Primeira longa-metragem realizada pelo argumentista Christopher Hampton ("Ligações Perigosas", "Mary Reilly"), “Carrington” conta a história da pintora Dora Carrington (Emma Thompson), dos seus medos em relação à sua própria sexualidade e da sua relação com o excêntrico escritor homossexual Lytton Strachey (Jonathan Pryce). Entre a I Guerra Mundial e o início da década de 30, Dora e Lytton romperam com os convencionalismos e tabus da sociedade vitoriana para viverem uma existência, segundo os próprios, o mais livre e honesta possível. Mudaram-se para uma grande casa de campo onde viveram 17 anos, até à morte de Lytton. A moral e a estrutura da sua relação foram, porém, muito questionadas. Ambos tiveram diversos amantes e chegaram mesmo a partilhar alguns deles... Um filme tocante, que retrata um amor (a roçar o platonismo) para além de uma fronteira difícil de imaginar, e que valeu a Pryce o prémio de melhor actor no Festival de Cannes e a Hampton o prémio especial do júri (com a particularidade de ter sido decidido por unanimidade).

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