Filhos de Ramsés

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Drama 98 min 2022 M/14 16/03/2023 FRA

Título Original

Sinopse

Ramsès (Karim Leklou) vive no Goutte d’Or, um bairro problemático de Paris, onde se misturam pessoas vindas dos quatro cantos do mundo. Nesse local, cheio de problemas sociais e controlado por bandos, ele tem um consultório de adivinhação e é bastante respeitado pela vizinhança. Mas a sua vida é virada do avesso quando o bairro é invadido por um perigoso grupo de miúdos oriundos do norte de África, que vêm desestabilizar a vida de todos os que lá vivem.
Apresentado na Semana da Crítica no Festival de Cinema de Cannes, um filme realizado e escrito por Clément Cogitore (“Ni le Ciel ni la Terre”, “Braguino”) que conta ainda com a participação dos actores Jawad Outoui, Elyes Dkhissi, Yilin Yang e Djibril Bouhadi. PÚBLICO

Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

O filme "Filhos de Ramsès", do cineasta francês Clément Cogitore, é um thriller social que, apesar de centrar-se numa história fabulada, possui uma linguagem marcadamente documental (dado "radiografar" as vivências e as maleitas sistémicas de um bairro multicultural pobre e guetizado de Paris). A sua narrativa (algo desengonçada) tem por base as aventuras e desventuras de um solitário "feiticeiro branco" que ganha a vida a vigarizar, através de sessões espíritas, pessoas emocionalmente debilitadas. É um fura-vidas destemido, sem receio das consequências inerentes aos constantes conflitos com as mafiosas seitas religiosas de cariz étnico que também operam no mesmo território, que vê a sua "vida andar para trás" quando o seu caminho se cruza com um pequeno gang de jovens imigrantes ilegais magrebinos (que o pressionam com o objectivo deste encontrar um dos seus amigos desaparecido recorrendo aos pretensos poderes psíquicos). Este filme ganha força graças à excepcionalidade da sua fotografia "eternamente dark", bem como ao magnetismo emanado pelo protagonista Karim Leklou (captado por uma câmara oscilante e solta que jamais desgruda de si - e inclusive, não poucas vezes, acabamos por percepcionar o seu pequeno mundo através dos seus "próprios olhos", com recurso a uma espécie de câmara subjectiva).

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