O Professor Bachmann e a Sua Turma
Título Original
Herr Bachmann und seine Klasse
Realizado por
Sinopse
Críticas Ípsilon
Stadtallendorf, cidade global
São três horas três quartos de uma vivacidade incrível, entra-se, fica-se, e sai-se a respirar o ar de Stadtallendorf.
Ler maisCríticas dos leitores
4 estrelas
José Miguel Costa
"O Professor Bachman e a Sua Turma", realizado por Maria Speth e vencedor do Urso de Prata do Festival de Berlim, é um documentário ("meramente") observacional, que emerge com sensibilidade, por um período de seis meses, no quotidiano de uma escola de uma cidade industrial alemã. Mais concretamente, na sala de aula de um atípico educador à beira da reforma (que aposta num método de ensino informal), cuja turma é constituida exclusivamente por adolescentes filhos de imigrantes, com fraco domínio da língua do país de acolhimento
Por certo, a duração desta obra (3 horas e quarenta e cinco minutos) irá repelir potenciais espectadores da sala de cinema, o que é pena, pois estamos em presença de um autêntico tratado sobre integração e respeito pela multiculturalidade, que deveria transformar-se num case study de análise obrigatória por parte de todos os pedagogos.
Por uma sala de aula inclusiva
Angélica Monteiro
Este documentário de 3h30 transporta-nos para o interior de uma sala de aula em Stadtallendorf, Alemanha, onde, como tantas outras, interagem meninos e meninas do 6o ano, com características particulares, entre as quais se destacam as diversas nacionalidades e culturas.
O que difere este ambiente de muitos outros é a capacidade do professor Bachmann, de uma forma natural e, ao mesmo tempo disciplinadora, colocar em prática alguns conceitos há muito defendidos no sistema educativo português. Numa espécie de voyerismo pedagógico, vamos conhecendo cada vez mais o contexto, as pessoas, as relações pessoais e sociais, enquanto se aprende inglês, alemão, matemática, música, história e, sobretudo, se aprende a ouvir, conhecer e a respeitar o próximo e a si mesmo.
Do ponto de vista pedagógico testemunhamos a valorização e o reconhecimento de diversas culturas, a aprendizagem ativa e centrada nos alunos e alunas, as expressões, a criatividade, a tutoria entre pares, a reflexão e a auto-avaliação e o acreditar que todos são capazes, desde que sejam dados caminhos alternativos e estratégias diversificadas consoante o ponto de partida.
Considerando que a inclusão é um processo, temos muito a aprender com este documentário.
Envie-nos a sua crítica
Submissão feita com sucesso!