Monsieur Aznavour
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Sinopse
Ver sessõesShahnour Vaghinak Aznavourian, que conhecemos pelo nome de Charles Aznavour, nasceu a 22 de Maio de 1924, em Paris, no seio de uma família de imigrantes arménios. A faceta artística dos progenitores (o pai cantor e a mãe actriz) empurrou-o cedo para uma carreira na área, que iniciou aos nove anos no Théâtre du Petit Monde e o lançou para o mundo.
Com uma carreira longa e um repertório imenso, Aznavour escreveu ou co-escreveu mais de mil canções, gravou 1200, cantou em seis línguas, lançou 91 álbuns de estúdio e vendeu mais de 180 milhões de discos. Muitas vezes comparado a Frank Sinatra, é ainda hoje considerado um dos maiores compositores da história da música.
Para além da carreira musical, Aznavour participou em mais de 80 filmes e telefilmes e ficou também conhecido pela sua filantropia. Após o terramoto de 1988 na Arménia, uma tragédia onde dezenas de milhares de pessoas perderam a vida, criou a fundação Aznavour Pela Arménia e gravou, com a colaboração de mais de 80 outros artistas, a sua canção "Pour toi Arménie", um registo filmado pelo cineasta também de origem arménia Henri Verneuil.
A canção vendeu mais de um milhão de discos e o cantor foi, depois, nomeado embaixador permanente na Arménia pela UNESCO. Aznavour faleceu em casa no dia 1 de Outubro de 2018, aos 94 anos, deixando um legado valiosíssimo na música e na cultura popular.
Com o actor Tahar Rahim como protagonista, e com argumento e realização de Mehdi Idir e Grand Corps Malade, este filme biográfico acompanha-o desde o momento em que encarou os holofotes pela primeira vez. PÚBLICO
Sessões
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UCI Cinemas - El Corte Inglés, Lisboa
15h50, 18h40
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UCI Cinemas - El Corte Inglés, Lisboa
15h50, 18h40
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Críticas dos leitores
Aquilo com que se faz o artista
Nazaré
Para quem aprecie a canção francesa, e por inerência as canções de Aznavour, vale a pena. O actor principal (o excelente Tahar Rahim) consegue ter uma voz muito semelhante, quer a cantar quer a falar, e não deixa de entrar no jogo de mimetizar o biografado, o que ajuda a esquecer a diferença de fisionomia, mas com tudo o que tem de bom perde na comparação com uma secundária Piaf (Marie-Julie Baup) com muito mais presença do que ele.
Também a reconstituição dos ambientes e épocas é primorosa, e interessante em si mesma. E há outras personagens marcantes, como a da primeira mulher (Ella Pellegrini), o pai (Hovnatan Avédikian) e sobretudo o partenaire dos primeiros tempos (Bastien Bouillon).
Este filme não é o típico "biopic". Traça a ascensão do artista, longa, morosa, carregada de decepções e derrotas. Mostra-nos a aprendizagem feita por alguém que teve a inteligência de amadurecer através dos deslizes e obstáculos, cuja determinação em chegar "ao topo" o manteve em constante luta e enriqueceu a sua existência.
Só que, uma vez lá chegado, não há mais nada para contar... é um anti-clímax que remata a narrativa soberbamente, por muito que isso possa decepcionar quem está à espera do convencional "biopic".
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