Uma Família à Beira de Um Ataque de Nervos

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Comédia 101 min 2006 M/12 12/10/2006 EUA

Título Original

Sinopse

Nenhum dos Hoover é normal, mas não é por não se esforçarem. O pai Richard é um orador, que dá palestras sobre motivação e é profundamente optimista. Tem um programa de "9 passos para o sucesso", mas ele próprio não parece conseguir cumpri-lo. A mãe, Sheryl, é constantemente perseguida pelos segredos excêntricos da sua família - em especial os do seu irmão, um professor homossexual suicida que acabou de sair do hospital. Os jovens Hoover alimentam também os seus estranhos sonhos: Olive, com sete anos, sonha ser rainha de beleza, e Dwayne fez um voto de silêncio, que tenciona cumprir até entrar na Academia da Força Aérea. Quanto ao avô, é um hedonista que foi expulso do lar onde vivia por consumir drogas. Os Hoover podem não ser uma família normal, mas acabam por se unir numa viagem estrada fora para levar Olive à Califórnia, para participar no concurso "Little Miss Sunshine". PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Mário Jorge Torres

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A caravana

Luís Miguel Oliveira

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Nova geração

Jorge Mourinha

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A vitória dos vencidos

Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Uma comédia que não é patética

António Azevedo

Uma excelente comédia sem ser uma comédia tonta. Vale a pena ver!
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Uma Familia à Beira de Um Ataque de Nervos

Teresa Fernandes

Simplesmente um espanto.
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Uma questão de nervos?

www.spaces.msn.com/klipomaniaco

"Uma Familia à Beira de Um Ataque de Nervos" melhor dizendo, "Little Miss Sunshine" (o raio do título está mal traduzido... típico..) foi o filme que vi e digo: é um raro exemplo de uma comédia dramática com tudo no sitio - rir e emocionar no "timing" perfeito. Comecemos então. O que se pode dizer? Basicamente, o filme remete-nos para um cliché cinemático de um certo concurso, onde têm um certo tempo pa chegar lá, com um certo veículo onde um grupo de certas pessoas vão. Ora, o que muda e torna este filme diferente é certamente esse "grupo de pessoas"... Com um elenco especializado em comédia e em sarcasmo - e exemplos disso são Steve Carell, Greg Kinnear, e a versátil Tony Collette -, não poderiamos ter melhor filme dentro do género senão este. Claro que o elenco nao se baseia só nestes três actores; para além deles temos o ascendente e impressionante Paul Dano, o experiente Alan Arkin e a "fofissíssima" Abigail Breslin que, para quem não sabe, era a menina muito bonitinha do filme "Sinais" ou "Signs".<BR/><BR/>Acabada a introdução, passemos para a opinião/crítica. Eu adorei o filme porque eu estava já à espera dele desde a sua primeira aparição no Sundance Festival em Janeiro, e quando o vi não me desiludi, muito pelo contrário, desde interpretações brilhantes dos grandes actores e da pequenina actriz até à banda sonora que automaticamente se colou ao meu ouvido, tudo isto deu-me um certo "apetite" de querer revê-lo...<BR/><BR/>Descrevendo o filme em três palavras: hilariante, emocionante e fantástico! Quem diria que uma simples viagem numa VW seria uma experiência única? Quem diria que existissem familias tão disfuncionais? Quem diria que um simples concurso de beleza para menininhas desencadeasse uma turbilhão de sentimentos, risadas e amarguras? Bem, são perguntas para as quais a resposta é uma e única:^têm de ver este filme. Aconselhado / recomendado / ordenado /e implorado pela minha pessoa... e assim acabo.
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Fantástico

Luís

Filme simplesmente fantástico. Com um muito bom argumento e um excelente leque de actores, sem grande orçamento e uma BSO primorosa...
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Aceitável

Filipe Saraiva

Uma comédia aceitável mas que não merece a aclamação que tem tido. Parece que a vontade de rir da classe média americana é tão grande que nem se repara nas fragilidades das interpretações e do argumento. Quando se escreve que esta é a melhor comédia do ano é sinal que mais vale desistir de ir ao cinema: fica-se em casa a ver os filmes de Lubitsh e Wilder. Nota: 5/10.
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Aceitável

Filipe Saraiva

Uma comédia aceitável mas que não merece a aclamação que tem tido. Parece que a vontade de rir da classe média americana é tão grande que nem se repara nas fragilidades das interpretações e do argumento. Quando se escreve que esta é a melhor comédia do ano é sinal que mais vale desistir de ir ao cinema: fica-se em casa a ver os filmes de Lubitsh e Wilder. Nota: 5/10.
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Indie family movie

