//

1ª Vez 16mm

Votos do leitores
média de votos
Votos do leitores
média de votos
Drama min 2008 13/11/2008 POR

Título Original

Sinopse

Um grupo de finalistas da Escola Superior de Cinema resolve fazer um filme em 16mm, película com menos potencialidades mas mais barata, entre Portugal, Veneza e Paris. Com poucos recursos financeiros, a rodagem de "Amizades Coloridas" é atribulada e marcada por uma série de incidentes.

PÚBLICO

Críticas dos leitores

Genial...

SM

Consegui finalmente ir ver o filme “1ª Vez 16mm”, por sinal e para quem não sabe está em Braga, Faro e Leiria, e não posso deixar de lhe agradecer, obrigada JL, não fosse a sua critica tão inflamada, quase de cariz pessoal, e eu nunca teria ido ver este filme, antes de ler a sua crítica e sucessivas respostas pensei que era apenas mais um destes tipicamente maçudos filmes Portugueses para os quais confesso não tenho a mínima paciência mas não, este filme é absolutamente genial… Antes de passar à minha critica do filme quero ainda fazer uns reparos à critica do/a senhor/a JL. Apenas lhe quero fazer alguns reparos porque me pareceu que a sua crítica foi bastante pessoal, não sei se foi uma das tais pessoas que colaborou e não recebeu nada, se é que existiram tais pessoas, mas parece-me que este filme fala bem de realidades Portuguesas, não sei se vive em Lisboa mas se assim for tente estacionar o seu carro no largo da Misericórdia e verá que o arrumador que lhe aparece é o Albertini (eu reconheci-o logo) ou em qualquer ponto do país em praias ou locais semelhante se não encontra alguns velhos babados a quem só falta abrir a gabardine (quando falta). Refere o quão perigoso é o filme a partir do momento em que Rui Goulart abre a boca, deixe-me que lhe diga que não me senti ameaçada, sentiu-se? E por último, não me quero alongar muito mais, não é suposto os personagens olharem para a objectiva da câmara quando falam mas sim para os personagens com quem estão a contracenar (até eu que não sou do meio sei isso), o Rui Goulart, pelo menos no filme, não fumou cigarros fumou cigarrilhas e numa relação platónica parte-se do princípio que não há contacto físico, por isso é que é platónica. Queria também perguntar ao António & Rita onde conseguiram ver o filme porque eu só consegui descobrir em Faro, Braga e Leiria, está em mais algum sítio? Durante as quase 2 horas nunca nos sentimos entediados, tem movimento do principio ao fim, vemos um realizador obstinado, cujo único objectivo é fazer um filme, objectivo que nunca deixa de perseguir durante toda a história, a trama desse filme trata da relação platónica entre um fotógrafo e uma adolescente ao torno de quem gira uma panóplia de figuras bizarras (percebeu agora senhor/a JL?), vemos como tudo corre mal de inicio obrigando a inexperiente equipa a começar tudo de novo com uma nova actriz principal que acaba por transpor para a vida real a tal relação platónica que estão a filmar criando algum mau estar na equipa mas que nem assim os desvia do objectivo final, fazer um filme. Somos ainda presenteados com o desempenho de vários actores bem conhecidos entre nós e deixando-nos completamente rendidos aos monólogos de João D’Ávila (como estava com atenção consegui vê-lo em muito mais cenas do que apenas nas cenas do Ferrari), todos os planos aparentam ser muito bem escolhidos, são planos nus, muito reais, nada estilizados tão naturais como o nosso dia-a-dia, até em Veneza se percebe a diferença de cenários entre os locais onde a equipa está a filmar (mais turísticos) e aqueles em que a equipa passeia (canais secundários e mais sossegados), mas todas estas peripécias são não só engraçadas como reais vividas, segundo percebi, por Rui Goulart ao longo da realização do seu primeiro filme, assim como nos vamos apercebendo de algumas mensagens que a longo de toda a história nos vai passando através de alguns personagens e que nos deixa adivinhar o que se passa realmente no mundo do cinema e que não é muito diferente do que se passa no resto do país, por último parece-me que a ausência de argumento de que tanto se fala se refere ao filme que a jovem equipe está a filmar e não ao filme “1ª Vez 16mm” mas mesmo que o filme não tivesse argumento não me parece que lhe tenha feito falta. Ao Rui Goulart e a toda a sua equipa apenas quero dizer que espero que se tenham divertido tanto a fazer o filme como eu a vê-lo.
Continuar a ler

Minimalismo?

