Quem viu a série original com os saudosos Ricardo Montalban e Hervé Villechaize, decerto vai fazer esta pergunta, num misto de saudade, revolta e espanto. Como se transformou uma série familiar num absurdo cinematográfico? <br />Roarke transformado num vilão? A ilha transformada numa armadilha em que os desejos são distorcidos e se transformam em pesadelos? Não... não vou nisto... Prefiro a série leve e descontraída dos anos 70/80.

Apesar do twist me ter deixado de queixo caído o filme tem cenas previsíveis, resumidamente é bastante bom.

Há uns bons aninhos, foi série na TV com alguns episódios de razoável qualidade. Na minha opinião este filme foi quase um desatre. E digo quase, porque o realizador esforçou-se (e nalguns casos conseguiu) passar uma mensagem de redenção de seres, algo atormentados com o seu passado recente. A trama tem episódios confusos, trapalhões e muito difícil de mastigar e muito menos engolir. Quem não for ver, não perde um grande filme. Quem apreciar o género, talvez encontre motivos para não sair totalmente desiludido.

Este filme, baseado numa série de algum êxito nos anos 70, transporta-nos a uma ilha onde cada pessoa poderá realizar uma das suas fantasias. Confesso que ainda não tinha decorrido metade da fita, também eu queria realizar uma fantasia: ser transportado e levado para fora daquela sala de cinema o mais depressa possível mas, tal como no filme, a coisa correu mal e tive de aguentar, até ao fim, aquele pesadelo. Filme execrável, repleto de más interpretações, incongruências e piadas imbecis. Um conselho: Vá realizar as suas fantasias para bem longe de qualquer sala que projete esta negação de cinema