Johnny English

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Acção, Comédia 100 min 2003 M/12 11/04/1998 GB

Título Original

Johnny English

Sinopse

Rowan Atkinson (para quem não identifica o actor as palavras mágicas Mr.Bean avivam certamente a memória) é Johnny English, um agente especial que tem como missão recuperar as jóias da coroa britânica roubadas por um francês maquiavélico (John Malkovich), que planeia também apoderar-se do trono. A cantora Natalie Imbruglia dá corpo, na sua estreia em cinema, à agente especial Lorna, que vai apoiar English na sua missão e torná-la mais "spicy". É o delírio total: o que é que é mais excitante para Johnny English: salvar o trono britânico ou apaixonar-se por uma super agente provocante? PÚBLICO

Críticas Ípsilon

O meu nome é Bean, Mr. Bean

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Críticas dos leitores

Mr. Bean ao Serviço Secreto de Sua Majestade

Ricardo Pereira

Depois de participar de filmes de qualidade bastante questionável como "Scooby-Doo" (2002), de Raja Gosnell, e "Rat Race"(2001), de Jerry Zucker, o actor e cómico britânico Rowan Atkinson (mais conhecido como Mr. Bean) tomou as rédeas de um projecto um pouco mais audacioso: transformar seu personagem Richard Latham em Johnny English. Latham foi criado em 1991 para uma campanha publicitária de um cartão de crédito de um banco inglês (Barclaycard, se isso lhe interessa). O sucesso daquele agente secreto que sempre fazia as coisas erradas foi tão grande que os comerciais continuaram a ser produzidos até 1995. Nesta época nasceu a ideia de transformar aqueles filminhos curtos numa longa-metragem. Os argumentistas que começaram a trabalhar no projecto eram Neal Pervis e Robert Wade, os mesmos que escreveram os dois últimos filmes da série 007. O humor inglês clássico é baseado na sátira e no verbo, mas Rowan Atkinson, vai na contramão dessa corrente e exercita um humor físico e visual. Guardadas as devidas proporções, a personagem que ele criou é influenciada por Buster Keaton e Jacques Tati, explorando uma figura impávida, quase sempre muda, capaz de transformar situações quotidianas em desastres absurdos. Em "Johnny English", ele interpreta o personagem-título, funcionário de segundo escalão do Serviço Secreto Britânico promovido a agente de primeira linha. Ele tem como missão solucionar o roubo das jóias da coroa articulada pelo vilão francês Pascal Sauvage (John Malkovitch). Talvez o facto mais destacável deste veículo para o humor de Rowan Atkinson seja justamente a realização de Peter Howitt, que foi o responsável pelo filme "Instantes Decisivos", uma comédia romântica que, se não tinha nada de fantástica, indicava um olhar que se propunha mais autoral e de viés completamente diferente deste aqui. Partindo de uma daquelas manjadas sacadas de colocar um personagem em dissonância com o seu actor (e no caso específico da espionagem temos dois exemplos recentes com Leslie Nielsen em "Duro de Espiar" e Jackie Chan em "The Tuxedo"), o filme tenta sustentar-se quase o tempo todo em torno da graça que resiste na figura de Atkinson interpretando um supostamente elegante, refinado e infalível agente secreto. Trata-se sempre de um senhor desafio, este de conseguir manter uma mesma piada em funcionamento por uma hora e meia, e neste ponto, diga-se, o filme se sai até bem. É bem sucedido por dois motivos principais: o primeiro é não ter vergonha alguma do que pretende ser, e com isso optar por ir tão longe quanto o absurdo inicial permita (quem afinal contrataria um completo paspalho como agente secreto?). Nisso lembra inclusive o primeiro "Aonde Pára a Polícia", até pela presença mais uma vez da figura da rainha da Inglaterra. Nesse quesito da falta de vergonha, uma presença a ser lembrada é a de John Malkovich, se divertindo muito fazendo um personagem francês que se comunica o tempo todo em inglês (portanto, criando um sotaque para falar na sua língua natal). O outro ponto, é que Peter Howitt não se contenta com a quantidade de gags que Atkinson cria por si só e encena algumas sequências muitíssimo bem resolvidas e com ritmo espectacularmente funcional, como, por exemplo, a perseguição de carros usando um guindaste (ideia óptima que nenhum filme de acção usou). Rowan Atkinson é um especialista do humor físico e da "careta", como seu Mr. Bean nos faz saber, mas também demonstra domínio do "timing" da piada falada. O resultado final é um filme que, se não é (e não é mesmo) marco algum na história da comédia, consegue a proeza de, partindo de um pressuposto batidíssimo e que corria o risco de se tornar motivo para uma mesma piada durante uma hora e meia, mantém o espectador entretido e, principalmente, com um sorriso no rosto durante quase toda a sua projecção.
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