O Joelho de Ahed

Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Musical, Drama 109 min 2021 M/14 18/08/2022 ALE, ISR, FRA

Título Original

Ha'berech

Sinopse

Um realizador israelita viaja para uma pequena localidade situada em pleno deserto, para apresentar o seu último filme. Lá, conhece uma funcionária do Ministério da Cultura que lhe pede para assinar um documento com uma lista de coisas sobre o que pode ou não dizer durante a estadia. Isso vai incomodá-lo profundamente, dando origem a uma série de situações difíceis de gerir.
Assinado por Nadav Lapid – realizador de “O Polícia” (2011), Prémio Especial do Júri em Locarno; e de “Synonyms” (2016), Urso de Ouro em Berlim – este filme fala sobre o problema da falta de liberdade criativa e de expressão em Israel. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Uma questão de moral

Jorge Mourinha

Com a sua quarta longa, premiada em Cannes 2021 — uma explosão catártica à volta da cumplicidade e da moralidade — o israelita Nadav Lapid confirma ser um dos cineastas mais apaixonantes a trabalhar hoje em dia.

Ler mais

Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

O anti-social realizador Y (ao que tudo indica uma espécie de alter-ego de Navad Lapid) dirige-se a uma pequena localidade do inóspito e conservador interior de Israel, a convite de uma jovem directora de um centro cultural (a única personagem central, para além do protagonista), com o objectivo de aí projectar o seu último projecto cinematográfico (demasiado autoral para a população residente). Aquando da sua chegada é confrontado com o facto de que apenas receberá honorários caso preencha um formulário oficial que o impede de dissertar livremente durante a sua respectiva apresentação pública, já que no mesmo se encontram pré-definidas as temáticas que poderá aflorar (todas elas tendo na sua génese o judaísmo ortodoxo, a pátria securitária ou as virtudes da família tradicional). Grosso modo, este é o mote do filme de Navad Lapid, "O Joelho de Ahed" (distinguindo no festival de Cannes com o prémio do júri), um produto anárquico e disruptivo que grita (literalmente) aos sete ventos contra as políticas de subtil censura implementadas pelo governo no seio do meio artístico. Filmado de forma livre e experimental (com frenéticos e imprevisíveis movimentos pendulares da câmara) e dotado de uma narrativa quase metalinguística leva-nos, não poucas vezes, a questionar-nos se não estaremos perante uma obra do universo da videoarte.

Continuar a ler

Envie-nos a sua crítica

Preencha todos os dados

Submissão feita com sucesso!