A Vida de Uma Mulher
Título Original
Une Vie
Sinopse
França, séc. XIX. Jeanne, uma jovem aristocrata, regressa a casa dos pais após concluir os estudos num convento. Com uma existência limitada à vida em clausura e a cabeça cheia de sonhos, ela tem uma visão pueril e romanceada sobre as relações humanas. Pouco preparada para a vida adulta, aceita casar-se com Julien de Lamare, por quem se apaixona e com quem espera viver uma grande história de amor. Contudo, após o casamento, ele revela-se distante, avarento e infiel. Assim se vai passando, ao longo de três décadas, a vida desta mulher. A solidão, a dor e o desencanto tornam-se as suas únicas companhias.
Em competição pelo Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza – onde foi galardoado com o Fipresci - Prémio da Crítica Internacional –, um filme realizado por Stéphane Brizé ("Mademoiselle Chambon", "Quelques Heures de Printemps", "A Lei do Mercado"). O argumento, da autoria de Brizé e de Florence Vignon, adapta o primeiro romance de Guy de Maupassant (1850-1893), um dos mais importantes escritores em língua francesa. PÚBLICO
Realizado por
Elenco
Críticas dos leitores
Trilha Sonora
Arthur
Alguém teria como me disponibilizar os links ou arquivos ou áudios da trilha sonora desse filme? <br /> <br />PS> agradeço e aguardo resposta(s)
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2 estrelas
JOSÉ MIGUEL COSTA
Após em 2015 nos ter brindado com "A Lei do Mercado", um realista e humanista drama contemporâneo sobre a crise laboral que afecta os desempregados não diferenciados franceses de meia-idade, Stéphane Brizé, numa espécie de inflexão de percurso de "cento e oitenta graus", retorna aos ecrãs de cinema com "A Vida de Uma Mulher", uma intimista tragédia amorosa de época cuja acção decorre na Normandia do século XIX. <br /> <br />Numa abordagem naturalista, e socorrendo-se de uma narrativa (deliberadamente) "pouco palavrosa" e sem "fôlego" (mesmo as cenas com maior potencial dramático são tratadas com economia, limitando-se ao "estritamente necessário"), segue durante um período de três décadas os principais eventos de (não) vida duma ingénua, inútil e "boazinha apática" aristocrata rural educada sob os ditames da igreja católica que se "limita a ser mulher" (o que à data significava ... nada!) subjugada/desprezada/abusada pelo marido e filho (apesar de recusar-se a reconhecê-lo). <br />Em suma, um (quase) aborrecimento (agravado pelo facto de nem sequer a protagonista - Judith Chemla - conseguir criar o mínimo de empatia naquele contexto de total monotonia e apatia), que apenas é minorado pelo uso ardiloso dos flasbacks, bem como por algumas opções estéticas do realizador (o ecrã em formato quadrado, que reforça o desejado sentimento de claustrofobia; o oscilar de cor entre tonalidades escuras ou claras, como modo de realçar a dualidade "episódios felizes versus tristes"; e a predominância de grandes planos e planos de pormenor). <br /> <br />BRIZÉ, RETOUR AUX DRAMES CONTEMPORAINS, S'IL VOUS PLAIT!
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