A Duquesa

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Histórico, Drama 110 min 2008 M/12 29/01/2009 GB, FRA, ITA

Título Original

Sinopse

Fim do século XVIII, Inglaterra. Georgiana, Duquesa de Devonshire, é uma mulher bela e carismática, adorada pela população. Casada com o riquíssimo Duque, aceita contrariada uma relação a três com a amante do marido, Bess, que é também a sua melhor amiga. Insatisfeita, acaba por se dedicar à vida pública, fazendo campanha pelo partido liberal e lutando pelos direitos das mulheres. É assim que conhecerá o futuro primeiro-ministro, Charles Grey. PÚBLICO

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No final ecoa o pensamento: tanta coisa só para isto? Sabe a pouco, este telefilme de luxo. Ainda por cima não se consegue evitar a sensação de produto de consumo interno (inglês), com as afinidades que nos levam facilmente a ver Charles, Diana e Camilla sentados à mesma mesa, e que vão mais longe, pelo facto de Diana Spencer ser descendente directa do irmão da duquesa de Devonshire, que protagoniza a fita, e do casamento desta ter feito o mesmo "barulho", ao ponto de ser antecipado para fintar as multidões na data anunciada. Este será o filme onde mais obsessivamente se filma a beleza de Keira Knightley, embora nem sempre o façam favoravelmente (a maquilhagem geralmente é terrível), e onde Ralph Fiennes, na personagem do taciturno marido com mentalidades (e hábitos) medievais, diverge da norma de maneira algo surpreendente, embora sem perder pitada do seu estilo. Não é um mau filme, até porque as actuações são de boa qualidade, apesar da escolha mal feita de Dominic Cooper para encarnar Charles Grey (o do Earl chá, precisamente). Sobretudo, compensa ver a impecável produção, que tão bem nos transporta ao tempo e ao lugar. Mas tudo ganharia por ser uma adaptação mais livre, onde se introduzissem elementos históricos que dessem mais substância ao argumento. E se a época se prestava para isso!
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Um filme cheio de História

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Georgiana Spencer (Keira Knightley) é uma menina nobre que, aos 16 ou 17 anos, em 1774, se casa com Sir William Cavendish, o quarto duque de Devonshire (Ralph Fiennes). Excitada com a ideia de uma nova vida e de se casar com o homem mais poderoso de Inglaterra depois do rei, Georgiana cedo se desilude ao descobrir que o marido gosta mais dos seus cães do que dela. O duque tem um único objectivo: que Georgiana lhe dê um filho. Infelizmente, as duas primeiras crianças do casal são meninas. A situação deteriora-se entre ambos, e o duque começa a revelar sinais de impaciência, e deixa mesmo que a sua mulher compreenda que tem amantes, das quais teve pelo menos uma filha. O Duque quase não fala com Georgiana, e quando lhe dirige a palavra é simplesmente para lhe dar ordens. Quando Georgiana arranja uma amiga (Hayley Atwell), o duque acaba por dormir com ela, transformando-a em seguida na sua amante “official”. Os Devonshire passam a viver num verdadeiro “ménage à trois” que Georgiana suporta dificilmente. A duquesa, que participa activamente na política ao lado dos Whigs, acaba por encontrar uma paixão da sua juventude, um político ambicioso chamado Charles Grey. Georgiana vai ser chantageada pelo marido: ou abandona a relação com Grey ou não verá nunca mais os seus filhos. Georgiana impõe a separação a Charles Grey que a aceita para poder continuar a sua carreira política. Grey acabaria por chegar a primeiro-ministro e a obter o título de conde, passando à História como o estadista Earl Grey (earl é conde em inglês), que está também na origem do famoso chá (ver nota bene). Keira Knightley no papel de Georgiana demonstra uma vez mais a sua capacidade para interpretar papéis de época. Linda como poucas actrizes da actualidade, ela consegue enfeitiçar a câmara e todos os que a rodeiam tal como Georgiana era uma mulher admirada e idolatrada no seu tempo. A protagonista encontra o contraponto certo em Ralph Fiennes, que constrói a personagem do Duque com precisão e austeridade. A interpretação de Fiennes é precisa e demonstra bem o drama interior do homem que, no fundo só reproduz comportamentos que são supostos serem correctos na época. O filme chega com um elemento suplementar para atrair público aos cinemas: Georgiana é antepassada de Lady Diana. O seu irmão é avô em quinto grau da malograda princesa de Gales. Do ponto de vista histórico “The Duchess” é um filme interessante como só os ingleses sabem produzir, mas é ainda um drama cativante que provoca interesse até ao final. NB - Earl Grey é o nome dado a qualquer tipo de chá preto aromatizado com óleo de bergamota. A mistura foi baptizada em honra do segundo conde Grey (Earl Grey, em inglês), primeiro-ministro britânico na década de 1830, que introduziu este tipo de chá aromatizado no Reino Unido. A história de como o conde Charles Grey adquiriu a mistura tem várias versões e, provavelmente, nenhuma delas corresponde à verdade. A mais popular conta que foi um presente de um mandarim chinês, grato pela intervenção do Conde (ou das suas tropas) no salvamento de um dos seus filhos. O conde Grey, porém, nunca visitou a China e, noutra versão semelhante, quem é salvo é o filho de um marajá indiano (salvo de um tigre). Seja qual for a origem, certo é que o conde Grey recebeu a mistura como presente diplomático e começou a servir o chá aromatizado aos seus convidados. O chá foi um grande sucesso e os fabricantes de chá Twinings foram convidados para elaborar uma receita. A empresa foi bem-sucedida e, pouco depois, comercializou a receita como Earl Grey’s Tea.
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