Ayka

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Drama 100 min 2018 M/16 04/04/2019 POL, RUS, Cazaquistão, FRA, ALE

Título Original

Ayka

Sinopse

<div>Ayka (Samal Yeslyamova) é uma jovem que tenta sobreviver a todo o custo em Moscovo, onde vive ilegalmente há já algum tempo. Depois de dar à luz num hospital local, resolve fugir e abandonar o bebé, antes que alguém descubra a situação miserável em que vive e a leve de volta para o Quirguistão, o seu país-natal. Com a saúde debilitada e sem lugar para morar, vai ter de enfrentar a solidão, a fome, o frio extremo e a perseguição da máfia, a quem deve dinheiro. Até que, para saldar as dívidas, os mafiosos exigem que Ayka volte ao hospital, recupere o filho e o entregue.</div> <div>Em competição pela Palma de Ouro na edição de 2018 do Festival de Cinema de Cannes, onde Yeslyamova recebeu o prémio de Melhor Actriz, um filme dramático sobre a pobreza e falta de compaixão realizado pelo russo Sergei Dvortsevoy ("Tulpan"). PÚBLICO</div> <div> </div>

Críticas Ípsilon

Cadernos do subterrâneo moscovita

Luís Miguel Oliveira

O rosto e o corpo de uma personagem (e de uma actriz, Samal Yeslyamova, premiada em Cannes), numa voracidade quase animal. E ao mesmo tempo, humaníssima.

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Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

<p>A estreia em circuito comercial de cinematografia do Cazaquistão é um facto louvável de assinalar e, por certo, o seu realizador, Sergey Dvortsevoy, consegui tal feito muito graças ao prémio de melhor actriz atribuido no festival de Cannes a Samal Yeslyamova (que encarna a sofrida Ayka, personagem que dá nome ao seu filme). <br /> <br />"Ayka" é um drama social de realismo brutal e intenso, em registo semi-documental, filmado com uma câmara de mão, em constante movimento sofrego, que jamais deixa de estar obsessivamente colada à sua protagonista (com constantes grandes planos do seu rosto, para que não percamos qualquer réstia da sua crua expressividade). </p><p><br /> Dotada de uma narrativa austera (que nos expõe perante o percurso orgânico/visceral - uma autêntica via sacra - de uma debilitada jovem imigrante ilegal cazaque, nos cinco dias subsequentes a ter abandonado o seu bebé recém nascido na maternidade, pelos labirintos esconsos de uma selvática Moscovo fustigada por um inverno implacável), esta obra acaba por revelar-se sobretudo como um estudo de personagem (da amoral Ayka), relegando para segundo plano uma perspectiva eminentemente humanista ou de denúncia social. <br /> Apesar de optar por uma abordagem desta natureza, é inegavel a sua mensagem politica, mesmo que indirecta, por via da(s) realidade(s) subumana(s) que ilustra. Todavia, talvez pudesse ter sido mais incisivo, na medida em que o foco quase exclusivo na "road-trip da desgraçada" a partir de determinado momento, consequência da repetição, torna-se algo monótono (o que é pena, face a tal diamante em bruto, que devidamente delapidado poderia obter uma luminosidade mais intensa). </p>
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Há dores chamadas Ayka

Luisa Coelho

As dores da Ayka não são só dores, elas doem mesmo, têm som, têm cheiro, têm suor e têm lágrimas. Aquelas dores são tão doridas que acabam por passar para nós e quase precisamos de um Brufen 600 para acalmar a dor da infeção. <br /> <br />Um filme de solidão e miséria que retrata o mundo cruel que está à nossa volta, com telemóveis a tocar constantemente, tipo cordões umbilicais a ligar desconhecidos. <br /> <br />Forte como um shot de vodka.
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