Arrisco-me a dizer que foi o pior filme que alguma vez vi. Aliás, isto nem se devia considerar um filme. Horrível!!

É de doidos. Como é que alguém consegue gostar disto? "O Exorcista" é mil vezes melhor.

Se Rob Zombie ocupava já uma posição peculiar no universo musical actual, essa especificidade começa agora a transferir-se para territórios cinematográficos com "A Casa dos 1000 Cadáveres". Nos seus videoclips, o músico sempre apresentou claras referências a personagens e simbologias associadas ao cinema de terror/fantástico, expondo ambientes sinistros, obscuros e macabros. A sua primeira longa-metragem é, então, uma extensão desse universo muito próprio, apostando em cenários decadentes, arrepiantes e inóspitos com elevadas doses de excentricidade e tensão. O filme segue o percurso de quatro jovens que se aventuram de carro pelo interior dos EUA, deparando-se com uma pequena localidade rural numa noite chuvosa e caótica.<BR/><BR/>A boa disposição inicial dos quatro amigos será obrigatoriamente interrompida à medida que estes vão sendo afectados por diversos acontecimentos bizarros e, pouco a pouco, o riso espontâneo e alegre dá lugar a forçados sorrisos amarelos e muito nervosismo. A bizarria aumenta quando os jovens são "hospedados" em casa de uma incomum e intrigante família, iniciando uma perturbante viagem por um autêntico "freak-show". Influenciado por obras marcantes como "Massacre no Texas" ("The Texas Chainsaw Massacre"), de Tobe Hooper e exibindo um espírito herdeiro da série-Z, "A Casa dos 1000 Cadáveres" combina atmosferas de pânico, inquietação e horror com diversos momentos de humor (seja ele negro ou de um mau gosto assumido).<BR/><BR/>Não é um filme para levar a sério, antes um divertimento grotesco e algo atípico nos dias de hoje, diferenciando-se de múltiplos "filmes-de-terror-adolescentes" indistintos e saídos de uma linha de montagem formatada. O estilo visual gerado por Zombie, por vezes próximo da montagem dos videoclips (o que não é de estranhar), destila energia cinética e adrenalina, apresentando apelativas texturas de cores e um curioso trabalho de iluminação.<BR/><BR/>Essa componente visual (premiada no Fantasporto deste ano) ilustra eficazmente os ambientes marcados por personagens perversas e demoníacas, onde se desenrolam jogos de tortura, perseguições ameaçadoras, mortes arrepiantes, algum canibalismo, coloridas cenas gore e outros momentos repletos de demência e visceralidade q.b..<BR/><BR/>"A Casa dos 1000 Cadáveres" consegue, então, inserir algum "sangue novo" dentro de um género já muito trabalhado e à beira do desgaste, funcionando como um competente "pastiche" de referências e obras paradigmáticas do cinema fantástico. Provavelmente será mais apreciado por fãs do género, já que este concentrado de bem humorada crueldade com requintes de malvadez dificilmente ganhará a unanimidade do público. Um título a considerar nesta ressaca do Halloween.<BR/><BR/>Classificação: 2,5/5 - razoável.

Alguem me diz a razão porque esta coisa é sequer designada filme? Sem história, a parte dos dois casais mais lembra o "Massacre no Texas" e o resto nem sequer merece ser lembrado. Tanto filme a precisar de ser feito e depois vêm estas coisas a gastar fita de filme! Nem sei como é que alguma produtora pegou neste filme. Será que os responsáveis não tinham olhos na cara? Um filme muito triste mesmo, sem ponta por onde se lhe pegue. Já que falei no "Massacre no Texas", esse sim merece a classificação de M18. Vejam mas é esse em vez desta coisa ridicula!

Eu a pensar que era um filme de terror... O filme é dos piores que tenho visto. Não vale mesmo a pena ver, nem no cinema, nem na TV. Acho que o Rob Zombie devia resignar-se a fazer música. Que tristeza de filme...

Com (entre outras) uma grande referência ao fabuloso filme "What Happened to Baby Jane", com Bette Davis, que trata a meu ver de um canibalismo psicológico, este filme trata do canibalismo puro e uma sociedade criada à sua volta. A relação "centros-periferias" "purismo-dispersão" está patente no sub-solo e solo. Bem elaborado sociologicamente, leva-nos a uma comunidade bem construída, sendo o canibalismo o grande factor de desenvolvimento da mesma (mas não só). Muito mais se poderia dizer, pois a tensão criada no início do filme para um "déjà-vu" entediante contrasta enormemente com o divino final. A ver. <br/><br/>P.S.: Esqueci-me de dizer que o grande terror está na coerencia da construção de uma sociedade canibal desenvolvida! Não está nas mortes, nem nos crâneos, cuidadosamente abertos e deliciosamente comidos. Não é por aí!... Por vezes, o terror está mesmo ao nosso lado e não precisa de sangue.

Rob Zombie, "A Casa dos 1000 Cadáveres", terror, maiores de 18... Tudo parecia apontar para um potente filme de horror com um grande som a acompanhar. Desilusão total... Violência digna de dar na SIC à tarde. Porquê maiores de 18? Muito mais violência que o filme todo tem uma só cena dos "Cães Danados" (Tarantino), com o polícia na cadeira, orelha cortada, regado com gasolina. Que tristeza... Sem argumento, sem som, sem terror. Ainda houve quem saísse a meio do filme após um escalpe que nem se vê. Ai, ai, lá fui ao engano...

Simplesmente, adorei. Está excelente, foi fantástico, não há mesmo palavras, apenas um concelho: assistam!

Excelente. Cinco estrelas! Se Rob Zombie já provou ser um grande músico, justificou agora a sua aptidão para o cinema com este grande filme.