Carlos Natálio - www.c7nema.net

"Little Miss Sunshine", etiquetado como recente sensação do cinema independente americano, confirma cabalmente o várias vezes já referido e laborioso processo de expansão do universo "indie" a públicos mais generalistas. É com empolgamento ou receio de traição, consoante as perspectivas, que se vai assistindo a um movimento de "canibalismo" de temas, expressões, olhares doentios, outrora reservado a públicos construídos pela dignidade de estar à margem. Ou por outra, uma super-estrutura que vai lentamente digerindo e assimilando um nicho de irreverência, canalizando-o para um grande público, cada vez mais farto de estrelas e chavões. Momento sintomático dessa apropriação comprovou-se este ano, com a vitória na cerimónia dos Óscares, contra todas as expectativas, de "Crash", de Paul Haggis, na categoria de melhor filme. Mas pensar que essa fusão parte exclusivamente da iniciativa do mais forte é ser ingénuo e só ver parte da questão. Ao invés, a própria estrutura "indie" vai sendo dotada de outras preocupações que condicionam muitas das escolhas que enformam filmes como os recentes "Thumbsucker" de Mike Mills ou mesmo "The Squid and the Whale" de Noah Baumbach, este com um salto de Sundance para os Óscares.<BR/><BR/>Talvez por isso, "Little Miss Sunshine" nos surja rotulado como uma comédia "indie" em tons negros, estruturada em "road movie", sobre o tema "indie" mais "batido" - a família norte-americana disfuncional - e acabe por se revelar uma obra solar, expondo um didactismo optimista, traduzida numa apoteose final, para bem de todas as famílias. Ou por outras palavras, um "feel good movie", transmitindo ao espectador um pouco da irreverência "indie" num "pack" mais maneirinho, "light" diríamos.<BR/><BR/>Assim, fala-se de uma família americana de opostos (disfuncional ou tipo, escolha você mesmo), cada um incapaz de lidar com o hipotético fracasso: o pai (Greg Kinnear), expoente de determinação, vivendo segundo (e do) esquema dos "nove passos" para o sucesso; o tio (Steve Carell), professor homossexual que se tenta suicidar devido a um desgosto de amor; a mãe (Toni Collette) a tentar remendar os problemas familiares; o avô (Alan Arkin) desbocado e viciado em heroína; o filho (Paul Dano), adolescente admirador de Nietzsche que fez um voto de silêncio até ser admitido na escola de aviação; e finalmente a filha, Olive (Abigail Breslin), que aos sete anos só pensa em ganhar o concurso infantil Mrs. Little Miss Sunshine.<br/><br/>Se toda a família oscila entre a determinação cega e o nihilismo, cada um com os seus estratagemas de ilusão, Olive acaba por ser a interrogação para o futuro, em quem mais fortemente se poderá observar os resultados de uma terapia de grupo que toda a família enceta quando viaja numa velha carrinha Volkswagen, do Novo México à Califórnia, para levar a pequena ao referido concurso. Pelo caminho, alguns hilariantes problemas de locomoção e lições de vida do género: é ténue a linha entre o fracasso e o sucesso; a beleza é subjectiva, o importante é participar e não desistir, etc., etc..<BR/><BR/>Se é certo que as "armas" estão apontadas a uma mentalidade competitiva bacoca norte-americana, a facilidade das conclusões extraídas ("Life is one fuckin' beauty contest after another") arranca sorrisos, pelo menos ao olhar europeu. Sorrimos porque de lá se considera estar a fazer um filme ousado, criando antes, neste tipo de mutação "indie/family movie", um grupo de clichés de crítica ao estilo de vida americano efectuado pelos próprios. Longe estamos assim dos "processos mais destrutivos e impenetráveis" de instituições sagradas, das primeiras obras de um Terry Zwigoff ou de Todd Solondz.<BR/><BR/>Resta uma referência à inteligente utilização da música nos pontos altos da viagem em família, fazendo jus à carreira na realização de videoclips musicais da dupla de realizadores Jonathan Dayton e Valerie Faris. Outro ponto forte da obra, que conquistou o prémio do público no festival de San Sebastián, é certamente todo o trabalho de "casting". Destaque para o minimalismo assombroso de Steve Farrel, próximo de Bill Murray, e dos jorros de expressividade que brotam do trabalho prodigioso de composição da jovem Abigail Breslin. Nota: 7/10.
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Indie family movie

