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A Dama de Ferro

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Biografia, Drama 105 min 2011 M/12 09/02/2012 GB

Título Original

Sinopse

Margaret Thatcher foi primeira e única mulher a assumir a chefia do Governo britânico, cargo que manteve entre 1979 e 1990. Hoje, octogenária, a "Dama de Ferro" luta contra a perda das suas faculdades que o envelhecimento lhe foi trazendo ao mesmo tempo que se debate entre memórias presentes e passadas. E, à medida que sente que tem de largar as recordações que a prendem ao passado e a Denis, o marido falecido há oito anos, vai fazendo uma retrospectiva do que foi a sua vida, entre triunfos e derrotas - políticas e pessoais. Assim, num redemoinho de recordações, Margaret faz uma longa viagem no tempo até compreender que, na verdade, existem momentos em que uma pessoa tem de perceber que a retirada é a melhor estratégia.<br />Um drama biográfico com realização de Phyllida Lloyd ("Mamma Mia!") e argumento de Abi Morgan. A actriz Meryl Streep dá corpo a Margaret Thatcher numa representação que, para além de vários outros prémios, lhe valeu a sua 17.ª indicação para um Óscar. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Críticas dos leitores

De ver

Raul

<p>De ver pela grandeza da personagem e acima de tudo pela mais extraordinária interpretação que vi da Meryl Streep, que nos chega a convencer que é a Thatcher velha na realidade.</p>
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Impressionante espectáculo, acima de tudo

Nazaré

<p>Pode interessar ver pelo magistral desempenho de Streep, ou então pela figura política (ainda viva, nos seus já difíceis 86 anos). Ou ambos, claro. Tanto um como o outro aspecto têm os seus quês: a actriz não é de todo parecida com a personagem histórica (já a que a representa em jovem é-o imenso), mas ver todo aquele talento de representação, muito mais que o penteado, dissolve o problema; e muitos factos da sua carreira política passam sem menção, mas o essencial está lá, as ideias dela e a sua tenacidade estão lá, e à excepção daqueles que a odeiam (será que sabem porquê?) este filme ajuda a conhecer o exemplo dela, a paixão pelos princípios e a sua coragem tão importante nos momentos de luta. Até os Trabalhistas, indirectamente pela figura de Tony Blair, e de maneira explícita pelo MP Ed Miliband em 2011, souberam aceitar o seu legado. Nesta fita são-nos dados preciosos excertos do que ela pensa, a cada um cabe reflectir sobre isso e que aproveite como achar melhor.<br /><br />Há quem tenha diagnosticado Alzheimer na personagem deste filme. Espero que nunca venham a ser meus médicos! O filme mostra uma mulher lúcida, que mantém a clareza de pensamento moral e político, e justeza na avaliação do que vai no mundo (veja-se a cena com o médico), e não é à toa que, face à inferior comparação dos que a sucederam sem lhe chegaram aos calcanhares, continue a ser reverenciada e honrada das mais diversas maneiras. Faz-se por exemplo menção ao retrato que foi inaugurado em 2009 em Downing Street, uma honra extremamente invulgar.<br />Esse confronto com os carreiristas da política é várias vezes representado, mas impressionou-me em especial a cena onde a costureira está a fazer uma emenda de última hora no vestido da primeira-ministra. O corrupio de pressões durante essa cena, para mim o momento supremo desta fita, mais parece um esvoaçar de abutres, a que Streep/Thatcher corresponde com uma impassibilidade genial. Foi isto o que a alcunha de Dama de Ferro, dada por um jornalista soviético logo ao início da sua carreira como líder dos tories, emblematicamente resumiu.<br /><br />Este filme acaba com uma cena lenta, pouco falada, sem aparente ligação com a narrativa. E, no entanto, o público fica hipnotizado. É espantoso. Mérito de Streep, sem dúvida, mas principalmente mérito dum filme brilhantemente concebido.</p>
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A Dama de Ferro

Lidia

Mais uma boa interpretação de Meryl Streep num filme mal conduzido.
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Delicioso, por vezes amargo