Teixeira Moita

Vi o filme no Porto, na sala Batalha. Nunca tinha visto um filme de Rui Goulart, apesar de ser um nome conhecido no Cinema português. Acho notável, para começo, que alguém neste projecto de país consiga criar uma longa-metragem sem qualquer tipo de subsídio estatal. Por si só já é um "statement". Então, como fazer um filme com os recursos disponíveis? Recorrendo à estética minimalista. Todo o filme está filmado em planos fixos a “La Oliveira” e os actores oscilam entre o amador e o extraordinário profissional (João Ávila). Tudo aqui é uma derisão absoluta e assumida do Cinema: querem cromos? Ele dá! Querem novela? Ele dá! Querem mamas? Elas mostram! Querem drama? Ele dramatiza, etc. Só que tudo isto é mostrado sob a batuta do Absurdo, da crítica e da ironia. Depois há Veneza... subitamente o realizador dá-nos uns planos dele próprio. Planos de uma grande beleza, de cor, de enquadramento. É a surpresa total. Talvez seja a forma de ele mostrar que sabe filmar como qualquer Rivette. O filme: A trama é um filme dentro de outro filme que é filmado e tudo intercalado pela filmagem de um documentário televisivo. Confuso? Talvez. Beckett já fez isso há mais de 50 anos. Aqui se deverá centrar a análise desta proposta de Rui Goulart. Ou seja: o cinema é uma Arte relativamente jovem. Se na Pintura já presenciámos as mais radicais e inovadoras propostas artísticas, no Cinema só agora (com o vídeo) começamos a conhecer outras formas de ver e filmar. Para mim, este filme deve ser visto como uma proposta arrojada e inovadora no sentido estético. Não é um filme americano - somos nós, portugueses, ali retratados, nus. E dói, isso dói.
Continuar a ler

Mais um filme de um dos cineastas de minha eleição: RUI GOULART.

Adozinda Jesus Seixas

Um cineasta com produções independentes, que louvo uma vez que se encontra bem à margem dos apoios do estado, e consegue realizar bons filmes. Um Realizador que acompanho de perto, dado o seu empenho em nos fazer chegar à tela o seu trabalho com grande empenho dedicação e muito esforço. 1ª Vez 16 mm foi um dos filmes que tive oportunidade de ver no Cinemax em Braga e que me fascinou por retratar na integra as dificuldades, peripécias, contratempos do que é fazer cinema em Portugal. Como tive oportunidade de me deslocar ao Algarve, aproveitei a deslocar-me ao Cinatrium com um grupo de amigos e mais uma vez vim encantada duplamente com o filme, ainda mais pelo prenúncio dos meus amigos. Foi o melhor que poderia ter ouvido uma vez que afirmavam antes de assistirem ao filme, de que seria uma grande "seca" que o cinema Português não tem qualidade nenhuma. O meu espanto é terem saído satisfeitos com a exibição. Resta-me deixar em meu nome e dos meus amigos os meus sinceros parabéns ao realizador que tão bem transportou para a ficção a realidade existente no nosso universo cinéfilo.
Continuar a ler

1ª vez Rui Goulart

Estela Varanda

Foi o 1º filme de Rui Goulart que vi e gostei. Para já, tem o condão de mexer connosco e despertar diferentes reacções, por vezes até contraditórias e é sempre bom ver um filme que não nos deixa passivos. Trata-se, quanto a mim, de uma caricatura bem conseguida do que é fazer obstinadamente um filme, sem experiência, sem meios...e até sem argumento! Mas ao mesmo tempo, como o filme se baseia numa experiência real do realizador, parece-me que foi uma forma de exorcizá-la. Senão como seria possível fazer-nos rir com a morte de uma adolescente?! Sendo um filme para o qual não houve apoios estatais, espero que venha a ter o apoio do público e dos críticos ou seja desejo-lhe o sucesso merecido por contribuir para o enriquecimento artístico deste país.
Continuar a ler

