Os Novos Vizinhos
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Sinopse
Lucie, uma dedicada agente da polícia científica francesa, está à beira da reforma. Com um percurso bastante solitário após a morte do marido, vê a sua vida alterar-se com a chegada de uma família que se instala na casa ao lado da sua e de quem se torna muito próxima. Mas quando descobre que Yann, o pai, para além de artista é um activista de extrema-esquerda com antecedentes criminais, fica dividida entre a amizade que os une e as suas obrigações profissionais.
Com interpretações de Isabelle Huppert, Nahuel Pérez Biscayart, Hafsia Herzi, Romane Meunier, Stéphane Rideau e Moustapha Mbengue, este drama tem assinatura do veterano André Téchiné, também autor de "A Minha Estação Preferida", "Os Juncos Silvestres", "O Homem Demasiado Amado" ou "O Adeus à Noite", entre muitos outros. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Onde anda o Téchiné de outrora? Não em Os Novos Vizinhos
Uma irreconhecível falta de intensidade. André Téchiné está longe da relojoaria narrativa que fazia noutros tempos.
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2 estrelas
José Miguel Costa
O anúncio de um novo filme dirigido (e escrito) pelo veterano André Téchine, ainda mais com o "bónus" de ter como protagonista a diva Isabelle Huppert, foi motivo mais que suficiente para dirigir-me a uma sala de cinema logo no dia da estreia de "Os Novos Vizinhos". No entanto, a montanha acaba por parir um rato, revelando-se um drama anémico, (estranhamente) destituído de intensidade dramática (quiçá, devido à sua narrativa demasiado superficial e segmentada).
Filmado com a fluidez proporcionada pela câmara à mão, coloca-nos perante o eclodir da amizade improvável entre uma solitária agente da policia à beira da reforma (cujo companheiro, igualmente, agente de autoridade, se suicidou, em ruptura com o sistema laboral), e um jovem adulto recém chegado ao seu pacato bairro (um activista radical do grupo anticapitalista Black Bloc, arqui-inimigo da policia).
Téchiné tenta, deste modo, juntar no mesmo prato dois pólos antagónicos que espelham a polarização sociopolítica da França actual, com o objectivo de colocar a nu a ignorância de estereotiparmos o Indivíduo exclusivamente em função do seu grupo de pertença, desprovendo-o das suas "circunstâncias".
Todavia, falha redondamente tal missão, tanto pela inverosimilhança da personagem encarnada pela Huppert, como pelos sucessivos arcos narrativos subdesenvolvidos e com "soluções" pifias/precipitadas.
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