Tardes de Solidão
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Sinopse
Ver sessõesApresentado na edição de 2024 do Festival de San Sebastián (Espanha), onde conquistou a Concha de Ouro, Tardes de Solidão é a estreia em documentário de Albert Serra – o realizador de "Honra de Cavalaria" (2016), "O Canto dos Pássaros" (2008), "História da Minha Morte" (2013), "A Morte de Luís XIV" (2016), "Liberté" (2019) ou "Pacifiction" (2022).
A obra acompanha um dia na vida do jovem matador de touros de nacionalidade peruana e espanhola Andrés Roca Rey, uma das figuras mais conhecidas (e controversas) da tauromaquia contemporânea, com presença frequente nas mais importantes praças de touros, onde junta multidões e esgota bilheteiras, tal como aconteceu em Santarém, em Junho de 2024.
Aqui, Serra explora a solidão, a coragem e as motivações de um toureiro, desde os momentos de preparação antes de entrar na arena até ao confronto final, onde a luta entre homem e touro culmina na morte do animal.
Co-produção portuguesa da Rosa Filmes, o filme teve financiamento da RTP após a retirada das touradas da programação do canal em 2021. A distribuidora alerta que algumas das cenas do espectáculo tauromáquico, sangrentas e captadas em grandes planos, podem ferir a susceptibilidade de espectadores mais sensíveis. PÚBLICO
Sessões
Críticas dos leitores
Tardes de solidão
Mimi
Belo filme, com magníficos planos. Mesmo para quem não gosta de toiradas, não se fica indiferente.
A lide do toureiro como nunca se viu
Nazaré
Começa com imagens dum touro, à noite, e aquilo que mais se sente é a respiração. A proximidade. Na arena, os ruídos do animal são captados de maneira totalmente inteligível, como se estivéssemos lá dentro.
Tecnicamente primoroso. É um feito de cinema formidável. O peruano Andrés Roca Rey é um estupendo matador de toiros, que faz carreira em Espanha onde conquista as praças e está no topo do ranking.
Elegante na maneira como evolui na arena, pode não ser muito variado nos passes mas é impressionante o domínio que ele tem da lide, arriscando imenso (a dita "verdade"). As expressões faciais, nele e noutros mas nele especialmente (sempre genuínas), são uma outra faceta da transfiguração do homem em matador de toiros.
Este diálogo realizador-toureiro é afinal o que se vê entre realizadores e actores, mas aqui o drama, a emoção, a presença, o movimento, o imprevisto, a arte, são estritamente documentais, e formidavelmente (repito) filmados.
Tardes de Solidão
Helder Almeida
Parecerei controverso, pois não aprecio nem percebo nada de touradas, mas... é um filme que recomendo vivamente parafraseando um parágrafo da sinopse que diz tudo em poucas palavras: "... Serra explora a solidão, coragem e as motivações de um toureiro, desde os momentos de preparação antes de entrar na arena até ao confronto final, onde a luta entre o homem e o touro culmina na morte do animal."
Magnífica realização de Serra e interpretação do próprio toureiro peruano Andrés Roca. Um ator de formação não teria melhor desempenho.
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