Despojos de Inverno

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Drama 99 min 2010 M/12 17/02/2011 EUA

Título Original

Sinopse

A viver nas montanhas Ozark, no estado norte-americano do Missouri, com um pai traficante de drogas e uma mãe incapacitada devido a uma depressão profunda, Ree Dolly (Jennifer Lawrence), de 17 anos, é a alma da família e o único apoio de Sonny (Isaiah Stone) e Ashlee (Ashlee Thompson), os seus irmãos mais novos. O seu pai, depois de dar a casa como fiança num negócio obscuro, desapareceu sem deixar rasto e é procurado pela polícia. Agora, para não perder a casa onde vive, Ree terá de encontrar o pai, nem que para isso tenha de percorrer todos os recantos das montanhas. Nessa busca incessante pelos lugares prováveis e improváveis, todos a tentam dissuadir, mas a rapariga tem um único objectivo em mente: proteger a sua família, custe o que custar. Adaptação do romance homónimo do escritor americano Daniel Woodrell, o filme tem a realização de Debra Granik ("Down to the Bone"). PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Críticas dos leitores

Winter`s bone

Fernando Oliveira

Lembra a weird América que normalmente nos é mostrada em filmes de terror sobre comunidades isoladas que desenvolvem regras sociais desfasadas das que aceitamos como normais; mas é, tal e qual os cenários invernosos onde decorre a acção, um frio e cinzento retrato sobre a arquitectura sociológica de uma comunidade definida pela extrema pobreza material e moral (?). <br />Ree Dolly é uma jovem de dezassete anos que vive nas zonas mais remotas do Missouri, toma conta de dois irmãos ainda crianças e de uma mãe com graves problemas mentais, o pai desapareceu. Arrastam-se pela vida, procurando apenas sobreviver (cruel a visita de Ree ao liceu (?) onde assiste as duas actividades: jovens a aprenderem a ser pais, ou em “alternativa” as regras do exército). Um dia é notificada que o pai deu a quinta e a casa como fiança à Justiça, se não comparecer no Tribunal perderão tudo. Decide então procurá-lo. <br />A realizadora, Debra Granik, segue esta demanda quase como que documentando a realidade daquela gente: uma comunidade fora da legalidade, onde uma das actividades principais é o fabrico de drogas; cruel e fora do tempo; machista e onde ao mesmo tempo as mulheres são o pilar da união familiar; e onde os segredos, lealdades retorcidas e o medo dominam as relações entre os habitantes. E segue Ree sem mostrar grande simpatia pela personagem; encontra-a num momento importante da sua vida, segue-a, e abandona-a quando a situação é resolvida, mas tudo fica na mesma. Não há qualquer tipo de redenção para Ree que, aliás, convive perfeitamente bem com as regras sociais daquela gente. Granik parece concentrar-se essencialmente numa espécie de representação gráfica da pobreza daquela gente, afastando muitas vezes a câmara das personagens para se concentrar na degradação das quintas, no lixo espalhado, no ferro-velho por todo o lado, nos animais esqueléticos; que conjuga de forma perfeita com a natureza inóspita dos lugares: as árvores despidas, o chão coberto de folhas mortas… <br />Mas ao não dramatizar demasiado os personagens; e seja pelo magnífico argumento, ou pela excelência dos actores (a magnífica Jennifer Lawrence, mas também John Hawkes e Dale Dickey); este distanciamento consciente acaba por transmitir uma ideia de um realismo agreste, onde o dramatismo da história é esbatido no dramatismo dos ambientes. E isso faz de “Winter`s bone” um filme extremamente tocante. <br />Alguém escreveu (mais ou menos) que esta tenuidade faz comparar o filme a uma serpente à espera. Tal e qual. <br />Um filme muito bom. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Num planeta distante

Nazaré

Este filme tem uma história muito simples, mas como somos mantidos como outsiders, está cheia de mistério. Dependendo dos casos, isso aumenta-nos o suspense, ou então a impaciência. Concebido com meios muito simples, apostando nos actores e na autenticidade das personagens, leva-nos por um mundo estranhíssimo onde ser o xerife não difere em nada do que acontecia no faroeste sem (ou com pouca) lei. Interessante exercício, experiência invulgar.
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