Ótimo filme, ótima fotografia, excelente atuação de Andy Garcia, o conteúdo nos mostra um pouco da realidade cruel do comunismo, a usurpação, o início da fome para os pobres! Cuba tem lugares belíssimos, mas um povo sofrido! Andy nós passa a tristeza de ver a família sendo destruída, tendo que fugir de seu país que tanto amava! Recomendo com convicção o filme!

Os filmes dividem-se essencialmente em duas categorias: os que ajudam a passar um tempo agradável e os que ficam na memória. Decididamente, este encaixa-se no segundo tipo. Excelente realização de Andy Garcia, que tem simultaneamente um excelente desempenho como actor. O filme espelha essencialmente o crescendo de esperança de um país que sonhava com tempos de democracia e com a queda de Batista, mas que é confrontado com a desilusão com a ascensão de Fidel, das nacionalizações e das execuções sumárias. A banda sonora é provavelmente a mais brilhante da última década pelo menos, e o sentimento profundamente emocional reflectido no argumento só poderia ser colocado por quem viveu essa experiência.<BR/><BR/>Numa palavra, memorável. O melhor filme desde há muito, independentemente das nossas convicções pessoais sobre o assunto. Digno de um Óscar pela realização pelo menos, não fosse o conteúdo político, muitas vezes censurado por Holywood.

Não está mau, mas nota-se que o Andy é um pouco ressabiado...

Achei incrível a forma como foi retratado o Che Guevara. Provavelmente se fosse vivo seria tão "odiado" como o Fidel, mas como morreu tornou-se mártir. Gostei imenso do filme, é uma visão diferente daquelas que conhecia, mas não me parece exagerada, nem tendenciosa (um pouco talvez, mas só na medida em que é uma visão/opinião de uma pessoa). Muito diferente de todos os filmes, gostei de tudo, desde a banda sonora ao "nonsense" da personagem interpretada por Bill Murray. O ambiente cubano dos anos 50 é um espectáculo, a música é fenomenal. Acho importantíssima a forma como é criticada a revolução e ambas as tiranias (do Batista e do Fidel). É fundamental revelar que independentemente da ideologia, uma ditadura é sempre má! Viva a democracia, falível, mas o menor de todos os males.

Lamento a crítica feita por Mário Torres. Obviamente estava em um dia "não" para filmes. Vale a pena lembrar que "Havana-Cidade Perdida" não tem a pretensão de ser um documentário sobre a revolução cubana e o filme tão pouco se centra na figura de Fidel ou Che Guevara, para isto outros filmes estão a chegar e, com toda certeza, isentos de imparcialidade. Estamos diante de um filme de grande qualidade na estreia de Andy Garcia como realizador, que aparece complementado por uma excelente trilha sonora. Decididamente, a não perder.

Eu considero que acima de tudo é um filme bonito de se ver. Retrata muito bem os anos 50, nos seus ritmos, guarda-roupa, postura, etc.. Poderei até considerar que é um tanto ao quanto anti-Fidel, mas para quem já não é muito jovem, como é o meu caso, ainda tenho memória de como a tomada do poder foi feita, com todas as incoerências das revoluções... Como filme, às vezes via ali um pouco do célebre "Casablanca", na sua analogia romântica e logística. Acho um filme bem disposto de onde se sai com o "pézinho" a mexer... è contagiante.

Devia ter percebido atempadamente o que me esperava. Este filme é um filme de propaganda anti-Castro feito por cubanos residentes nos EUA. O guião é fraquíssimo. Achei patético o arrependimento de um revolucionário em plena vitória da revolução, tal como o comportamento errático e despropositado de algumas personagens. Mas o que realmente me indignou foi a introdução de imagens reais de fuzilamentos. Isso é jogo sujo por parte do realizador. Ou se apresenta um documentário, ou se apresenta um filme, em que é que ficamos?

O filme só mostra o ponto de vista dos anti-castristas, nem sequer vale o preço do bilhete.

O filme podia ser bom, mesmo sendo um filme do ponto de vista da burguesia. O filme ridiculariza Che Guevara, os revolucionários - e as montagens feitas com os filmes a preto e branco da altura estão péssimas! A história de amor é demasiado longa e acaba por parecer descontextualizada do resto. Salvam-se a música e as danças!