A adaptação de Elio Petri e de Ugo Pirro de "Crimes à Moda Antiga" (assinaram o argumento pelo qual foram distinguidos em 1967, em Cannes) do romance homónimo de Leonardo Sciascia, revela uma complexidade amorosa que serve de subterfúgio para uma denúncia dos mecanismos da Mafia. É também abordado o tema do desaparecimento da Itália rural em detrimento de uma mais moderna e industrial, à semelhança dos Estados Unidos. Num ambiente siciliano, ilustram-se os hábitos dos cidadãos como as reuniões nos terraços das casas ou em cafés, e conta-se o drama que tem como protagonista um intelectual (Gian Maria Volonté) que tenta descobrir alguns crimes da Mafia. Envolve-se com a mulher de uma das vítimas e vê-se num triângulo amoroso que se vai revelar muito perigoso.