Talvez o filme não o diga, mas Pelé foi talvez o maior jogador da História do Futebol. Maior que Cruyff, Maradona, Eusébio, Messi ou Ronaldo? Em minha opinião, creio que sim. <br /> <br />Pelé (Edson Arantes do Nascimento) encheu a minha meninice. Um jogador extraordinário, jongleur até mais não, passava pelos adversários fazendo carambolas com os corpos destes...Não vi fazer isto a mais ninguém. Talvez Cruyff se tenha aproximado...mas só Cruyff. Em 1958, com 17 anos, depois de uma vida miserável na infância e na adolescência, Pelé foi campeão do mundo na Suécia. A final foi o seu jogo de consagração. <br /> <br />Jogou em Lisboa nos princípios dos anos 60 e disputou com o Benfica duas edições da Taça Intercontinental. O seu clube, o Santos, cilindrou o Benfica, campeão europeu em 1960-61 e 1961-62. A dupla Pelé-Coutinho meteu em silêncio os adeptos benfiquistas. Um espectáculo que deixou de boca aberta o público português. Jogo aéreo, fintas estonteantes, um futebol de sonho... <br /> <br /> Em 1966, com 25 anos, saiu lesionado num Portugal-Brasil, após uma entrada maldosa de Morais, o defesa português. Entrada tão maldosa como a de Payet sobre Ronaldo, em 10 de Julho de 2016, na final do Campeonato da Europa. Voltou a ser campeão mundial em 1962 (Chile) e 1970 (México), neste último ano formando uma dupla mortífera com Tostão, <br /> <br />As condições do jogo são hoje diferentes, mas o artista perfeito é Pelé. <br /> <br />Um filme razoável, apesar de tudo, aproveitando o balanço dos Jogos Olímpicos no Brasil este ano.