Um Homem Singular

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Drama 101 min 2009 M/16 18/02/2010 EUA

Título Original

A Single Man

Sinopse

Los Angeles, 30 de Novembro de 1962. Depois da trágica morte de Jim (Matthew Goode), seu companheiro dos últimos 16 anos, nada parece fazer sentido para o professor George Falconer (Colin Firth). Tudo lhe relembra a felicidade perdida e nem a sua velha amiga Charley (Juliane Moore) o consegue tirar do torpor em que vive nos últimos meses. Mas um encontro com Kenny (Nicholas Hoult), um jovem aluno das suas aulas de inglês que parece seguir os seus passos durante todo um dia, vai dar a George uma nova perspectiva e fazer renascer a vontade de começar tudo de novo...<br/> Baseado no livro "A Single Man" de Christopher Isherwood, marca a estreia na realização do estilista americano Tom Ford. <br/> Foi o filme de encerramento do 66º Festival de Veneza, com Colin Firth a ganhar o prémio de melhor actor (nomeado para o Óscar de melhor actor). <p/>PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Um homem, só

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Um Homem Singular

César Valença

Magnífico filme sobre a solidão e o luto. Excepcional interpretação de Colin Firth. Tom Ford fez uma belíssima realização.
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Olhar

Nazaré

Quase obsessivamente, Tom Ford filma rostos, e pormenores de rostos, numa proximidade que invade o íntimo (físico) das personagens. Parece-nos que a câmara quase lhes toca, que se senta ao colo delas. E nessa asfixiante proximidade, ser actor talvez se torne ainda mais exigente. O protagonista (Colin Firth) é extraordinário, em todos os ângulos, em todas as posturas, em todos os momentos. O filme é todo ele, para ele, e vem-nos dele. Estar à altura do desafio deve ter sido uma grande realização para este actor. Monumental! A acção não chega a durar 24 horas, embora beneficie de alongados flashbacks. Filma um dia muito especial dum homem só (single quer dizer isso), esvaziado pelo fim trágico duma relação de 16 anos. Sabemos desde logo o que está para acontecer, e como a suposta cena final está a ser preparada. Mas o final transcende, desalinhada, em significado e impacto, tudo o que se podia prever. Um filme sobre a vida, um exercício cinematográfico cativante, um actor formidável.
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Belo, Emotivo e Singular

Henrique Monteiro

Este filme mostra as emoções por detrás do verdadeiro amor, independentemente do tipo de relação e da orientação sexual dos protagonistas dessa mesma relação. A figura de George Falconer depois da morte do seu companheiro revela o verdadeiro amor que este de facto tinha por Jim. Existem cenas que vale a pena explorar neste filme, nomeadamente o serão entre George e Charley, a aula de George com os seus alunos sobre o medo, George e Jim a lerem livros juntos no sofá, no fundo, este filme leva as pessoas a explorarem as suas emoções e que não se consegue ser feliz sem elas, e também é necessário ter connosco pessoas muito queridas e que nos saibam elevar emocionalmente, quando nos deparamos com a mesma dor e agonia que George sente com a morte do companheiro. A mim também me interessou o facto de esta história se passar nos anos 60, nomeadamente no período em que Kennedy lida com a situação dos mísseis de Cuba, como nesses tempos se lidava com o medo, as emoções e com a homossexualidade nesse tempo, que apesar de ter sido um tempo mais conservador, as pessoas conseguiam ser mais tolerantes a lidar com isso do que agora. As interpretações de Colin Firth, Julianne Moore e Nicholas Hoult são excelentes, a música da banda sonora é perfeita, pois chega aos corações das pessoas e o final é o mais correcto, levando as pessoas a aprenderem que se não aproveitam a vida que têm, enquanto a têm, o destino decide-la por nós e, por vezes, pode não a decidir como todos nós queremos.
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Um homem plural num filme singular

Raúl Reis

“A Single Man” (recuso-me a usar a enganadora tradução) é um dos filmes mais bonitos dos últimos tempos. As imagens que se sucedem são de uma beleza indiscutível, e o prazer de as observar é excepcional. A conclusão fácil é que tudo se deve ao toque do realizador, Tom Ford. Ford é um conhecido estilista, que tem a sua própria marca, e que fez carreira ao serviço de casas como Yves Saint-Laurent ou Gucci. Não acredito que o currículo de Tom Ford chegue para fazer dele um cineasta capaz de um filme como este. Ford tem talento e soube criar um filme que é, ao mesmo tempo, lindo e perturbador. A adaptação do romance de Christopher Isherwood é fiel, mas o realizador não resistiu a transformar o que poderia vir a ser feio para que no ecrã o resultado fosse uma estética perfeita. A primeira vítima de reescritura da história original é Charley, a personagem que interpreta Julianne Moore. Charley passou de gorda a magra e elegante. Mas Charley não é a protagonista. “A Single Man” segue um dia na vida de George (Colin Firth). A acção situa-se na Califórnia dos anos 60, e George está de luto na sequência da morte do “amor da sua vida”: é assim que ele define Jim (Matthew Goode). Uma série de “flashbacks” permitem descobrir o passado de George e, sobretudo, a relação com Jim. Tom Ford prefere apresentar os acontecimentos passados em sentido inverso, começando pela morte (num momento fotográfico inesquecível) e acabando pelo dia em que os dois amantes se encontraram. O dia de George começa mal. O professor universitário que ele é só se “revela” depois de George se vestir e “acordar” para o mundo. E aí, é um George Falconer impecável que se dirige para a faculdade ensinar literatura a uma plateia de jovens aparentemente desinteressados. Um dos alunos de George mostra mais curiosidade pelo professor e acaba por se aproximar dele. Contudo, a única amizade que George alimenta é com Charley, uma velha amiga dos tempos em que ambos viviam em Londres. Charley tem uma paixão antiga pelo protagonista, enquanto este, indiferente, se bate para tentar esquecer o falecido amor. O facto de George ser homossexual parece indiferente no argumento. “A Single Man” é o relato do sofrimento de um homem que perde um ente querido. Aquele com quem ele pretende passar o resto dos seus dias. Apesar de o realizador ser, ele próprio, homossexual, o filme não insiste neste aspecto, deixando a história de amor e luto assumir a primazia. O relato guarda uma surpresa para o final. E sem estragar o prazer dos futuros espectadores de “A Single Man” pode-se dizer que o que o filme faz melhor é criar uma personagem misteriosa e depressiva. Os espectadores sabem que George prepara a sua morte, mas o semblante fechado de Colin Firth nunca deixa transparecer se o homem está mesmo determinado a suicidar-se. Até porque é difícil acreditar que um esteta como George possa encontrar beleza na morte. A beleza de “A Single Man” é indiscutível. Assim como a interpretação de Colin Firth – em grande plano metade do tempo – é daquelas que nunca se esquecem. O dia de sorte do actor britânico foi quando o convidaram para interpretar George. E foi também uma verdadeira benesse para quem gosta de ver bom cinema.
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Banalidade estilizada e a visita de uma grande actriz

Joauim Mota

Interpretação que revela até onde pode ir um actor medíocre, devidamente disfarçado por um exercício de estilo subtil (apesar de vários planos falhados). Uma actriz enorme é o melhor do filme que revela o que ele não tem!
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