India Song

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Romance, Drama 120 min 1975 M/12 07/11/2003 FRA

Título Original

India Song

Sinopse

É o filme-mito de Marguerite Duras - uma história de amor, vivida nas Índias, nos anos 30, numa cidade sobrepovoada nas margens do Ganges. Vozes sem rosto (quatro: duas jovens mulheres, de um lado, e duas vozes masculinas, de outro) evocam dois dias dessa história de amor. As vozes são totalmente autónomas. Falam entre elas. Não sabem ser escutadas. A história deste amor, as vozes souberam-na ou leram-na, há muito tempo. Algumas lembra-se melhor do que outras. Mas nenhuma se lembra de todo e nenhuma a esqueceu. Em momento algum sabemos de quem são estas vozes. No entanto, elas dão-se a conhecer pela forma como cada uma se lembra ou se esqueceu. <br />A história é uma história de amor imobilizada no culminar da paixão. À volta dela, uma outra história, a do horror - fome e lepra coladas na humidade pestilenta da monção - imobilizada ela também num paroxismo quotidiano. A mulher, Anne-Marie Stretter, mulher do embaixador de França nas Índias, agora morta - a sua campa está no cemitério britânico de Calcutá - como que nasceu deste horror. Ela está no meio dele com uma graça em que tudo se abisma num silêncio inexaurível - graça que as vozes tentam precisamente rever, porosa, perigosa, perigosa também para algumas vozes. Ao lado desta mulher, na mesma cidade, um homem, o vice-cônsul de França em Lahore, caído em desgraça em Calcutá. <br />Durante uma recepção na embaixada de França, o vice-cônsul maldito gritara o seu amor a Anne-Marie Stretter, perante uma Índia branca que olha. Depois da recepção, ela vai para as ilhas pelos caminhos direitos do delta. <p> </p>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

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Kathleen Gomes

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Mário Jorge Torres

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"India Song" é cinema

Vasco Câmara

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O contrário do Cinema

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Pomposo e datado

beatriz

"Vamos ver 'India Song'. É um 'rerun', portanto tem que ser muito bom. Além disso tinha cinco estrelas no PÚBLICO! Vamos!" O facto de sermos as únicas a aguentar na sala até ao fim do filme já é simptomático (e nao adianta dizer que o filme não é para o público em geral, porque o público em geral não iria sequer tentar ver). Nunca tinha visto uma tal debandada durante um filme. A história arrasta-se, arrasta-se e arraaaasta-se (e não tem grande interesse), as personagens recitam, fazem poses e mais poses. E fazem isso durante 120 minutos! Enfim, uma grande desilusão!
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Irrepetível

Fernando J. Forte

Li a maior parte das críticas do PÚBLICO e parto delas para a minha análise. Embora compreenda o tom geral, não concordo com o teor. À partida não se pode ver um filme de Duras como qualquer coisa de parecido com tudo o resto. Quem a leu e lê apercebe-se disso mesmo, assim como a sua escrita não se parece com muita coisa que se escreveu, e nem por isso deixa de ser extremamente importante e entusiasmante. Duras foi uma das criadoras do "nouveau roman", cuja narrativa se importa mais com os momentos vividos e o conteúdo desses momentos do que com um princípio, meio e fim exacto e concreto da trama, e sempre numa vertente ligada ao relacionamento humano e dentro dele às relações e sentimentos amorosos, a dificuldade do amor, os desencontros, em todas as situações e em todas as suas vertentes (homossexualidade, heterossexualidade, incesto). Quem quiser conhecer a Duras na escrita pode talvez começar por ler dois dos seus livros entre tantos: "Dix heures et demi du soir en été", se possível no original em francês, ("Dez horas e meia da noite no verão") e "Olhos azuis, cabelo preto". Por outro lado, se a Duras quis fazer filmes e encontrou meios para o fazer, só podemos respeitar essa atitude: é legítimo e sinal de liberdade que um criador livre queira criar uma obra que é a sua e de mais ninguém, e assim fez Duras, mulher independente e com uma energia criativa avassaladora. Por isso, quando entrei na sala de cinema para ver "India Song", sabia ao que ia: ia ver um romance filmado, em que a narração nos dá o fio da trama, com momentos cénicos que levam aos quadros filmados. Daí a estrutura de cada cena e a pose em vez da representação clássica e a ligação à literatura, como não podia deixar de ser, criando-se uma estética cinematográfica única, que não é comercial, mas também não tinha que ser. Gosta quem gosta, quem não gosta não gosta. E os temas recorrentes: o desejo, a obssessão e a compulsão sexual e a libertação através da morte, um alegado suicídio. Não é um filme fácil, não. Mas é incrivelmente belo.
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Serenidade

João Taveira

"India Song" é o etéreo, é o difuso, é a evocação livre, serena e onírica de uma história, de um conto difuso, perdido no tempo. "India Song" é hipnose. É um filme intemporal, grande e belo. "India Song" é arte.
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Alfaces

Leite

O que eu mais admiro nos apreciadores deste filme é a incrível capacidade de transformar o seu cérebro numa alface.
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India Bluff

Francisco Tomaz

Vinte e quatro minutos de filme... nem mais... já chegava. Uma história, quatro personagens, sem uma palavra proferida por eles, apenas as de um narrador que parecia estar no leito de morte. Já nem pedia um diálogo, não pedia uma sessão de treinos de Fórmula 1 ou uma manhã na bolsa, mas pelo menos um pouco de movimento. Anteontem saí mais cedo do cinema; 24 minutos durou para mim, foi a longa-metragem mais curta que já vi. Estava curioso, o gosto pelo misticísmo e exotismo da Índia, aliado às supostas boas críticas fizeram-me sentir esperançado num bom serão no King. Pois é... nem sempre temos o que queremos ou pensamos. Só com 24 minutos vi o filme todo. Fica porém um talvez: talvez o filme até fosse bom, talvez devesse esperar mais, talvez fosse o princípio que não fosse tão bom, talvez... Não sou um crítico de cinema, sou um leigo, mas sei do que não gosto. Não gostei do que vi do "India Song".
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Só para alguns...

Bruno Felgueira

É um filme acima de tudo sobre paixão. Penso que interfere de algum modo no nosso inconsciente e cria uma tensão enorme, difícil de verbalizar... O pessoal dos Blockbusters não vai gostar porque a acção é muito lenta.
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Mesmo mau

Tiago Silva

Uma geração que consente deixar-se representar por uma Duras é uma geração que nunca o foi. É um coio de indigentes, de indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode ser abaixo do zero!Abaixo a geração (e o filme-mito)! A Duras saberá gramática? Saberá sintaxe? Saberá medicina? Duvido! Raios, nem apetece continuar... aquilo é mesmo mau! Sugiro uma nova bolinha na votação dos filmes de valor igual ao zero absoluto, o que na nossa escala de temperaturas dá -273º. Assim, com apenas umas dezenas de votos corrigiam-se alguns lapsos nesta votação. Um não-filme merece uma votação condizente. É o filme mais irritante que alguma vez vi...
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