Sofia L

<p>Vital, fabuloso do princípio ao fim.<br />Não se espere uma lição de história. Apenas um retrato de lições de vida. Uma inspiração em Thatcher que quase podia ser em outra personalidade qualquer. Feita de uma forma divinal que não pretende elogiar nada a não ser o poder da acção, do pensamento e da nossa capacidade de reflectir sobre a nossa condição humana. Assim como da nossa simples fragilidade. E a Meryl fez-me rir e chorar. Óscar mais que merecido.<br />Adorei, e nem percebo a desilusão que leio nos outros comentários.</p>
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Filme mal feito; uma grande desilusão, um flop

Ivo Miguel Barroso

<p>Filme "A dama de ferro"<br />Filme que é uma grande desilusão.<br /><br />Supostamente, é uma biografia de Tatchter.<br />Só que a contradição começa logo no título do filme: "A dama de ferro" não corresponde, de modo algum, ao desempenho protagonizado por Meryl Streep, que demonstra sentimentos de pertença à família e aos valores tradicionais, bem como às suas origens humildes.<br />O título, é, pois, enganador.<br /><br />O início é penoso e banal, com uma narrativa em constantes idas e vindas do final da vida de Thatcher.<br />Por aí, o filme perde, pelo menos, mais de meia hora, com coisas completamente triviais e dispensáveis, sobretudo na economia cinematográficas. <br />O filme perde imenso tempo, com a doença mental de Tatcher e com as aparições que ela vê do marido. Aí, são consumidos 20 minutos, perfeitamente inúteis. <br /><br />É um filme com um argumento sofrível (9 valores) e um guião ainda pior (8 valores).<br />É um filme sem qualquer intensidade.<br />Começa com Thatcher retirada da vida pública, no declínio; saltita para os inícios da sua carreira política. O filme começa a ficar mais glamoroso, a partir do momento em que ela foi Ministra da Educação (isto passada quase uma hora de filme).<br /><br />O filme é um constante vaivém de sequências temporais, de Tatcher no declínio, de Tatcher na juventude (com uma actriz diferente); de Tatcher na vida governativa.<br />O filme chega a confundir estes três momentos temporais e a saltitar por eles, como se nada fosse. <br /><br />É um filme sobre uma política, mas quase apolítico.<br />Desde logo, é bastante nebuloso em relação à história de Thatcher, durante os anos em que foi Primeira-Ministra. Uma pessoa que não conheça a história recente do Reino Unido fica sem saber muito mais do que os inúmeros factos, atirados em catadupa para o espectador. <br />Não se percebe como é que ela ascende a Primeira-Ministra; como é que procedia politicamente; os contornos do seu afastamento forçado do cargo de Primeiro-Ministro. Nada se fica a saber de concreto.<br />O filme resume-se a uma oratória de frases balofas, gerais e pouco esclarecedoras.<br /><br />A pessoa fica sem qualquer ideia sobre como é que esta mulher ascendeu à chefia do Governo, sobre os bastidores da política, sobre como a política britânica funciona. E Tatcher foi uma política exímia. <br />O filme é, pois, uma má homenagem a Margaret Thatcher. Não demonstra a sua energia, o seu trabalho como Primeira-Ministra. O filme dá a sensação, completamente errada, de que um Primeiro-Ministro quase não tem muito trabalho; o que é absolutamente falso. Ser Primeiro-Ministro, sobretudo de um país como o Reino Unido, é um cargo desgastante.</p><p><br />Por outro lado, há uma grande lacuna do filme: fica sem sem se perceber quais, afinal, as ideias políticas de Tatcher. Nem sequer se fala em neoliberalismo, no regresso ao liberalismo, que Tatcher tentou implementar. <br />O filme é, nesse plano, paupérrimo. Parece resumir-se a uma mera oratória de declarações políticas. <br />Só se ouve algumas coisas sobre sindicatos, sobre o trabalho e sobre a determinação de Tatcher, revelada pela oratória, mas com muito pouco sumo. <br />O filme perde-se em frases soltas, desenquadradas do contexto; em pequenos pormenores da vida de Tatcher, sem qualquer interesse relevante e que não são aproveitados mais adiante, ao longo do filme. Ou seja, o filme está mal feito.<br /><br />Não há cenas memoráveis neste filme.<br />Talvez a melhor sequência seja a da intervenção militar nas ilhas Malvinas.<br /><br />É um filme muito descolorido, sem ideias, com muito pouco sumo.<br />Nem sequer é um bom documentário histórico. As personagens que rodeavam Tatcher estão extremamente mal caracterizadas. <br /><br />Quanto ao desempenho, é de salientar a excelente actuação de Meryl Streep.<br />Só que, em minha opinião, se foi completamente fiel a Tatcher no estilo, não o foi no seu conteúdo e na sua forma gélida, firme, política de agir. Mas, aí, o defeito estará, mais, porventura no argumento, no guião e na realização.<br /><br />Poderia ter sido um grande filme. <br />Dá a ideia de que foi encontrada uma pérola, mas que ela foi atirada fora e feito um filme sem qualidade, que rapidamente ficará esquecido.<br /><br />Ivo Miguel Barroso</p>
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Lindo