Carlos Natálio - www.c7nema.net

"Little Miss Sunshine", etiquetado como recente sensação do cinema independente americano, confirma cabalmente o várias vezes já referido e laborioso processo de expansão do universo "indie" a públicos mais generalistas. É com empolgamento ou receio de traição, consoante as perspectivas, que se vai assistindo a um movimento de "canibalismo" de temas, expressões, olhares doentios, outrora reservado a públicos construídos pela dignidade de estar à margem. Ou por outra, uma super-estrutura que vai lentamente digerindo e assimilando um nicho de irreverência, canalizando-o para um grande público, cada vez mais farto de estrelas e chavões. Momento sintomático dessa apropriação comprovou-se este ano, com a vitória na cerimónia dos Óscares, contra todas as expectativas, de "Crash", de Paul Haggis, na categoria de melhor filme. Mas pensar que essa fusão parte exclusivamente da iniciativa do mais forte é ser ingénuo e só ver parte da questão. Ao invés, a própria estrutura "indie" vai sendo dotada de outras preocupações que condicionam muitas das escolhas que enformam filmes como os recentes "Thumbsucker" de Mike Mills ou mesmo "The Squid and the Whale" de Noah Baumbach, este com um salto de Sundance para os Óscares.<BR/><BR/>Talvez por isso, "Little Miss Sunshine" nos surja rotulado como uma comédia "indie" em tons negros, estruturada em "road movie", sobre o tema "indie" mais "batido" - a família norte-americana disfuncional - e acabe por se revelar uma obra solar, expondo um didactismo optimista, traduzida numa apoteose final, para bem de todas as famílias. Ou por outras palavras, um "feel good movie", transmitindo ao espectador um pouco da irreverência "indie" num "pack" mais maneirinho, "light" diríamos.<BR/><BR/>Assim, fala-se de uma família americana de opostos (disfuncional ou tipo, escolha você mesmo), cada um incapaz de lidar com o hipotético fracasso: o pai (Greg Kinnear), expoente de determinação, vivendo segundo (e do) esquema dos "nove passos" para o sucesso; o tio (Steve Carell), professor homossexual que se tenta suicidar devido a um desgosto de amor; a mãe (Toni Collette) a tentar remendar os problemas familiares; o avô (Alan Arkin) desbocado e viciado em heroína; o filho (Paul Dano), adolescente admirador de Nietzsche que fez um voto de silêncio até ser admitido na escola de aviação; e finalmente a filha, Olive (Abigail Breslin), que aos sete anos só pensa em ganhar o concurso infantil Mrs. Little Miss Sunshine.<br/><br/>Se toda a família oscila entre a determinação cega e o nihilismo, cada um com os seus estratagemas de ilusão, Olive acaba por ser a interrogação para o futuro, em quem mais fortemente se poderá observar os resultados de uma terapia de grupo que toda a família enceta quando viaja numa velha carrinha Volkswagen, do Novo México à Califórnia, para levar a pequena ao referido concurso. Pelo caminho, alguns hilariantes problemas de locomoção e lições de vida do género: é ténue a linha entre o fracasso e o sucesso; a beleza é subjectiva, o importante é participar e não desistir, etc., etc..<BR/><BR/>Se é certo que as "armas" estão apontadas a uma mentalidade competitiva bacoca norte-americana, a facilidade das conclusões extraídas ("Life is one fuckin' beauty contest after another") arranca sorrisos, pelo menos ao olhar europeu. Sorrimos porque de lá se considera estar a fazer um filme ousado, criando antes, neste tipo de mutação "indie/family movie", um grupo de clichés de crítica ao estilo de vida americano efectuado pelos próprios. Longe estamos assim dos "processos mais destrutivos e impenetráveis" de instituições sagradas, das primeiras obras de um Terry Zwigoff ou de Todd Solondz.<BR/><BR/>Resta uma referência à inteligente utilização da música nos pontos altos da viagem em família, fazendo jus à carreira na realização de videoclips musicais da dupla de realizadores Jonathan Dayton e Valerie Faris. Outro ponto forte da obra, que conquistou o prémio do público no festival de San Sebastián, é certamente todo o trabalho de "casting". Destaque para o minimalismo assombroso de Steve Farrel, próximo de Bill Murray, e dos jorros de expressividade que brotam do trabalho prodigioso de composição da jovem Abigail Breslin. Nota: 7/10.
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