Laranjas Sangrentas

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Comédia Dramática 102 min 2021 M/16 09/06/2022 FRA

Título Original

Sinopse

Baseada em histórias reais, esta comédia negra, realizada e escrita pelo actor e encenador Jean-Christophe Meurisse, é uma satíra à sociedade francesa. Entre as personagens retratadas estão um casal de reformados atolados em dívidas que, para não perder a casa, tenta ganhar um concurso de dança; um ministro suspeito de fraude; e uma jovem adolescente que se depara com um maníaco sexual. Seleccionado para competir no Festival de Cinema de Cannes, “Laranjas Sangrentas” foi o filme vencedor do Prémio do Público na edição de 2021 do MOTELX - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Escarafunchar onde mais dói

Jorge Mourinha

Laranjas Sangrentas é uma comédia (muito) negra sobre o mal-estar social que escarafuncha onde mais dói. E faz rir no processo.

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Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

"Laranjas Sangrentas", escrito e dirigido por Jean-Christophe Meurisse, é uma preversa comédia negra e ácida (que vai progredindo em direcção a um surreal registo gore), apresentada num formato de filme-mosaico, que nos coloca perante três histórias independentes (um casal de idosos afogado em dividas, que tem a ambição de liquidá-las através do prémio de um concurso de danças de salão; as peripécias politicas de um ministro da economia suspeito evasão fiscal; e o confronto entre uma adolescente e um predador sexual psicopata), inspiradas em situações veridicas (por mais incrivel que nos possa parecer). <br /> <br />Esta obra (que não tenho dúvida, irá tornar-se num film-cult para um nicho de cinéfilos) numa primeira fase (a minha preferida) aposta numa mordaz/burlesca critica social e (sobretudo) politica à hipocrisia da sociedade francesa contemporânea (nomeadamente no que concerne à actuação/impunidade dos politicos que se movem não em função de objectivos concretos e éticos, mas que vão oscilando ao sabor das voláteis opiniões públicas populistas; o canibalismo do sistema bancário; os handicaps/degradação do sistema de proteção social; o chauvinismo; e a ditadura do politicamente correcto). <br />No entanto, não se ficará por aqui, pelo que, de um modo completamente imprevisivel, transforma-se num (quase) triller de terror com um climax algo ridículo (ainda que irónico e propositado), que lhe retira alguns créditos (embora, para muitos esse momento "fora da caixa" - como odeio esta expressão - seja precisamente o que o distingue dos demais e, consequentemente, lhe imprime identidade própria).
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