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A Casa da Loucura
Título Original
Asylum
Realizado por
Elenco
Sinopse
Na Inglaterra dos anos 50, o marido de Stella, um ambicioso psiquiatra, é nomeado para um cargo superior num hospital de segurança máxima. Stella e o filho mudam-se com ele, mas a proximidade com a loucura pode ter efeitos fatais nela. Quando Stella conhece Edgar, um artista preso por matar a mulher num ataque de ciúmes, estabelece-se de imediato entre os dois uma fortíssima relação. <p/>PUBLICO.PT
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
O amor como (des)ilusão
Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)
No final da década de 50, Max Raphael (Hugh Bonneville) toma posse como director-adjunto de um hospital psiquiátrico. A sua mulher, Stella (Natasha Richardson, também produtora executiva) e o seu filho Charlie (Gus Lewis) mudam-se com ele para o campo. Max é frio e puritano, Stella é reprimida e inquieta. A distância emocional entre ambos é um abismo, e o mesmo acontece em relação a Charlie, que acaba por se afeiçoar a um dos pacientes, Edgar Stark (Marton Csokas). Isolada e aborrecida, Stella acaba por se apaixonar por Edgar. O Dr. Peter Cleave (Ian McKellen) observa este relacionamento à distância, ao mesmo tempo que prossegue as sessões de terapia com Edgar, internado por ter morto a mulher num acesso de ciúmes. É ainda lançada uma pista sobre uma anterior transgressão de Stella, associada a algum desequilíbrio psicológico.<BR/><BR/>Partindo do romance gótico de Patrick McGrath (1997), David Mackenzie (realizador de “Young Adam”, 2003, também ele uma história sobre uma mulher casada atraída por um homem jovem e potencialmente perigoso) cria um elegante melodrama sobre a repressão e a obsessão, com a dose de tragédia que se exige. A câmara de Giles Nuttgens faz do asilo um espaço soturno e opressivo, o ambiente propício para actos de desespero motivados por uma paixão que consome e destrói tudo e todos no seu caminho.<BR/><BR/>Por ela, Stella abandona o seu marido, o seu filho, e, de certa maneira, o mundo. Neste processo, assistimos à sua degradação, de vitimadora a vítima. Eventualmente, Stella terá de fazer uma última escolha, que ditará o seu futuro e o das pessoas que a rodeiam.<BR/><BR/>Natasha Richardson, bela até mais não poder, é dona de cada cena, seja subjugada à culpa ou à luxúria. E Ian McKellan tem mais um grande papel como um psiquiatra calculista e manipulador. À sombra destes portentos, Marton Csokas não passa de um homem bonito.<BR/><BR/>O argumento, co-escrito por Patrick Marber (“Closer”), está cheio de bons diálogos. Mas a quantidade extrema de erros de julgamento destas personagens, onde ironicamente as atitudes mais razoáveis são as do vilão, retiram credibilidade à história, e o perturbante desfecho acaba por nos deixar algo indiferentes. Nota: 5/10.
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A vida num hospício
António Cunha
Este curioso filme parece uma série da BBC. É claro que não é uma crítica negativa, muito embora gostaria que tivesse ido mais alé... Ian McKellen brilha, sempre que aparece no grande ecrã. De Natasha Richardson, desta vez, poder–se–á dizer o mesmo (esqueçam a sua horripilante “The White Countess – A Condessa Russa”). Mas a surpresa vem de Marton Csokas – de um dramatismo quase perfeito. A realização é mediana. Não possui o dramatismo da obra de Mike Leigh, nem consegue ser um "Gosford Park", de Robert Altman, se bem que o clima aqui seja mais sinistro. Nota: 2/5.
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