Eu, Tonya

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Comédia Dramática, Drama 120 min 2017 M/16 22/02/2018 EUA

Título Original

Sinopse

<div>Desde muito cedo que Tonya Harding revelou um extraordinário talento para a patinagem. Essa aptidão, aliada a uma prática diária intensiva com a treinadora Diane Rawlinson, fez dela uma das mais brilhantes patinadoras no gelo de todos os tempos. Aguentando maus-tratos e humilhações por parte da progenitora – uma mulher autoritária e ambiciosa que esperava enriquecer à custa do sucesso da filha – e, mais tarde, de Jeff Gillooly, o homem com quem casou aos 18 anos, a atleta acaba por sofrer pressões de vários tipos. A um mês das Olimpíadas de Inverno de 1994, Tonya se vê envolvida num escândalo com a sua compatriota e rival Nancy Kerrigan. Esse terrível incidente, que fez manchetes nos jornais de todo o mundo, marcou o princípio do fim da sua carreira...</div><div>Estreado no Festival de Cinema de Toronto, um drama biográfico em estilo "mockumentary" (falso documentário) escrito por Steven Rogers e realizado por por Craig Gillespie ("Noite de Medo", "O Rapaz do Milhão de Dólares", "Horas Decisivas"). Margot Robbie (que também produz) dá vida à protagonista; Allison Janney, Bobby Cannavale, Julianne Nicholson, Caitlin Carver, Sebastian Stan completam o elenco principal. "Eu, Tonya" recebeu três nomeações para os Óscares mas venceu apenas um: Melhor Actriz Secundária (Janney). PÚBLICO</div><div><br /></div>

Críticas Ípsilon

Gente de gelo

Luís Miguel Oliveira

Eu, Tonya é um olhar sobre uma América “feia”, rural, que evita a sobranceria.

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Críticas dos leitores

Eu, Tonya

Carlos Vinhal

Mais um filme tipicamente americano, violência gratuita, alguma estupidez natural, vidas desconjuntadas, etc. Uma carreira que começou e acabou mal. Nem sempre os fins justificam os meios, está provado.
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I Tonya

Joana Coelho

Um filme sobre a sociedade dos EUA vazia de valores, cultura e respeito. Apenas a ambição e o dinheiro interessam. Um filme oco sobre uma familia oca.
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Os cavalos também se abatem

Luís Graça

O filme faz-me lembrar um dos clássicos do romance americano que levei para a guerra colonial, na Guiné, “Os Cavalos Também Se Abatem”, de Horace Maccoy (1935), de que de resto foi feita uma excelente adaptação cinematográfica, com o mesmo nome (“They Shoot Horses, Don't They?", realizado por Sydney Pollack, 1969). <br /> <br />No filme “Eu, Tonya”, não é a maratona de dança com pares que competem, louca e desenfreadamente, por uns míseros tostões ou um prato de comida, em plena crise da Grande Depressão, mas é a mesma América do “struggle for life”, em que na “pole position” não são todos/as iguais ou têm a mesma igualdade de oportunidades… <br /> <br />É uma tragicomédia, com uma aspirante improvável ao estrelato na olímpica patinagem artística, rodeada de “feios, porcos e maus”, do seu meio sociofamiliar, que é tentada a fazer batota… Só que as regras há muito eram viciadas… Um história de vida com “mural ao fundo”… Quatro estrelas.
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Nota artística

JR

Com uma agradável trilha musical, anos setenta, nostálgica e interventiva, dois excelentes desempenhos femininos, principalmente o de Allison Janney (o óscar de melhor atriz secundária não deve escapar ), uma história verídica contada em flash back com tiques cohenianos. Enfim, um relato de vida magoada num filme que merece uma boa nota artística.
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Estrelas e buracos negros

