Esquecido
Título Original
Zabuti
Realizado por
Sinopse
Nina é professora de ucraniano em Luhansk (Ucrânia), ocupada por separatistas pró-russos. Uma vez que a língua ucraniana é proibida pelos invasores, ela é obrigada a dar aulas de russo. Um dia, assiste à captura de Andrii, um jovem de 17 anos, depois de ele hastear a bandeira da Ucrânia no telhado da escola como forma de protesto. Ela faz de tudo para dissuadir os soldados de o prenderem, alegando que é apenas uma criança. Mas, à medida que o vai conhecendo, Nina começa a sentir-se atraída por ele.
“Esquecido” foi o filme de abertura do Molodist - Festival Internacional de Cinema de Kiev, onde recebeu o Prémio “Fight for Right”. Já Maryna Koshkina arrecadou o Prémio de Melhor Actriz pela Academia Ucraniana de Cinema. Em Portugal, Daniil Kamenskyi, foi premiado como melhor actor no Festival Avanca. A realização e o argumento ficaram a cargo de Daria Onishchenko (“Eastalgia”). PÚBLICO
Críticas dos leitores
4 estrelas
José Miguel Costa
"Esquecido", apesar de estreado em 2019, no Festival Internacional de Cinema de Kiev, apenas chega ao circuito comercial português na presente data (com uma de distribuição muito limitada - o que é lamentável) e, por certo, exclusivamente à boleia da actualidade que ganhou a temática nele abordada. <br /> <br />Escrito e dirigido pela ucraniana Daria Onyschenco, é um filme de denúncia (talvez algo maniqueista), que aposta num registo realista/cru e sensorial (vincado pelo recurso à filmagem com câmara de mão) para colocar a nu a precariedade socioeconómica e a constante repressão violenta exercida sobre os habitantes da região separatista pró-russa de Donbass, após a invasão desse território, levada a cabo pelo regime de Putin, em 2014. <br /> <br />A história central (que tem por base o relacionamento de uma professora de ucraniano - forçada a frequentar um curso de reciclagem de transição para o ensino russo, dada a proibição da utilização da lingua materna - com um aluno de 17 anos, perseguido pelas autoridades por actividades subversivas) visa demonstrar o quão mal amados e sofridos são estes "ucranianos de segunda categoria", matratados/humilhados pelos ocupantes (bem como por uma pseudo-elite decadente e corrupta conivente com a entidade ocupante) e desprezados pelos restantes habitantes do país que os percepcionam como traidores da pátria (e até terroristas).
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