A Vida Interior de Martin Frost

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Comédia Dramática 94 min 2007 M/12 11/10/2007 FRA, POR, EUA, ESP

Título Original

The Inner Life of Martin Frost

Sinopse

Um escritor de sucesso acabou de publicar o seu último romance e decide ir descansar sozinho para uma casa de campo. Na manhã do seu primeiro dia na casa, descobre uma misteriosa e surpreendente mulher deitada a seu lado. Fascinado pela sua beleza e inteligência, Martin apaixona-se profundamente por ela. Encontrou a musa que o leva sem remissão a escrever o seu livro mais perfeito. Mas quem é essa estranha mulher que tão bem conhece a sua vida e o seu trabalho? Será uma musa verdadeira? Ou imaginária? Ou um fantasma que invadiu a vida interior de Martin Frost? "A Vida Interior de Martin Frost" é o último filme do aclamado escritor Paul Auster e foi filmado em Portugal. <p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

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Críticas dos leitores

A vida interior de um filme inútil

Christian Piga

“A Vida Interior de Martim Frost” é um filme onde o autor tentou misturar poesia e filosofia no único espaço de uma casa do campo. O resultado final não traduz nenhuma emoção: um filme lento cheio de contradições, com actores que entram e saem da cena sem coerência. <BR/> Aconselho os espectadores a investir os 4,5 euro do filme numa bela caipirinha, o resultado vai sem dúvida deixar uma marca maior na vossa vida...<BR/>
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The Inner Life of Paul Auster

Maria do Rosário Fardilha

A água em ebulição. pode ser o ponto de partida para um romance ou para uma teoria filosófica. Se eu observar a água fervente ou se estiver ausente e forem vocês os observadores, ela assume um significado diferente. Água em ebulição: queima, aquece, escalda, evapora-se, liberta, purifica, embacia. Ser é ser percebido (G. Berkeley). Como é que o filme foi percebido?<BR/><BR/>Ver The Inner Life of Martin Frost poucos dias depois de La Piscine (François Ozon), deixou-me presa às similitudes entre os dois filmes. Enfim, até ao início da segunda parte da história - e existe claramente essa segunda parte, porque o escritor estabeleceu que era assim, o realizador notificou o narrador para dar essa informação ao público, e eu deixei de ser perseguida pela minha anterior re-visão do filme. (é claro que sabem que só eu é que não sou o Paul Auster)<BR/><BR/>Antes dessa segunda parte percebi que em ambos os filmes existe um escritor que necessita afastar-se do mundo. O mundo é a cidade, o palco e a repetitividade. O contraponto ao mundo é a casa no campo, que foi cedida, porque o escritor nada possui, a não ser um saco de bagagem leve, resmas de folhas de papel e uma ideia para uma história que é atropelada pela chegada de um visitante inesperado.<BR/><BR/>O ritual do escritor quando arranca para a escrita da primeira página. Sarah Morton/Charlotte Rampling e Martin Frost/David Thewlis têm os mesmos tiques.<BR/>A exigência de silêncio. A fúria ____que sabemos vai amansar, face ao invasor. O invasor, de identidade ambígua, que incendeia o escritor, ao mesmo tempo que se consome na própria chama. O jogo entre o que é «real» e o que é ficção dentro da ficção. Julie, o oposto de Sarah Morton. Claire Martin, a musa de Martin Frost. Vapores fumegantes no inner world dos escritores.<BR/><BR/>Mas o vapor que sai da chaleira assume sempre contornos únicos, perde-se em direcções imprevisíveis. Cada história tem, de facto, a sua forma. Paul Auster quis um final feliz e teve esse direito. Pois se ele É todo o filme. François Ozon decidiu acordar a personagem antes do fim. Reservas de liberdade que acabaram por gerar dois filmes muito distintos.<BR/><BR/>Paul Auster, o anfitrião que viaja por Calcutá, o escritor, o pai da musa Sophie Auster/Anna James, a voz, inner out do romance e filme, filmou em Portugal (Azenhas do Mar, Sintra) a Califórnia. É absolutamente convincente. Lia a musa Irène Jacob/Claire Martin o Ensaio para uma nova teoria da visão de George Berkeley: «o que existe realmente nada mais é que um feixe de sensações e é por isso que ser é ser percebido». <BR/><BR/>Maria do Rosário Fardilha<BR/>www.divasecontrabaixos.blogspot.com
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The Inner Life of Paul Auster

Maria do Rosário Fardilha

A água em ebulição. pode ser o ponto de partida para um romance ou para uma teoria filosófica. Se eu observar a água fervente ou se estiver ausente e forem vocês os observadores, ela assume um significado diferente. Água em ebulição: queima, aquece, escalda, evapora-se, liberta, purifica, embacia. Ser é ser percebido (G. Berkeley). Como é que o filme foi percebido?<BR/><BR/>Ver The Inner Life of Martin Frost poucos dias depois de La Piscine (François Ozon), deixou-me presa às similitudes entre os dois filmes. Enfim, até ao início da segunda parte da história - e existe claramente essa segunda parte, porque o escritor estabeleceu que era assim, o realizador notificou o narrador para dar essa informação ao público, e eu deixei de ser perseguida pela minha anterior re-visão do filme. (é claro que sabem que só eu é que não sou o Paul Auster)<BR/><BR/>Antes dessa segunda parte percebi que em ambos os filmes existe um escritor que necessita afastar-se do mundo. O mundo é a cidade, o palco e a repetitividade. O contraponto ao mundo é a casa no campo, que foi cedida, porque o escritor nada possui, a não ser um saco de bagagem leve, resmas de folhas de papel e uma ideia para uma história que é atropelada pela chegada de um visitante inesperado.<BR/><BR/>O ritual do escritor quando arranca para a escrita da primeira página. Sarah Morton/Charlotte Rampling e Martin Frost/David Thewlis têm os mesmos tiques.<BR/>A exigência de silêncio. A fúria ____que sabemos vai amansar, face ao invasor. O invasor, de identidade ambígua, que incendeia o escritor, ao mesmo tempo que se consome na própria chama. O jogo entre o que é «real» e o que é ficção dentro da ficção. Julie, o oposto de Sarah Morton. Claire Martin, a musa de Martin Frost. Vapores fumegantes no inner world dos escritores.<BR/><BR/>Mas o vapor que sai da chaleira assume sempre contornos únicos, perde-se em direcções imprevisíveis. Cada história tem, de facto, a sua forma. Paul Auster quis um final feliz e teve esse direito. Pois se ele É todo o filme. François Ozon decidiu acordar a personagem antes do fim. Reservas de liberdade que acabaram por gerar dois filmes muito distintos.<BR/><BR/>Paul Auster, o anfitrião que viaja por Calcutá, o escritor, o pai da musa Sophie Auster/Anna James, a voz, inner out do romance e filme, filmou em Portugal (Azenhas do Mar, Sintra) a Califórnia. É absolutamente convincente. Lia a musa Irène Jacob/Claire Martin o Ensaio para uma nova teoria da visão de George Berkeley: «o que existe realmente nada mais é que um feixe de sensações e é por isso que ser é ser percebido». <BR/><BR/>Maria do Rosário Fardilha<BR/>www.divasecontrabaixos.blogspot.com
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