EO
Título Original
Sinopse
Inspirado pelo filme “Peregrinação Exemplar”, realizado em 1966 por Robert Bresson, Jerzy Skolimowski constrói uma história terna em estilo “road movie” onde o espectador perpecciona o mundo através dos olhos do sonhador EO, um burro nascido num circo. Praticamente sem diálogos, vamos conhecendo as suas alegrias e tristezas mais profundas. Estreado no Festival de Cannes, onde recebeu o Prémio do Júri, “EO” foi nomeado para o Óscar de melhor filme internacional, em representação da Polónia. PÚBLICO
Realizado por
Críticas Ípsilon
Eo: adeus à linguagem
Uma vida de instinto, uma vida que não se pensa nem pensa o sofrimento que lhe é infligido, pulsa com uma força extraordinária.
Ler maisCríticas dos leitores
Cinema em estado quase puro: 3,5*
Martim Carneiro
Se o cinema é sobretudo contar uma história em imagens, eis que EO corresponde cabalmente a esse desiderato, captando a vida com uma sensibilidade inovadora, ora dura ora comovente. Para ver, também e por vezes, torcido na cadeira...
3 estrelas
José Miguel Costa
Era uma vez um burrinho chamado EO (onomatopeia para o zurrar) que amava (e era amado) pela jovem humana que contracenava consigo num número de circo. Mas eis que o destino acabará separá-los no dia em que é vendido pelo seu dono. A partir desse momento iremos seguir, em modo "road movie", a jornada solitária do inexpressivo animal de olhos melancólicos, que irá passar de mão em mão (arranjando sempre uma maneira de fugir com a esperança de voltar a reencontrar-se com a sua "amada"). "EO" (do octogenário cineasta polaco Jerzy Skolimowski) é uma obra expressionista e sensorial (vencedora do Prémio do Júri no Festival de Cannes e candidato ao óscar de Mellhor Filme Internacional), pontuada por um humor subtil, que nos mostra o estranho mundo do Homem sob a perspectiva do animal. Dotada de uma história fragmentada (um quase aglomerado de pequenas curtas-metragens protagonizadas por um único personagem) e uma narrativa escassa, agiganta-se pela tensão brutal dos seus planos extravagantes e radicais (saturados de cor), bem como pela sua banda sonora portentosa.
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