O Adeus à Noite

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Drama 104 min 2019 M/12 06/08/2020 FRA, ALE

Título Original

L'adieu à la Nuit

Sinopse

<div>Depois de anos a viver na Argélia, a francesa Muriel regressou ao seu país para se dedicar à criação de cavalos. Quando Alex, o neto, a vem visitar antes de emigrar para o Canadá, ela não cabe em si de felicidade. Mas, com o passar dos dias, Muriel sente-o diferente. Acaba por descobrir que o rapaz se associou islamitas radicais e que planeia viajar em breve, não para o Canadá, mas para Istambul (Turquia), de modo a juntar-se a um grupo terrorista. Sem saber o que fazer para o impedir, Muriel fica dividida entre entregar o neto à polícia ou deixá-lo seguir o seu fatídico destino.</div><div>Com Catherine Deneuve, Kacey Mottet Klein, Oulaya Amamra e Stéphane Bak nos papéis principais, uma história dramática realizada por André Téchiné, também responsável pelos filmes "A Minha Estação Preferida", "Os Juncos Silvestres" e "Os Ladrões", entre muitos outros. PÚBLICO</div>

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Críticas dos leitores

2 estrelas

José Miguel Costa

O filme "O Adeus à Noite" tem como cena de abertura o eclodir de um eclipse solar, numa simbologia demasiado simplista ao islamismo extremista, mas que também poderia ser utilizado como metáfora à carreira do seu realizador, André Téchiné, que já viu melhores dias (e apesar de em 2017 ter voltado à tona, através do afectivo "Quando Se Tem 17 Anos", parece que tal foi "sol de pouca dura"). <br /> <br />O quadro narrativo desta obra explora a temática dos jovens franceses que, sem que nada o fizesse prever, passam a professar a religião islâmica e se radicalizam ao ponto de abandonarem para se juntarem às hostes do terrorista Estado Islâmico. <br />Neste caso somos confrontados com um jovem branco, louro e de olhos claros, que pretende lutar contra o infiel Ocidente (oferecendo-se como mártir). Todavia, para augurar tal designio necessita de dinheiro (que não possui), pelo que decide visitar a sua avó (Catherine Deneuve, a actriz fetiche de Téchiné), uma descendente de colonos (nascida na Argélia), com o objectivo de "extorquir-lhe" o necessário financiamento para a viagem rumo à Siria (justificando-se com a mentira de que pretende emigrar, conjuntamente com a namorada, para o Canadá). <br /> <br />Pese o facto do argumento (generalista e algo maniqueista - embora, pretenda disfarçá-lo com a introdução de deteminados personagens irreais no enredo) ter sido escrito com base em testemunhos de vários jihadistas arrependidos, não consegue ir além de um drama sem sal, ambiguo (ao nivel das mensagens que alegadamente pretende transmitir) e despersonalizado. <br />Salva-o a veterana actriz, que carrega toda a carga dramática aos ombros. O que não se revela suficiente, ainda mais quando, a somar a todos os handicaps mencionados, ficamos com a sensação de estarmos perante um deficiente trabalho de edição, que arrasa "momentos-chave".
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