Três Cartazes à Beira da Estrada

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Drama 115 min 2017 M/16 11/01/2018 GB, EUA

Título Original

Three Billboards Outside Ebbing, Missouri

Sinopse

<div>Passaram-se sete meses sobre o brutal assassinato de Angela, a filha de Mildred Hayes. Inconformada com a actuação das autoridades, que parecem pouco empenhadas em encontrar o culpado, Mildred resolve chamar a atenção para o caso alugando três cartazes à entrada da cidade de Ebbing, no estado norte-americano do Missuri. As frases que publica em cada um questionam directamente a competência de William Willoughby, o chefe de polícia. Essa atitude vai desencadear uma espiral de violência na cidade, com a polícia a querer demonstrar a falsidades das acusações e Mildred a tentar a todo o custo que seja feita justiça.</div><div>Uma comédia negra escrita, produzida e realizada por Martin McDonagh ("Em Bruges", "Sete Psicopatas"). O elenco inclui Frances McDormand, Woody Harrelson, Sam Rockwell, John Hawkes e Peter Dinklage. Nomeado para sete Óscares, "Três Cartazes à Beira da Estrada" venceu dois: Melhor Actriz Principal (McDormand) e Melhor Actor Secundário (Rockwell). PÚBLICO</div>

Críticas Ípsilon

Imperdoável

Luís Miguel Oliveira

Administração super-competente de um argumento inteligente e imaginativo, pleno de personagens “cheias” servidas por actores em estado de graça ou lá perto.

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Críticas dos leitores

Interpretações poderosas

Helga Ferreira

Um enredo bastante bem arquitectado baseado em factos reais. A interpretação dos actores e confere às personagens uma personalidade vincada, pautada pelas oscilações emocionais próprias de quem se vê envolvido neste tipo de tragédias. O ritmo em que decorre a acção é o adequado para manter o espectador interessado.
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Três Cartazes à Beira da Estrada

Carlos Vinhal

Vi o filme há duas semanas, gostei. <br />Não tem muito a ver connosco, mas se nos localizarmos na América, onde tudo é possível, aceita-se. O provincianismo levado às últimas consequências e a luta de uma mãe inconformada, uma luta contra tudo e contra todos, sem olhar a meios. <br />Um pequeno parênteses para lembrar a vulgaridade das armas à mão de todos e as funestas consequências.
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Três Cartazes à Beira da Estrada

Rosa

Detestei o filme. O pior que vi no cinema até hoje.
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Uma heroína improvável ou o (e)terno tema da redenção e compaixão

Luís Graça

É uma tragicomédia sobre a "América profunda" que vota no Trump... Mas também com um sabor "Irish"... <br /> <br />É uma espécie de filme de cobóis de saias em que o justiceiro é uma mulher e mãe... Uma heroína improvável... Podia descambar para o populismo, mas não: o final abre uma luz ao fundo do túnel do nosso ceticismo... Ainda há lugar para a redenção e a compaixão, aqui na Terra... <br /> <br />No fundo, é a velha questão do princípio do mundo, ou do princípio da "civilização": o sangue não se lava com sangue... Mas é a primeira reação que nos vem à cabeça face ao mal, à violência dos deuses e das suas criaturas... <br /> <br />Seria saudável (ou, pelo menos, profilático) que passasse e fosse discutido nas nossas esquadras... e nos nossos sindicatos corporativos (polícias, magistrados, procuradores, tropa...). <br /> <br />Quatro estrelas e meia... a dividir pela América e pela Europa...
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Muito Bom

Elisa

Este filme é muito bom, extraordinário, comovente sem ser lamechas, e cómico, ou seja trágico-cómico. E atrai-nos porque trata de 'tudo'! Está ali tudo, sem artifícios. Identificamo-nos, compreendemos, mesmo que seja a 'realidade americana', é tb a nossa, do nosso dia a dia, com dor, zanga e surpresa inesperada, é um filme 'apaziguador'... <br />argumento muito criativo, actores excepcionais--- o chefe da polícia surge como um personagem interessantíssimo, e cheio de senso... com um final invejável - <br />anyway, muito muito bom.<br />Arriscando dizer um disparate, aproximou-me de 'Manchester by the sea' -- quanto à 'simplicidade', realismo, sem filtros... a vida como ela é e o que se faz com ela. <br />só que Manchester by the sea não tem nada de cómico. Mas este tem, e fica-lhe bem. <br />Muito bom.
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Três Cartazes à Beira da Estrada | 5*

Frederico Daniel

<br />A história deste filme é fantástica, Frances McDormand merece vencer o Óscar de Melhor Atriz. <br /> <br />
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Vingança de uma Mãe

Julieta

Gostei muito deste filme. O final deixa-nos a pensar quem foi afinal o assassino? Muito boa interpretação da Frances McDormand.
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Retrato de uma sociedade violenta

