Tori e Lokita

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Drama 88 min 2022 M/14 09/02/2023 BEL, FRA

Título Original

Sinopse

Vindos de África, Tori e Lokita (Pablo Schils e Joely Mbundu) conheceram-se quando faziam sozinhos a travessia do Mediterrâneo, tornando-se inseparáveis. Ele é ainda uma criança; ela, apesar de muito jovem, tem já os seus objectivos traçados. Quando chegam à Bélgica, esperam ser acolhidos como refugiados. Tori, por ser mais novo, é reconhecido como tal, mas Lokita não consegue obter os documentos que tornariam legal a sua situação no país. A precisar urgentemente de dinheiro para pagar ao passador e enviar para a família que deixou, ela aceita trabalhar para um grupo de traficantes.
Em competição pela Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes, onde recebeu o prémio comemorativo dos 75 anos do certame, este drama foi produzido, realizado e escrito pelos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne ("Rosetta", "O Silêncio de Lorna", "O Miúdo da Bicicleta", “Dois Dias, Uma Noite”). PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Os irmãos Dardenne entre a obstinação e o esgotamento

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

Os Irmãos Jean-Pierre e Luc Dardene, cineastas incontornáveis do (hiper) realismo social belga que, por norma, se focam nas múltiplas formas de disfuncionalidade socioeconómica e exclusão que afectam o universo infanto-juvenil (e para comprová-lo basta recordar os seus icónicos filmes, "Rosetta", "A Criança", "O Silêncio de Lorna" e "O Miúdo da Bicicleta" - isto mencionando apenas aqueles que tive o prazer de visionar), retornam aos grandes ecrãs com "Tori e Lokita". Esta obra, todavia, encontra-se uns furos abaixo daquilo que é seu apanágio. Efectivamente, apesar de voltarem a confrontar-nos com um áspero/desesperançoso "conto moral" (desta feita sobre a imigração ilegal infantil) impregnado de humanismo (e de mensagens politicas implicitas), bem como não desiludirem com a sua hábil/habitual filmagem naturalista (câmara de mão e poucos cortes), na verdade não conseguem empolgar (nem sequer emocionar "por aí além"), independentemente de estarmos perante uma temática bastante sensivel. Tal sensação talvez derive do facto de possuir uma narrativa (algo inverossimel) que soa artificial/esquemática e com demasiadas pontas soltas (inexplicáveis). Para além do mais, falta consistência à generalidade das personagens, excepção para a dupla de crianças protagonistas (que espelham na perfeição a inocência em estado bruto). Estes empáticos menores (a "tábua de salvação" do filme), Pablo Schils (Tori) e Joely Mbundu (Lokita), interpretam duas crianças africanas, unidas árdua viagem que as trouxe até à "Europa da (falsa) Esperança", a viverem provisoriamente num centro de acolhimento belga, e que fingem ser irmãos para tentarem obter os ansiados "papéis" que lhes permitam integrar-se no Sistema e evitar, dessa forma, a deportação (mas até que tal aconteça - com poucas probabilidades - vêem-se à mercê de uma série de redes de tráfico que os exploram com total desumanidade).

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