Lamento

JL

Viu o filme ontem? E agora, acha que a minha crítica foi só por dizer mal? Continuo interessado em saber o que é que viu neste filme que lhe tenha agradado. Lamento, mas não é porque uma amiga minha me arranjou um convite para o ir ver à antestreia que eu não vou ser imparcial e abster-me de comentar. Eu sou a favor de se fazer muita coisa, e sem subsídios e sem apoios porque é a única maneira de se fazer coisas verdadeiramente originais sem estar cingido à tacanhez do mercado e dos investidores. Neste país falta fazer TUDO a nível de cinema, e sobretudo passar além do raciocínio básico de Soraias Chaves nuas e de imitações de outros estilos de cinema e de outros realizadores. Precisamos sobretudo de saber fazer os NOSSOS filmes, um cinema que nos fale a nós, como Almodóvar fala com os espanhóis. E é precisamente em defesa de um cinema português de qualidade que não tenho as mínimas contemplações em criticar duramente um filme que pretende almejar a ser algo de significativo mas que falha redondamente em todos os aspectos, aspectos básicos no que concerne o respeito pelas pessoas que querem, e sabem, ver cinema de qualidade. Eu também desejava que este filme fosse algo de interessante, ou até divertido (porque a premissa base até o podia antever), mas de uma ponta a outra o talento é pouco e a vontade de ser pelo menos uma dessas duas coisas é absolutamente nula. Lamento, mas não é justo ser benevolente com esta obra medíocre só porque ela é produzida no nosso país. Perante este grau de amadorismo gritante, pouca gente além do senhor conseguirá extrair dela alguma espécie de satisfação. Para mim, e para a esmagadora maioria, incluindo pessoas que chegaram a contribuir para a sua realização (sem receberem nada), é difícil sequer chamar a este amontoado de película um filme. Para mim e para muitos outros, juntar à toa planos filmados em 35 milímetros (e não dar sequer a quem vê a satisfação de perceber os diálogos) está a séculos daquilo que para nós, espectadores, constitui essa arte fascinante e mágica que é o Cinema.
Continuar a ler

Parabéns Senhor Realizador!

Ana Prada

Eu vi ontem o seu filme e gostei mesmo muito. O filme apresentou cenários fantásticos dignos de "um bom filme" para além de me ter conseguido libertar da tensão acumulada de uma semana de trabalho. Também me proporcionou muitas boas gargalhadas, pois algumas das cenas mostradas no filme tinham uma boa dose de humor. Entre numa sala onde esteja a ser apresentado e comprove você mesmo o quanto estou a ser sincera. Apoie o cinema português pois é você que fica a ganhar! Mais uma vez parabéns!
Continuar a ler

Eu vi o filme

mendigo

Vi o filme ontem. Para filme sem os subsídios do costume que são atribuídos aos suspeitos do costume, que toda a gente sabe quem são, este filme realmente é uma atribulada viagem desde do início da sua rodagem até ser completo. Ninguém é obrigado a ver o filme, mas quem viu gratuitamente, deveria era de apoiar a produção independente nacional, e como disse o interlocutor anterior, pagar bilhete e não beneficiar de um livre acesso, e dizer mal do filme, seja bom ou mau. Se calhar é melhor termos filmes com as Soraias Chaves nuas, e filmes falados em inglês, estilo Tarantino português, mas para estes filmes há sempre dinheiro, os tais suspeitos do costume.
Continuar a ler

Ed Wood Português

antónio & rita

O filme é pura e simplesmente inenarrável. Caro JL apesar de subscrevermos na íntegra, linha a linha, palavra a palavra, o seu comentário, não há razão para alarme: 1º O dinheiro é dele 2º Será bom para Portugal ter a possibilidade de fazer uma retrospectiva dos piores filmes feitos por cá e material não falta (só ele já contribui com 7!!!!! Sete!!!! S E T E longas-metragens!!!!!!) 3º Este filme é muito útil para que todos os novos realizadores portugueses e os antigos que saem da referida escola (ESTC) com o estigma da inspiração e impulsividade (fetichista, básica, cliché) aprendam de uma vez por todas que o cinema é feito sobretudo de muito trabalho de argumento/planificação. 4º É um manual exímio em como não fazer um filme, logo um contributo enorme para o cinema português. (Deviam obrigar todos os aspirantes a realizadores deste país e além-fronteiras a ver o filme). 5º Não se pode dizer que o filme tem más ideias. Simplesmente não as tem. PS. Nós pagámos bilhete! Infelizmente.
Continuar a ler

Ok

JL

Então, se acham que é uma questão de dizer mal por dizer mal, digo apenas que tentem ir vê-lo. E depois, se fazem favor, digam o que acharam aqui neste espaço. Obrigado.
Continuar a ler

Um filme português

mendigo

A minha critica é somente esta, um filme português. O "exaltado" que criticou o filme, ainda bem que o viu de graça pois se calhar deve ser daqueles que andam na busca de tudo e mais alguma coisa de graça. Fazer algo de útil é melhor, ou pedir uma esmola....um filme que não têm o ICAM às costas dá nestas criticas pseudo cinematográficas.
Continuar a ler

Envie-nos a sua crítica

Preencha todos os dados

Submissão feita com sucesso!