Viver

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Drama 102 min 2022 M/12 23/02/2023 SUE, GB, JAP

Título Original

Sinopse

Em 1953, a cidade de Londres, tal como quase toda a Europa, recupera da devastação económica e humana originada pela Segunda Grande Guerra. O inglês Rodney Williams (Bill Nighy) tem um trabalho monótono num escritório governamental e há muitos anos que sente os dias sempre iguais. Mas é só quando lhe é diagnosticado um cancro terminal que se dá verdadeiramente conta do vazio existencial em que se encontra. Determinado a manter o seu estado de saúde em segredo, aproveita os últimos dias que lhe restam para experienciar uma série de coisas e deixar marcas nas pessoas à sua volta.
Estreado no Festival de Cinema de Sundance (EUA), onde esteve em competição, este drama foi realizado por Oliver Hermanus, que readapta a história narrada no filme “Ikiru” (1952), de Akira Kurosawa que, por sua vez, se inspirou na obra “A Morte de Ivan Ilitch", escrita por Leo Tolstoy (1828-1910). “Viver” teve duas nomeações para os Óscares: melhor actor (Nighy) e argumento adaptado (Kazuo Ishiguro, escritor nipo-britânico vencedor do Nobel de Literatura em 2017). PÚBLICO

Críticas Ípsilon

A morte de um burocrata inglês

Luís Miguel Oliveira

Não é um filme desagradável, embora o que parecia ao princípio um domínio pensado da mise en scène se vá tornando em simples afectação.

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Críticas dos leitores

2 estrelas

José Miguel Costa

O realizador sul-africano Oliver Hermanus, através do filme "Viver", transporta-nos até à Londres de 1953 para dar-nos a conhecer a nada excitante rotina de Williams (interpretado por Bill Nighy - e que lhe valeu a nomeação para o óscar de melhor actor). Um velho gentleman suburbano de "poucas conversas" (nunca desagradável, mas sempre distante de tudo e todos, inclusivé, do próprio filho) que vive exclusivamente para o trabalho (burocrático) no sector de obras do município da urbe, no qual se limita a arranjar subterfúgios para transferir continuamente os pedidos dos munícipes a outros departamentos (à semelhança do que os restantes funcionários fazem, motivo pelo qual "a cidade empenca"). Até ao dia em descobre que lhe restam poucos meses de vida, devido a um cancro, e se apercebe do seu vazio existencial. Para colmatar tal falha decide mudar de atitude e tornar-se mais pró-activo, pelo que arregaça as mangas e toma as rédeas no processo de desbloqueamento de um projecto de importância vital... a colação de uns singelos baloiços num bairro desfavorecido. A recriação de época e a direcção de fotografia revelam-se irrepreensíveis (não fosse o recurso à fotografia digital, diríamos estar perante um filme efectivamente produzido na década de 50 do século passado). Todavia, tais "condimentos" não são minimamente suficientes para compensar a falta de interesse do enredo e a inóqua densidade dos sentimentos emanados pelos personagens. Um (quase) tédio!

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