José Manuel

<p>O moral desta história é "Pior que a velhice é a doença!"<br />Simplesmente fabuloso, lindo!</p>
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Revisionismo...

Sioul Gusman

<p>Nesta Tatcher de Merryl Streep falta a arrogância e o permanente sorriso cínico da Tatcher original - quem vê o filme e depois vai recordar os momentos, debates etc., nota essa falha enorme na personagem. O Sorrisinho cínico era a imagem de marca de Margaret Tatcher. O filme é um exercício revisionista da história, da pessoa que governou a Grã-bretanha durante mais de una década como uma verdadeira tirana e não como a versão hard da Madre Teresa de Calcutá. A verdadeira Tatcher era embirrante, quadrada, cínica e arrogante.</p>
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Talento e habilidade

Victor Sousa

Uma actriz fabulosa serve um filme dirigido com habilidade, mas longe de uma abordagem destemida da personagem. O recurso ao quotidiano de uma senhora demente para intercalar flashbacks é, mais do que um achado, um expediente cansativo e redundante. Já agora, pretendendo ser um filme de uma mulher num mundo de homens, porquê a estranha e completa omissão da relação de MT com uma outra mulher (a rainha)?
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Simplesmente, Thatcher!

MIGUEL COSTA

<p>E a Meryl Streep vendeu a "alma ao diabo", ou seja, à Margaret Thatcher (o que é quase a mesma coisa), e encarnou-a na perfeição (ainda por cima, em diferentes fases da sua vida), pelo que merece todos os prémios, e mais alguns, para os quais venha a ser nomeada (e até sou insuspeito nesta apreciação, na medida em que - não sei bem porquê - sempre nutri um "odiozinho de estimação" pela Sr.ª - embora tenha a noção de que é, quase sempre, mais que competente a dar "corpo" a todos os personagens que "agarra", nos mais diversificados registos cinematográficos). No entanto, como refere o critico, Jorge Mourinha, "uma andorinha não faz a Primavera e uma interpretação de excelência não garante por si só um grande filme". De facto, ela "carrega ao colo" todo o filme (este foi feito à sua medida, para que brilha-se em todo o seu esplendor), e sem ela este, possivelmente, passaria completamente despercebido do grande púbico (não esquecer que estamos em presença da realizadora do inenarrável "Mamma Mia" - ok, eu sei ... é puro preconceito!).<br /><br />Um dos grandes handicaps da película prende-se com o facto desta deixar para 2º (ou 3º) plano tanto a parte histórica da Grã-Bretanha, quanto a política, "saltitando" de tema em tema (a luta dos sindicatos, sobretudo os mineiros; o conflito com a Irlanda; a Guerra das Maldivas; a sua influência na politica externa, ficando intimamente ligada à queda do "muro de Berlim"), e de amada a odiada pelo povo, de forma "leviana", sem o mínimo enquadramento para aqueles que não têm conhecimentos da história recente do "império britânico". Isto para dar destaque à sua fase de "dama de ferro ferrugento" (em que se encontra "só com o seu falecimento marido" - o que dá azo a cenas patéticas entre ambos).<br />Como alguém disse: "este é o Discurso do Rei dos Óscares de 2012"</p>
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filme verdadeiramente histórico

Marieta Flores

Uma grande interpretação da atriz principal... e história.
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