Premiado em Locarno, o primeiro filme de István Szabo é um dos mais marcantes das novas vagas da Europa do Leste. Filme sobre um grupo de jovens amigos e o conflito de gerações, filme sobre a conjunção entre vida privada e vida pública, entre amor e política, feito com a (aparente) leveza de tom e a rapidez oblíqua do moderno cinema da Europa Central. Filmado em cenários naturais por um cineasta que conhecia Godard e Truffaut, este é "um filme de uma espantosa pureza, sobre o mundo que muda de rosto", escreveu à época um crítico de 22 anos chamado André Téchiné.

Texto: Cinemateca Portuguesa