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O Corvo Branco

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Drama, Biografia 127 min 2018 M/12 20/06/2019 FRA, GB

Título Original

The White Crow

Sinopse

<div>Rudolf Nureyev foi um dos mais importantes bailarinos do século XX, destacando-se por ter transformado o papel da figura masculina na dança, até então limitada ao suporte das bailarinas. Nascido na União Soviética, a 17 de Março de 1938, Nureyev viria a evadir-se para o Ocidente em 1961, onde veio a alcançar uma carreira fulgurante. Dançou em alguns dos mais importantes palcos do mundo, que dividiu com grandes bailarinas, como Margot Fonteyn, Eva Evdokimova ou Veronica Tennant. Já em 1983, foi convidado para director da prestigiada escola Ballet da Ópera de Paris. Faleceu a 6 de Janeiro de 1993, em França, vítima de Sida. Tinha 54 anos.</div> <div>Terceira longa-metragem realizada por Ralph Fiennes (depois de “Coriolano” e “The Invisible Woman”), um drama que segue um argumento de David Hare, e que tem por base a obra biográfica "Rudolf Nureyev: The Life", escrita por Julie Kavanagh. Com Oleg Ivenko e Fiennes nos papéis principais, o filme conta também com as actuações de Adèle Exarchopoulos, Raphaël Personnaz e Sergei Polunin. PÚBLICO</div>

Críticas Ípsilon

Nureyev e a guerra quente

Jorge Mourinha

O exílio de Rudolf Nureyev como um acto de egoísmo arrogante que é também o único meio possível de libertar a sua arte.

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Críticas dos leitores

O Inconformismo de um Génio

Mário Ferreira

"O Corvo Branco", o novo filme de Ralph Fiennes, é uma obra baseada na obra biográfica "Rudolf Nureyev: The Life", de Julie Kavanagh. Esta é uma película que, muito para além de contar a vida do génio que revolucionou o ballet no masculino, mergulha com enorme elegância e contenção no universo interior de Nureyev. Da subtileza pictórica de Fiennes ressalta o inconformismo interior deste que foi a maior figura masculina da dança do Século XX. Este era um filme que facilmente poderia cair no cliché da opressão soviética sobre os seus artistas. Mas, pelo contrário, a deserção para o ocidente, é desenhada na complexidade interior e inconformismo artístico de Nureyev, muito mais do que alicerçada em divergências ideológicas. É esse inconformismo, por vezes contido, mas outras vezes intempestivo que Olev Ivenko, bailarino que dá corpo a Nureyev, de forma magnifica projecta na tela. A contenção incongruente das emoções deste génio são esculpidas por Fiennes, neste que é um filme a não perder.
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Filme honesto, um trabalho muito bem feito

Nazaré

A tourné pelo ocidente da companhia de ballet do teatro Kirov (Leninegrado) era um acto de propaganda da pretensa superioridade cultural do estado soviético, mas comportava os seus riscos, nomeadamente a "contaminação" pelo contacto com as gentes subjugadas pelos regimes capitalistas. Pelo que este filme mostra, Nureev pediu asilo na França não pela "contaminação", mas porque era perseguido pelos aparatchiks que se ressentiam da real superioridade dele e perceberam o erro desse ponto de vista, com o reconhecimento individual que teve de imediato. Nureev fugiu de ser esmagado ainda na flor da idade. O preço a pagar foi o corte definitivo com o seu país, lá onde se encontrava tudo o que até aí continuava a ser o seu mundo. Sabe-se lá o quanto dele ficou na mala de viagem que voltou a Leninegrado. Daí o estado de choque no aeroporto Le Bourget. <br />Tudo isto está maravilhosamente retratado neste filme, tanto quanto a quase impossível tarefa de retratar Nureev, especialmente em palco. Oleg Nivenko, bailarino principal da companhia de bailado de Kazan, tem uma presença magnífica, sendo ainda mais espantoso o que conseguiu (no que obviamente é um trabalho de equipa) tendo entrado nesta aventura sem experiência de representação e mal sabendo inglês. A realização de Fiennes, estrategicamente apoiada no consultor Johan Kobborg para as filmagens em palco, oferece-nos um espectáculo diversificado que permite acompanhar tão bem o jovem protagonista, ainda em formação. Quando alguém diz que Nureev, por detrás da sua atitude arrogante, era um bebé abandonado, neste filme percebe-se. <br />Fiennes reserva para si o papel do mestre Pushkin, com uma pose talvez demasiado contida, até pela falta de conforto a falar Russo, que tem um efeito algo dissonante neste filme. (Para quem interessar-se pela pessoa, no vídeo GV8-0dwcn9Y do YouTube pode ver-se Barishnikov a falar sobre ele).
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Cisne Branco ou Negro, tanto faz

Luisa Coelho

Não sei de quem gostei mais, se do Cisne se do Ralph. <br />Se o jeté do Rudy é maravilhoso, o rond de jambe do professor é fenomenal. <br />Quando saí quis continuar o filme com isto https://youtu.be/m5CFJlzlGKM
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4 * - "Velha democracia"?...

Luis

...ou nova? As "mensagens" são tão claras, que até faz confusão como ainda haja quem persista em o ignorar. Excelente "revisão" num tema a não deixar esquecer, bem interpretado e realizado. Não perca!
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