Nicholi.
Anthony Hopkins, Matthew Goode, Liv Lisa Fries, Jodi Balfour, Jeremy Northam e Orla Brady assumem os papéis principais. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
A Última Sessão de Freud: nem Freud explica
Ainda há quem produza e lance filmes assim. Ainda há quem os veja. Quem? À procura de quê?
Ler maisCríticas dos leitores
Embate teológico entre dois titãs!
Pedro
Um diálogo inusitado e sinuoso entre Freud e C. S. Lewis, pontuado pelos pontos de vistas antagónicos pela inerente humanidade dos dois.
Freud Infantilizado
Bruno Caldas
O texto, que originalmente é de um livro adaptado para teatro, retrata Freud como uma criança inconformada com a crueldade de Deus, que se manifesta, particularmente, no seu câncer terminal e num trauma de infância; e, coletivamente, na estupidez da guerra. Toda a formulação intelectual que ele fez do mundo é posta abaixo das suas emoções primárias.
Talvez para tentar dar alguma credibilidade ao retrato infantilizado do grande pensador, o autor o situa na iminência da morte, naquele momento de demência senil em que as lembranças e os sentimentos da infância se confundem com a realidade presente. Em suma, é um libelo contra Freud e contra a intelectualidade, de forma geral.
A discussão sobre a fé religiosa, por consequência, é rasa, já que o "adversário" é rebaixado a esse ponto. Generalizando a partir da figura de Freud, a apologia que o texto faz da crença cristã parte do princípio de que ela é tão natural, tão imanente ao mundo, que sua negação só pode decorrer, artificialmente, de uma rebelião dos sentimentos contra o Pai.
O intelectual é um Édipo, que pretende desfigurar a ordem natural das coisas. Mas quem é ateu assume como natural a inexistência de Deus e entende que cabe ao crente provar a existência daquele deus pictórico que a sua religião particular representa com determinados traços. A personagem arquetípica de pensador ateu que Freud assume no filme é, portanto, completamente inverosímil.
A Última sessão de Freud
Paula oliveira
Filme que deve ser visto num cinema. Adorei a interpretação dos dois actores principais. Numa época que nos massacram com super-heróis e efeitos visuais, este filme é uma pedrada no charco. Recomendo vivamente.
A última sessão de Freud
Pedro Fonseca
A contribuição de Anthony Hopkins é genial numa temática de enorme interesse. Cada vez temos menos densidade no cinema pelo que este filme luta contra a corrente. Felizes os que percebem a riqueza semântica e a importância de se continuar a ter um tempo de cinema diferente.....reforço a necessidade de minimizar incorrecções face ao devastador poder do imediatismo e a superficialidade que contamina ferozmente o cinema de hoje.
Envie-nos a sua crítica
Submissão feita com sucesso!