Esta singular adaptação do romance de Henri Murger "Scènes de la Vie de Bohéme", que a ópera de Puccini celebrizou, pode ser vista como uma das mais pessoais obras de Aki Kaurismäki e o seu manifesto artístico. No trio de artistas protagonistas -- sem um tostão no bolso, mas de uma nobreza de sentimentos a toda a prova -- está dado o retrato por interposta(s) pessoa(s) do próprio Aki Kaurismäki e da sua visão da vida, das relações humanas e do lugar da arte. Atenção à galeria de convidados ilustres: Jean-Pierre Léaud, Samuel Fuller e Louis Malle.
Texto: Cinemateca Portuguesa