Pedro Brás Marques

Nem todas as estrelas conseguem brilhar como queriam ou, até, como mereciam, por força dos buracos negros que as rodeiam e lhes sugam a luz. A biografia de Tonya Harding é exactamente assim, a duma criança-prodígio, uma sobredotada para a patinagem artística que só não conseguiu atingir o olimpo dos desportistas porque convivia com as pessoas erradas: a mãe, o marido, os amigos do marido e, claro, ela própria. <br /> <br />A história correu mundo em 1994: durante uns treinos da equipa de patinagem dos EUA, a atleta Nancy Kerrigan foi atacada fisicamente por alguém, veio depois a descobrir-se, que pertencia ao grupo duma rival, Tonya Harding. Revelada a conspiração, esta última seria desqualificada e o seu sonho, perfeitamente alcançável, de se tornar a melhor do Mundo, cairia por terra. <br /> <br />“Eu, Tonya” é narrado em flashback, dando-nos a conhecer uma Tonya Harding ainda criança que adorava o pai mas acabou a viver sozinha com uma mãe violenta, fria e autoritária. Para fugir deste pesadelo, ainda adolescente atira-se para os braços do primeiro homem que lhe pareceu gostar dela, mas que acabou por se revelar a versão masculina da mãe: fisicamente violento e impositivo. Ela própria, dotada duma natureza impertinente e explosiva, não ajudava, achando que a sua intuição e as suas capacidades inatas seriam suficientes para vencer. Pelo meio desta tempestade perfeita, vê a sua ascendente carreira na patinagem artística torpedeada pelos júris, que embora lhe reconhecessem uma capacidade técnica ímpar, penalizavam-na pelo lado formal. Afinal, ela era uma “hillbillie”, uma atleta grosseira, com roupa de mau gosto, com total ausência do polimento urbano e de “classe” que se exigiria a uma atleta daquele desporto, ainda para mais sendo representante dos EUA no mundo. O contraste entre o mundo rude de Tonya e a beleza deste desporto sublinha, ainda mais, o fosso entre estes dois mundos… <br /> <br />Este biopic de Tonya Harding é assinado por Craig Gillispie que optou por dar ao filme um tom que tanto remete para a comédia negra, como para o drama pessoal, algures entre o “Fargo” dos Cohen e “Despojos de Inverno” de Debra Granik. Optando-se por intercalar a acção com entrevistas individuais a cada protagonista, o espectador vai formando a sua visão do que realmente terá acontecido e, principalmente, se Harding terá tido alguma relação directa com o ataque a Kerrigan. Se o desempenho da lindíssima Margot Robbie é merecedor de rasgados elogios (por vezes, o destempero da personagem é tal que evoca a louca Harlequina de “Esquadrão Suicida”), a verdade é que verdadeiramente excepcional está a inesquecível “C.J.” de “West Wing”, Allison Janney, aqui no papel da malévola La Vona. A frieza, a maldade, a distância, a insensibilidade da personagem estão de tal modo retratados na sua composição da mãe de Tonya que seria uma injustiça não lhe entregar imediatamente o Óscar e quantos prémios mais houver… <br /> <br />Há, ainda, uma outra leitura de “Eu, Tonya” que é impossível não fazer. Esta história passa-se em pleno “redneck country”, a América profunda que elegeu Donald Trump. Um sector geográfico e social do país conhecido pela sua falta de cultura, pelo seu “atraso” social, muito por via do constante desemprego que acaba por desaguar em problemas de álcool e violência. O “Eu, Tonya” do título, acaba por ser uma fórmula de dizer “Eu, América”. Uma visão daquilo em que o país se pode tornar se continuar entregue a gente mal formada e de carácter mais do que duvidoso.
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O outro lado de Fargo

Raul Gomes

Uma história surreal, de tão fantasiosa se torna, um documentário, já que filme não lhe posso chamar, por diversas ordens. <br />Como é possível chegar-se a este ponto de não retorno, no efeito mais fargiano a que assisti nos últimos anos Absurdo, trágico, maus tratos e humilhações inerentes, somente àquela época? Ou, o festival continua em favor de show-off?.. <br />Merecido se for o Óscar de actriz secundária para Allison Jannay, sublime, portentosa, impactante e que domina todas as cenas em que entra, a exemplo da Franes McDormand em 3 cartazes.
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2 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

<p>Tonya Harding, a famosa patinadora artística dos anos 90 do século XX (envolvida num dos maiores escândalos da História do desporto, acusada por agressão à sua maior rival) que os americanos "adoraram odiar" (quiçá, apenas por não gostarem da imagem reflectida no seu espelho, afinal ela personifica a verdadeira América rude do "vale tudo para alcançar o big dream"), é-nos apresentada pelo realizador Craig Gillespie, na tragicomédia "Eu, Tonya", através de uma espécie de biografia satírica e caricatural (que recorre a uma narrativa que intercala o falso documentário - uma série de entrevistas ficcionadas - com eventos da infância e juventude da dita cuja).</p><p>No entanto, para ter piadinha usa e abusa com tal exagero do kitsch e humor grotesco que ultrapassa a barreira do pindérico, de modo que nem a tão badalada interpretação da Margot Robbie (igualmente, demasiado espalhafatosa) consegue salvar esta película que de tanto pretender fugir à tradicional linguagem cinematográfica das obras de cariz biográfico acaba por ser vítima (quase mortal) da própria (tentativa de) originalidade.</p>
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