Ramiro Esteves Ferreira

História baseada na raiva e vingança, na perda e no sofrimento, que é o retrato de uma América profunda, violenta e cruel. <br />O filme tem boas interpretações, está bem realizado e mexe com o espectador, sempre num clima de hostilidade explícita em que violência gera violência, dando origem a uma série de acontecimentos inesperados, com momentos que alternam do drama ao humor corrosivo de algumas personagens. <br />Como já mencionei aqui, a maior parte dos filmes americanos é sobre violência, a diferença deste é a abordagem crua de temas fraturantes, ser pertinente e bem feito.
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Razões para viver

Pedro Brás Marques

“Três Cartazes à beira da estrada”, um dos títulos mais estranhos dos últimos tempos, especialmente na versão original (“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”), esconde uma história cheia de força e vigor, salteada com um desconcertante humor negro. <br />Estamos em Ebbing, uma cidadezinha do Missouri, perdida na Middle America, a “Heartland” desse enorme país, onde a ruralidade é uma constante e onde o racismo e a misoginia permanecem vivos no dia-a-dia dos seus habitantes. Foi neste cenário que, sete meses antes, uma teenager de nome Angela foi violada e o criminoso jamais identificado. A mãe, Mildred, resolve tomar em mãos o problema e aluga três cartazes, do género “outdoors”, à entrada da cidade, colocando mensagens em que questiona directamente as autoridades sobre o porquê do silêncio destas perante o crime que lhe roubou a filha. Claro que as ondas de choque rapidamente se fazem sentir, atingindo em cheio a força policial de Ebbing, em especial o compreensivo chefe Willoughby e o seu nervoso ajudante Dixon. O jogo de forças desenrola-se entre estes dois pólos, mas o interesse do filme vai muito para lá deste dramático jogo-da-corda… <br />No fundo, o que as personagens de “Três cartazes…” procuram é que a sua existência tenha um sentido. “ At the end of every hard earned day, people find some reason to believe”, como canta Bruce Springsteen precisamente em “Reason to Believe”. Do lado de Mildred, ela está obcecada com a perda da sua filha e a sua indignação, a sua profunda revolta, é um motor poderoso, que a torna imparável, capaz de levar tudo à frente e não temendo qualquer retaliação, venha ela de onde vier. Do outro, um ajudante da polícia, algo perdido entre a obrigação perante a mãe idosa e a vontade de se libertar desse jugo, o que o torna absurdamente violento, sem esquecer o chefe de polícia que padece duma doença terminal e que, perante a inevitabilidade do fim, não encontra na mulher e nas filhas força suficiente para encarar o sofrimento e continuar a viver. <br />É claro que se podem fazer leituras a outro nível. Mildred representa o cidadão comum que não encontra no Estado as respostas que este, em princípio, estaria obrigado a dar-lhe. E a resposta deste oscila entre a compreensão (Willoughby) e o abuso de poder (Dixon). E não podemos esquecer a carga simbólica de serem três os cartazes erguidos por Mildred. Afinal, o número três é o número da mudança, da união dos opostos, do nascimento da solução, o futuro que resulta da continuação do passado e do presente. Não admira, portanto, que o fim dos cartazes “hereges” seja a fogueira e que o final do filme fosse, até, subjectivamente previsível. O título em português acaba, também por ajudar a compor a carga simbólica da trama. Se entendermos uma estrada como metáfora da vida, então os cartazes são algo exterior a ela, mas indispensáveis para lhe repor o equilíbrio… <br />“Três cartazes à beira da estrada” mistura habilmente drama e comédia, num tom negro, bem característico dos filmes e dos argumentos de Martin McDonagh, em especial o soberbo “Em Bruges”, onde Colin Farrell e Brendan Gleeson tentam desesperada e algo atabalhoadamente matar-se um ao outro… Como em qualquer realizador com “personalidade”, o inglês gosta de confiar nos mesmos actores, assim criando a sua “família” artística, na senda de nomes como John Ford, Hitchcock ou Tarantino. Dai que não seja de admirar que entre principais e secundárias, muitas caras sejam repetidas de trabalhos anteriores, como Woody Harrelson, Abbie Cornish, Sam Rockwell ou Zeljko Ivanek, só para citar alguns. Todos eles actores irrepreensíveis mas nenhum chega aos calcanhares de Frances McDormand, absolutamente genial nesta sua composição duma mãe dilacerada pela dor, mas que encontra nisso uma fonte de alento e de alimento. Uma “história simples”, tal como aquela de David Lynch, mostrando que quando os ingredientes são acertados e estão ajustados, o cinema mantém intacta a sua força e a sua capacidade de encantamento.
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Quatro Cartazes...

CVA

1º - Argumento sublime; <br />2º - Personagens fabulosas; <br />3º - Interpretações poderosas; <br />4º - Diálogos hilariantes. <br />Não percam...
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